O sacrifício de Severus

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Capítulo 41 - O sacrifício de Severus

- Não se atreva a abrir essa boca imunda para proferir esse feitiço. Guarde essa língua bifurcada e venenosa atrás desses dentes amarelos.

A maioria dos comensais e aurores pararam por um mínimo de segundo e olharam para o menino que pronunciara aquelas palavras com tanta raiva e ódio que era capaz de emitir as ondas raivosas em sua voz. Voldemort levantou os olhos em direção a mansão e não se surpreendeu ao vê-lo parado no alto da escada, os olhos verdes parecendo duas esmeraldas recém polidas de tão intensos que estavam. Harry tinha o punho fechado sobre a varinha e seus dedos começavam a ficar brancos, seus dentes estavam cerrados e rangiam conforme ele sentia o rosnado acumulando-se em sua garganta, um rosnado que aumentou cada vez mais conforme via o sorriso de Voldemort se alastrar em seu rosto reptileno.

- Ora, ora, ora. Agora sim a festa começa a fica interessante. Boa noite Potter! Estava esperando a hora que você chegaria para ajudar seu velho mentor. Olha só para ele, olhe. O grande Alvo Dumbledore está derrotado a meus pés.

- Alvo Dumbledore nunca será ou estará derrotado – Disse Harry descendo as escadas - Não enquanto existir pessoas fiéis à ele.

- Ah não? Tem certeza? Esse velho está acabado e já não serve para nada, nem mesmo para me dar diversão. Agora vamos Harry não negue que ele está velho.

- Sim ele é velho, não nego essa evidência, mas ao contrário de você Tom, quanto mais velho mais poderoso ele fica. E quanto a você Tom? Hãm? Mais parece uma cobra deformada, nem ao menos consegue matar uma criança de um ano de idade.

- Infelizmente a sua mãe sangue ruim morreu deixando você protegido por um feitiço antigo que eu desconhecia. Mas agora Harry você está aqui, eu também, temos um palco maravilhoso cheio de expectadores, por que não tenta medir seus poderes?

- Primeiramente acho que o título de sangue ruim não deveria sair da boca de um mestiço como você. Segundo, sua ignorância é uma arma para mim. Terceiro eu aceito duelar com você, aqui e agora.

Agora sim, todos no local haviam parado de duelar. Vários comensais estavam mortos, estirados no chão. Muitos aurores estavam machucados e os membros da Ordem prendiam dois ou três comensais cada um.

- Vejo que seus comensais foram derrotados e com sua cobra morta você está sozinho.

- Eu presumi que Nagini estivesse realmente morta quando vi o traidor atrás de você – Disse Voldemort olhando para Snape ainda parado na porta da mansão vestindo somente a calça preta e seu sapato velho. Ao seu lado Hermione apertava sua mão ensanguentada - Quando acabar com você darei um jeito nele.

- Se você acabar comigo. Não seja tão confiante Tom, as coisas podem mudar.

- Certo, então vamos começar logo esse duelo. Não posso esconder a excitação de vê-lo morto.

- Tudo bem, vamos logo, também não vejo a hora de vê-lo caído.

- O que está fazendo Harry? – Perguntou Snape se aproximando.

- Aquilo que é o meu destino. Sabe que tenho que fazer isso. – Nesse momento Harry baixou a voz e olhou intensamente nos olhos de Snape.

- Eu sei. – Disse Snape colocando a mão no ombro do menino.

Harry segurou a mão de Severus e a apertou, virou-se novamente e seus olhos estavam fixos no ser obscuro no meio do jardim.

- Se você disser que conseguiremos, eu acredito.

- Nós conseguiremos.

Harry dava lentos passou em direção ao meio do jardim. Parou quando ficou frente a frente com Voldemort. O Lord era grande e exalava superioridade, mas Harry não ficava para trás. Apesar de mais baixo, Harry parecia mais poderoso, seu olhar era duro e sua postura ereta. Severus adiantou-se e ajudou Dumbledore a se erguer. Hermione pegou a espada da mão do amigo e o desejou boa sorte.

As Coincidências de Nossas Vidas (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora