CAPÍTULO 06

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   E aqui estou eu, cinco minutos depois, me aproximando do BMW preto

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   E aqui estou eu, cinco minutos depois, me aproximando do BMW preto. Gregory estar sentado no capô do carro, com um cigarro acesso entre os dedos. Reviro os olhos quando ele o leva até os lábios, tragando a fumaça tóxica para os pulmões.

   ㅡ Isso vai matar você ㅡ resmungo.

   ㅡ Impossível matar o que já está morto ㅡ rebate.

   Lanço um olhar confuso em sua direção, mas ele me ignora, voltando a tragar a nicotina. Observo sua mão direita, fazendo uma leve careta ao ver os nós dos seus dedos machucados. Ele ergue uma sobrancelha ao notar meu olhar, e o gesto me deixa um pouco inquieto. Tem algo no olhar dele que me desestabiliza por um instante.

   ㅡ Posso ver tua mão? ㅡ questiono, apontando a mesma com a cabeça.

   Ele hesita por um segundo, mas acaba dando de ombros e estendendo a mão para mim, com o punho fechado. Me aproximo e a seguro, analisando-a. Passo meu polegar sobre os machucados, afim de sentir se ficaram restos de vidros na pele, e ele recua por impulso. Ergo os olhos, notando os seus fixos em mim, e engulo em seco.

   Tiro meu celular do bolso com a mão livre e o aproximo da sua mão, podendo ver pequenos pedacinhos de vidro reluzindo em meio aos machucados.

   ㅡ Restos de vidro? ㅡ ele supõe, a voz rouca.

   ㅡ Sim ㅡ assinto. ㅡ Quer ir ao pronto socorro pra removê-los e fazer um curativo? ㅡ Ergo os olhos para ele.

   ㅡ Não ㅡ resmunga, em tom seco.

   ㅡ Precisa limpar isso antes que infeccione, cara ㅡ o advirto.

   ㅡ Foda-se ㅡ retruca, puxando a mão para longe de mim.

   Ele tenta dar a volta pra entrar no carro, mas eu o impeço, agarrando firme em seu braço. Gregory me lança um olhar duro, que soa como um aviso para soltá-lo, mas eu o ignoro.

   ㅡ Quer que eu faça isso? ㅡ pergunto. Ele tenta se desvencilhar da minha mão e eu aumento o aperto, insistindo: ㅡ Quer?

   ㅡ Tanto faz ㅡ resmunga, depois de quase um minuto de hesitação.

   Solto seu braço e ele destrava o carro, entrando no lado do passageiro em seguida. Suspiro fundo e dou a volta, me acomodando ao banco do motorista. Depois de instalado, vasculho minha mochila em busca da caixinha vermelha com itens básicos de primeiros socorros. Assim que a tiro para fora a risada rouca do playboy ecoa pelo carro. O encaro, erguendo uma sobrancelha.

   ㅡ Qual a graça? ㅡ questiono.

   ㅡ Quem anda com um kit de primeiros socorros na mochila? ㅡ ele zomba.

   ㅡ Alguém que já estudou enfermagem ㅡ rebato, acrescentando em seguida: ㅡ E que é meio desastrado.

   ㅡ Então você estudou enfermagem, florzinha? ㅡ zomba novamente.

Sentimento ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora