CAPÍTULO 43

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   Aproveito que na segunda é a folga do Dom e o busco para jantarmos fora. Agora ele estar sentado à minha frente, me encarando sobre a mesa enquanto come sua refeição.

   ㅡ Como vão as coisas na agência? ㅡ questiona.

   ㅡ Vão bem. Todos os designs que eu criei na semana passada foram aprovados, pelo Ivo e os associados ㅡ falo, orgulhoso do meu trabalho.

   ㅡ Fico feliz por você ㅡ diz ele, sorrindo genuinamente. Em seguida, ele estica a mão e segura a minha sobre a mesa. ㅡ Eu estava pensando em algo ontem à noite.

   ㅡ Pensando em quê? ㅡ questiono, curioso.

   ㅡ Quero terminar a faculdade de enfermagem ㅡ Ele solta, sorrindo de canto. ㅡ Pretendo fazer isso daqui à um ano, no máximo. Vou retomar de onde parei.

   ㅡ Isso é incrível, amor! ㅡ exclamo, genuinamente feliz por ele. ㅡ E falta muito pra concluir?

   ㅡ Não. Eu tranquei a faculdade pouco antes do início do último período ㅡ explica. ㅡ Só vou precisar estudar um ano até me formar. Depois vou prestar o estágio obrigatório e estarei pronto pra exercer a profissão.

   ㅡ Isso é bom ㅡ falo, levando sua mão aos meus lábios e beijando os nós dos seus dedos. ㅡ E o que te fez, finalmente, tomar essa decisão?

   ㅡ Você ㅡ responde ele, olhando em meus olhos. ㅡ Você falou que eu não podia desistir do meu sonho. Que quando eu falo sobre a profissão meus olhos brilham. E... eu até gosto de trabalhar na boate, mas eu amo enfermagem, Greg. E eu vou lutar por isso.

   ㅡ Então você vai largar o trabalho na boate? ㅡ questiono.

   ㅡ Quando eu fui trabalhar lá eu assinei um contrato de três anos com a dona do local, a Helena. Ele se vence daqui a um ano, e eu tenho a opção de não renová-lo ㅡ explica. ㅡ Então, quando isso acontecer, eu vou dar adeus a boate e olá a faculdade.

   O sorriso que estampa meu rosto agora é imenso. É incrível ouvir que ele vai correr atrás dos sonhos dele. Fico feliz de verdade com isso.

   ㅡ Tô feliz por você, de verdade ㅡ falo, entrelaçando nossos dedos sobre a mesa. ㅡ Essa foi a decisão certa a ser tomada, coisa linda.

   ㅡ Acredito que sim ㅡ Ele assente.

    Continuamos nosso jantar, conversando sobre coisas banais.

  [•••]

   ㅡ Vai dormir comigo hoje, né? ㅡ questiono quando deixamos o restaurante, torcendo para que ele diga que sim.

   ㅡ Dormir com você me parece ótimo ㅡ fala, sorrindo de forma doce.

   Pago ao manobrista, que acaba de me entregar o meu carro, e entro no mesmo, dando partida quando Dom já está instalado no banco do passageiro.
   Conversamos sobre coisas aleatórias, enquanto eu presto atenção à estrada. Mas quando estamos quase chegando ao condomínio, Dominick passa a responder de forma vaga, focado em algo no celular.
   Entro no condomínio e sigo até minha casa, estacionando e virando para encarar Dom, que já está calado há um bom tempo.
   Parecendo notar meu olhar, ele ergue a cabeça e me encara. Franzo o cenho quando o vejo engolir em seco.

Sentimento ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora