- Eu estava pensando... – Comecei a dizer.
- Hmmm... – Carlisle passava os lábios no meu pescoço, o que dificultava minha tentativa de formar uma frase coerente.
Já era final da tarde do domingo e não tínhamos nos desgrudado desde sábado. Após eu ter cochilado algumas horas e duas tentativas de banho interrompidas pela vontade sem fim de Carlisle por sexo – quem diria que o vampiro certinho era assim (não que eu estivesse achando ruim) – acabamos no sofá da sala, comigo sentada preguiçosamente em seu colo.
Suspirei antes de tentar continuar:
- Acho que... que não seria bom... – Ele mordiscou minha orelha, me provocando – Carlisle, por favor...
- Quer que eu pare? – Sussurrou eu meu ouvido e eu resmunguei querendo mais.
- Nós precisamos conversar... – Meu protesto saiu mais como um lamento.
- O que você quer conversar, Cat? – Pronunciou meu apelido como um gemido, descendo a mão para o meu peito.
- Eu... – Mordi os lábios e balancei a cabeça, tentando trazer um pouco de lucidez de volta – Carlisle. – Delicadamente empurrei seu peito, antes que não conseguisse mais me conter.
- Sim? – Ele piscou os olhos dourados inocentemente para mim, como se não estivesse fazendo nada demais.
- Antes de você me atacar novamente...
- Atacar? Eu? – Fingiu ingenuidade.
- Sim, você. – Estreitei os olhos para ele – Antes disso, eu acho que... Bem... – Eu não sabia muito bem como dizer aquilo – Acho que se o pessoal de La Push descobrir sobre a gente... Não acho que as coisas acabariam bem para mim. – Mordi o interior da bochecha nervosa, esperando que ele não me entendesse mal.
- Você quer manter segredo? – Questionou olhando-me nos olhos. Assenti. – Vou poder... hmmm... Te levar para sair em Port Angeles?
- Sim. – Respondi.
- Seattle?
- Sim. Qualquer lugar, menos Forks. – Garanti.
Ele brincou distraidamente com uma mecha do meu cabelo, pensativo, antes de perguntar:
- Vou poder te apresentar para os meus filhos? – Não consegui impedir que a surpresa tomasse conta de meu rosto. Eu estava particularmente apreensiva com a ideia de conhecer para o resto da família Cullen. – Eventualmente. – Carlisle esclareceu ao perceber meu receio.
- Eventualmente. – Concordei.
- Sendo assim, não vejo em problema em esconder isso dos quileutes. – O sorriso que ele deu para mim em seguida não chegava em seus olhos.
- Car... – Disse seu apelido e levei minha mão a sua bochecha – Eu quero conhecê-los. Eu só...
- É muito cedo. – Ele completou.
- Não... A verdade é que... – Desviei meus olhos para o chão envergonhada – E se eles não gostarem de mim? – Sussurrei.
- Esse é o problema? – O vampiro riu. De verdade, dessa vez. – Eles já gostam de você. – Voltei a fitá-lo – Acho que conseguiu conquistá-los por completo quando me levou à balada. – Gargalhou.
- Sério? – Perguntei em dúvida. Havia sido tão fácil assim?
Ele assentiu:
- Bem, inicialmente Alice ficou incomodada por não poder ver seu futuro... – Pensei na pequena vampira vidente que ele havia descrito para mim – E Edward e Jasper também não se sentiram muito confortáveis ao saberem que não conseguiriam usar seus poderes com você, mas... – Ele prendeu seus olhos nos meus antes de continuar – Acho que eles sabem o quão bem você me faz. Estão felizes por mim.
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Eternidade - Carlisle Cullen
FanfictionCatarina Woodville havia decidido que apesar dos seus poderes viveria uma vida normal. Infelizmente, o destino quis diferente e ela acabou se vendo afundada no mundo sobrenatural. Mas isso já não era problema, pois agora ela tinha ele: Carlisle.