Capítulo 22

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Desci as escadas com a intenção de pegar uma cerveja. Eu havia acabado de terminar mais um capítulo sobre os quileutes, do que provavelmente viria a ser um livro – realmente, aquilo estava ficando enorme – e tudo que eu queria era relaxar um pouco enquanto esperava Carlisle voltar de sua caçada. Ele, Rosalie, Emmett e Jasper haviam saído no dia anterior para se alimentar no Parque Nacional Olympic, e não deveria faltar muito para que eles voltassem.

Quando cheguei na porta da cozinha, Edward já tinha aberto uma garrafa para mim e colocado em cima do balcão.

- Agora você pode ler minha mente? – Brinquei.

- Não. – Ele fez uma careta descontente – Mas pelo jeito que você fechou seu computador lá em cima, eu sabia que ia querer beber.

- Ok, agora eu me sinto praticamente uma alcoolista. – Disse antes de virar um gole.

- Ah, você não bebe mais do que a média dos humanos.

- Bom saber. – Ri.

- Ah, Cat! Que bom que você desceu! O que você prefere, roxo ou vinho? – Alice entrou na cozinha praticamente rodopiando.

- Vinho. – Respondi sem pensar muito – Por quê? Algum evento especial?

- Garota nova na escola. – Edward respondeu por ela.

- Ela chega amanhã!

- No meio do semestre? Que péssimo. Por que você está empolgada com isso?

- Argh, você sabe. Cidade pequena, ninguém para apreciar minhas roupas! Quem sabe ela não tem bom gosto? – A baixinha disse esperançosa.

- Não dá pra você prever isso? – Perguntei.

Os olhos da morena se desfocaram por alguns instantes antes dela balançar a cabeça.

- Só sei que ela se veste mal.

-Ok... – Assenti segurando o riso – Quem ela é?

- A filha do chefe de polícia. – Edward se virou em direção a geladeira - Você está com fome?

- Estou. – Fiz um biquinho – Filha do Charlie Swan?

- Posso fazer alguma coisa para você.

- Você o conhece?

Os dois irmãos falaram juntos.

- Seria muita gentileza da sua parte, Edward. E sim, o conheço. Ele sempre vai na casa de Billy Black, na reserva. Mas nunca conversamos direito.

- Ah... – Alice disse descontente.

- Pode ser uma omelete? – O vampiro perguntou.

- Claro.

- Mudando de assunto, - A Cullen se sentou ao meu lado – quando vamos fazer compras juntas?

Quando o resto da família chegou mais tarde aquela noite, eu já havia comido e assistia com Edward um filme qualquer na televisão enquanto Alice pedia minha opinião esporadicamente sobre alguma roupa da nova coleção de uma marca que ela gostava.

- Você vai perder seu posto de enteado favorito, Jazz. – Foi a primeira coisa que Emmett falou ao entrar pela porta dos fundos.

- Eu não tenho favoritos, Emm. – Disse me virando para receber um beijo de Carlisle.

- Eca, vocês poderiam não fazer isso na nossa frente? – Ele respondeu.

- Eu acho fofo. – Falou Alice sem desviar os olhos da revista em suas mãos.

- Você acha tudo em relação a eles fofo. – Emmett revirou os olhos antes de se jogar no sofá ao meu lado – Como estão as coisas mãe?

- Você me chama assim e ainda pergunta porque não é meu preferido.

- Viu! – Ele gritou para ninguém especial – Ela tem seus preferidos sim!

Risadas ecoaram pela sala.

- Você me pegou. Vou ficar com meu preferindo então. – Me levantei, entrelaçando a mão de Carlisle na minha e seguimos em direção as escadas.

- Não vão fazer nada indecente por favor! Super audição aqui! – O grandalhão continuou brincando – Tem menores de idade na sala!

Eu e Carlisle rimos uma última vez antes de subirmos.

***

- Deus abençoe o Ensino Médio. – Falei me enroscando mais em Carlisle.

O resto da família Cullen estava na Forks High School, vendo as mesmas aulas pela décima vez. Ou mais. Eu não sabia quantas vezes cada um deles já havia se formado.

- Eu não posso reclamar disso. – Ele respondeu colocando o corpo em cima do meu e roçando os lábios na minha clavícula.

- Já quer mais? – O tom de surpresa em minha voz foi abafado pelo gemido que eu soltei logo em seguida.

- Eu sempre quero mais de você, sabe disso. – Seus lábios encostaram nos meus.

Levantei uma de minhas pernas, colocando-a em volta de seu quadril. Lentamente, Carlisle me invadiu e aprofundou nosso beijo. Ele se movia devagar, com uma mão passeando pelo meu corpo e o outro braço seu peso em cima de mim.

- Isso é tortura. – Protestei quando ele liberou minha boca, descendo para o meu pescoço.

- Não era eu a pessoa mais bondosa que você já conheceu? – Provocou.

- Não aqui. – Gemi – Quando está fazendo isso.

- Isso o que? – Ele subiu para minha orelha, sussurrando em meu ouvido.

- Isso... – Eu não conseguia mais pensar direito.

Carlisle riu baixo.

- E como você quer?

- Mais... – Suspirei quando ele raspou os dentes na minha mandíbula – rápido.

- Assim?

Carlisle desceu mais sobre mim, finalmente parando de me torturar. Suor escorria pelo meu colo, e eu joguei a cabeça para trás sem conseguir conter um gemido alto. Levei minha mão aos seus cabelos e segurei os fios com força. Depois disso, o barulho que emitíamos não passavam de grunhidos. Mais tarde, quando Carlisle explodiu em mim, eu caí na cama ofegante.

- Isso é maravilhoso, mas não acho que aguento outra vez hoje. – Falei puxando o ar com força.

O vampiro loiro riu e beijou minha testa.

- Mesmo que você quisesse, eu não poderia. Tenho que ir para o hospital.

- Ah, não... Fique... – Segurei seu braço, fazendo a melhor cara de cachorro que caiu da mudança que eu conseguia – Me dê mais uma hora... Ou duas... E prometo estar disposta outra vez.

- Eu gostaria de ficar, querida. Mas infelizmente eu tenho que ir. – Disse antes de me beijar gentilmente nos lábios.

- Tudo bem... – Respirei fundo, me inebriando com o seu cheiro – Mas antes de você ir... – Segurei seu rosto entre minhas mãos e prendi meus olhos nos seus dourados – Eu amo você, sabia disso?

- Eu suspeitava. – Brincou e abriu um daqueles seus sorrisos de tirar o fôlego – Eu também amo você.

Eternidade - Carlisle CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora