Capítulo 33

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Dei um longo gole no meu café enquanto ouvia Carlisle falar do outro lado do telefone. Ele estava no hospital e iria entrar em uma cirurgia que ocuparia o resto da manhã, e eu já estava morrendo de saudades dele. Deixe de ser egoísta.

- Então eles fizeram uma aposta. – Ele disse, a voz aveludada sempre tranquila.

- Edward já sabe? – Perguntei.

- Ainda não, mas vai saber. Não tem como esconder nada dele por muito tempo.

- Espero que ele não fique muito chateado. – Suspirei.

- Ah, meu amor, acho que irá ficar. Quem sabe vocês não saem juntos? Você faz bem para ele.

A fala de Carlisle me fez sorrir.

- Claro, se ele quiser.

- Eu tenho que ir, meu amor. Mas antes... – Ouvi o som de uma porta se fechando, provavelmente de seu consultório – Rosalie me contou sobre a conversa de vocês. Dizer que fiquei feliz seria eufemismo.

- Não foi nada demais. – Dei de ombros, mas o sorriso que se abriu em meu rosto fez minhas bochechas doerem.

- Catarina... Eu sei que estamos juntos há apenas oito meses...

- Car, o tempo não funciona da mesma forma para nós.

- Eu sei. Só gostaria que você soubesse... Ter uma família com você é o que eu mais quero. – Falou carinhosamente – Obrigado por estar me proporcionando isso.

- Eu que deveria lhe agradecer, Car. Eu amo você e amo seus filhos.

- Como sou grato por ter você. – Ele riu baixo – Infelizmente, tenho que ir.

- Beijos. – Me despedi.

- Beijos.

Desliguei o telefone e pus ele sobre a mesa da cozinha, sorrindo de forma abobada. Queria que Carlisle estivesse ali, para que eu pudesse abraçá-lo. Terminei meu café devagar e guardei toda louça que estava na pia. Estava separando minhas coisas para tomar banho quando alguém bateu na porta.

- Já estou indo! – Gritei antes de a abrir, dando de cara com Jared.

- Oi. – Ele falou tímido – Posso entrar?

- Ahn, claro.

Eu não estava brava com ele. Minha raiva se dirigia a Sam e, talvez, um pouquinho a Paul por desencadear toda aquela confusão, mas não esperava que o mais novo dos lobos aparecesse ali.

- Você quer beber alguma coisa? – Perguntei quando Jared ficou parado no hall, sem dizer nada e visivelmente sem graça.

- Uma água está bom.

- Venha, então. – O chamei e fomos para a cozinha.

Servi um copo d'água a ele, que bebeu tudo de uma vez.

- Posso me sentar? – Perguntou em seguida.

- Claro. Eu não vou te bater. – Ri.

Ele riu sem graça em resposta.

- Queria conversar com você.

- Eu imaginei. – Respondi sentando-me na sua frente e gesticulei para que ele começasse.

- Então... – Começou – É sobre essa história do Sam. – Ele passou a mão na nuca sem jeito – Eu queria te explicar.

- Ele te mandou aqui? – A raiva escapou um pouco da minha voz.

Eternidade - Carlisle CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora