EPÍLOGO

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Três anos depois

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Três anos depois...

   Ando de um lado para o outro no quarto, inquieto. Estava tentando me convencer de que não estou nervoso, mas não deu muito certo. Checo a hora no relógio de pulso, vendo que faltam cerca de quarenta minutos para a cerimônia começar. Em quarenta minutos, eu passarei a ser 'Dominick Jones Alencar'.

   Ainda não consigo acreditar que estamos fazendo isso, que vamos mesmo nos casar. Gregory falou, há alguns anos atrás, que queria subir ao altar comigo, e isso está prestes a acontecer. E, porra! Se um dia eu já fui triste eu não lembro mais.
   A cerimônia vai acontecer em Florianópolis, na casa de praia da Laura. Olho pela varanda, observando os  convidados  dispersos lá embaixo, na enorme tenda branca, bem posicionada na areia.

   Terminei a faculdade há dois anos atrás, e depois de prestar o estágio obrigatório, fui oficialmente contratado para trabalhar no mesmo hospital em que Anne trabalha. Greg e eu fizemos várias viagens nesses três anos.
Fomos para os Estados Unidos duas vezes, para visitar os tios dele, fomos para o Rio de Janeiro nas férias e dividimos nosso tempo entre a casa dos avôs dele e a dos meus. Ah, e viajamos para Belo Horizonte com os meus pais e Alina, pra ficarmos um pouco com meus outros avôs.

   Uma batida na porta chama minha atenção, me fazendo olhar sobre o ombro no momento exato em que ela é aberta e Victor entra no quarto, sorridente como sempre.

   ㅡ E aí, Dom? ㅡ fala, fechando a porta e vindo até onde estou. ㅡ Nervoso, irmão?

   ㅡ Não, tô tranquilo ㅡ minto, levando ele a erguer a sobrancelha em desafio. ㅡ Okay, cara. Eu tô uma pilha de nervosos e ansiedade.

   ㅡ Ah, jura? ㅡ Ele zomba. ㅡ Tinha nem percebido.

   Reviro os olhos, rindo fraco, e apoio as costas no batente da porta da varanda, cruzando os braços na altura do peito.

   ㅡ Conseguiu vê ele? ㅡ questiono, mordendo o canto do lábio inferior.

   ㅡ Ele está no quarto ao final do corredor ㅡ diz, pondo as mãos nos bolsos da calça social azul marinho. ㅡ Max e Jean estão com ele. Parece que você não é o único nervoso aqui ㅡ Ele brinca.

    ㅡ Cara, dá pra acreditar que eu vou me casar? ㅡ indago, de forma retórica. ㅡ Ainda não caiu a ficha.

   ㅡ Vocês moram juntos há anos, não deveria ser tão estranho assim ㅡ diz ele, rindo fraco.

   ㅡ Não é estranho. É só... Uau! Sabe? ㅡ falo, sorrindo sem jeito.

   ㅡ Eu entendo ㅡ Ele assente. ㅡ Tive a mesma reação no ano passado, quando Anne e eu nos casamos.

   É isso mesmo que você ouviu. Ele e Anne se casaram. Os dois viajaram de férias e voltaram com uma certidão de casamento. Simples assim.

   ㅡ Ainda não superei o fato de vocês terem se casado longe de casa, e sem nos avisar ㅡ resmungo, fazendo ele rir.

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