Capítulo 20 - O fim de tudo

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Capítulo 20 - O fim de tudo

- Onde estamos?

Snape olhava para um corredor estreito e grande, havia várias portinhas pretas com símbolos que ele jamais havia visto na vida. Potter estava ao seu lado, também estava olhando para o corredor, porém não parecia tão surpreso assim.

- Vou perguntar novamente, onde nós estamos?

- Ainda estamos em minha mente, se é isso que quer saber.

- Sério, não sabia? – Perguntou com ironia. – Não parece, sua mente é sempre uma bagunça e aqui parece mais organizado, eu diria que é a mente da Granger. – Comentou fazendo com que o menino ruborizasse, Snape gostava de deixar os outros nervosos – Ou de um sonserino e não de um grifinório petulante.

Ele sabia exatamente o que falar para atingir as pessoas em seus pontos fracos e um dos pontos fracos de Harry era exatamente a rivalidade de Grifinória e Sonserina.

- Acho que devo lembrá-lo que o senhor entrou aqui porque quis, veio por vontade própria. – Disse Harry olhando para seu professor com cara de poucos amigos. – Posso presumir que se arrependeu de tal ato e no momento só está me ajudando para poder sair daqui mais rápido, afinal essa daqui não é a mente do seu protegido Malfoy, como tudo dele é mais interessante para você eu não duvidaria que estivesse desejando que fosse lá que você estivesse e não na minha.

Harry saiu andando na frente com pressa, mas Snape não o acompanhou, ficou parado no mesmo lugar. Quando percebeu que não estava sendo seguido, Harry virou-se e o encontrou rindo ainda parado no mesmo lugar.

- Está rindo do que? – Perguntou ríspido.

- Nada. – Respondeu Snape começando a andar e tentar abrir as portas que havia próximo a ele.

- Não vem com essa de nada para cima de mim. Anda, me fala o porquê desse sorrisinho.

Snape olhou para o menino a sua frente e percebeu que não teria escapatória, Harry era um grifinório e esses eram muito insistentes. Resolveu ceder.

- Você está com ciúmes de mim com Malfoy e isso é algo que jamais imaginei passar na minha vida. – Snape pronunciou a frase com um gostinho de provocação saltando de sua boca.

- Ciúmes? Você acha que eu estou com ciúmes de você com o Malfoy? Está ficando louco?

- Não, eu não estou ficando louco, você tem ciúmes de mim com o Malfoy sim, não consegue admitir que a sua vontade muitas vezes fosse estar no lugar dele.

- Isso é mentira, eu não tenho ciúmes dele.

Harry sabia que suas próprias palavras não eram verdade,iras pois realmente sentia ciúmes e muita inveja. Todos sabiam que Snape era o professor que Harry menos gostava, mas o que ninguém sabia era que Harry sentia muita inveja e uma pontada de ciúmes quando seu professor defendia Malfoy, quando ele conversava com Malfoy, quando ele protegia Malfoy, quando ele ajudava Malfoy, quando ele fazia qualquer coisa com Malfoy. Sempre quis ter uma pessoa que o protegesse desse jeito. É verdade que os professores eram seus amigos e que Dumbledore gostava muito dele e tentava protegê-lo, mas no fundo não era igual.

Harry se lembrava muito bem do dia em que estava cumprindo uma detenção com Filch nas masmorras a noite e viu Malfoy batendo nas portas dos aposentos de Snape, haviam lágrimas em seu rosto, e quando o professor abriu a porta e o viu naquele estado não brigou com o sonserino, ao invés disso o acolheu e o levou para dentro. Quando saiu, Malfoy já não chorava e até sorria. Ele sorria enquanto Harry estava morrendo por dentro e só tinha Mione e Rony para consolá-lo, duas outras crianças que apesar de muito amáveis e gentis não passavam de crianças.

As Coincidências de Nossas Vidas (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora