CAPÍTULO 01

1.8K 151 9
                                    

   Estou quase desistindo e voltando pra  casa quando finalmente entramos na boate

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Estou quase desistindo e voltando pra casa quando finalmente entramos na boate. Eu havia passado cinco anos fora do Brasil, e a primeira coisa que os idiotas dos meus melhores amigos fazem quando retorno é me arrastar até uma boate, em plena quarta feira. Não que eu esteja reclamando. Qualquer lugar que não seja a casa do Talles, é um bom lugar pra se estar.

O interior da boate é imenso, e sua fraca iluminação, composta por luzes roxas e vermelhas, dar ao espaço um ar de sensualidade. Observo as garotas dançando em um canto ㅡ vestidas de anjos e diabinhas sobre pequenas plataformas com poli dances ㅡ, ao som da música lenta e com batidas fortes.
De fato, esse é um bom lugar pra se estar.

ㅡ Mas o que você pretende fazer em relação a isso? ㅡ Max questiona, ganhando minha atenção.

ㅡ Ainda não sei ㅡ resmungo. ㅡ Preciso arrumar um lugar pra ficar, antes que um de nós dois acabe matando o outro.

ㅡ Achei que depois de anos fora, seu pai largaria sua bunda quando você voltasse para casa ㅡ Jean retruca, me fazendo revirar os olhos.

ㅡ Ele só vai parar de encher meu saco no dia em que ele morrer ou me matar ㅡ resmungo, sorrindo falsamente. ㅡ Independente de qual dos dois venha a acontecer primeiro, espero que não demore tanto.

Sim, eu odeio meu pai ao ponto de desejar a sua morte. E ele me odeia ao ponto de causar a minha. O cara é um babaca e vive enchendo o meu saco. Toda a merda que eu carrego nas costas atualmente são consequências de atitudes dele. Talles nunca foi realmente um pai pra mim. Ele nunca soube ser um. Talles Ferraz é apenas um doador de sêmen, apenas o cara que me colocou nesse mundo de merda. E foi graças a ele, e ao seu punho pesado, que eu tive uma infância e adolescência de merda.

Eu havia voltado ao Brasil a pedido da minha mãe. Mas, ao contrário do que ela quer que eu faça, eu não ficarei embaixo do mesmo teto que o homem que fudeu com a minha mente. Eu preciso encontrar um lugar pra ficar. O quanto antes fizesse isso, melhor.
Mas agora eu só quero encher a cara e arrumar uma boa foda.

ㅡ Preciso de uma bebida ㅡ anuncio, seguindo até o bar com os idiotas em meu encalço.

Sento em um dos bancos altos, com Max no meu lado direito e Jean no esquerdo. Ergo a cabeça e me dirijo ao barman atrás do balcão, distraído enquanto olha algo no computador.

ㅡ Me vê uma dose de vodka, florzinha ㅡ peço, focando meus olhos no topo da cabeça dele.

Ele não responde ou mesmo se mexe um único centímetro. Ergo a sobrancelha, começando a ficar irritado com o cara. Quando abro a boca pra reclamar, Jean pronuncia:

ㅡ Eae, Dominick? Me vê duas cervejas e uma dose de vodka, por favor.

Dessa vez o cara ergue a cabeça, dando um pequeno sorriso na direção do meu amigo, e assente brevemente antes de ir até o freezer e apanhar duas cervejas, às entregando a Jean e Max. Em seguida, pega a garrafa de vodka e um copo, o enchendo até a metade e colocando no balcão a minha frente.
Seus olhos encontram os meus e ele arqueia a sobrancelha, notando que eu o fuzilo com o olhar.

Sentimento ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora