Algo sai errado

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Capítulo 12 - Algo sai errado

- Vejam só quem chegou para se reunir a nós. Harry Potter em pessoa atravessou a fronteira mágica da escola e tudo pra quê? Para salvar a vida do assassino de sua mãe. – Riu Voldemort. – Sabe Harry, pode levá-lo, eu não o quero mais, agora meu brinquedo favorito passou a ser você. Se Snape vive ou morre não é mais de meu interesse, mas eu sei que você deve morrer.

- Vá embora... daqui, Potter. – Gaguejou Snape se esforçando para ficar em pé.

- Eu não vou sem você. – Disse Harry o apoiando em seu corpo sem baixar a varinha.

- Deixe essa coragem grifinória para trás e salve-se.

- Que lindo, que coisa mais fraternal, o amor está presente, Dumbledore deveria estar aqui para ver isso, ele iria amar. – Disse Voldemort rondando os dois. – É tão comovente isso, vejam só meus servos, vejam como o amor junta as pessoas, como ele os uni. Severus veio até mim e recusou-se a entregar Harry que veio por livre e espontânea vontade salvar seu querido professor, e agora estão aqui, junto perante a mim, prontos para morrer um pelo outro.

Com muito esforço Snape conseguiu se por de pé sem precisar se apoiar no menino, isso dava chance para ele poder se proteger melhor. Estava exatamente lado a lado com Harry, seus ombros se tocavam de leve e Snape até mesmo podia sentir os tremores que passavam pelo corpo do menino, o medo que o tomava aos poucos. Mas quem realmente estava temeroso era Snape, temeroso por Harry, tinha que protegê-lo, era a sua obrigação, sua promessa para com Líllian. Snape já perdera tanto na vida, sua mãe, sua infância, sua amiga e amada Líllian e agora perderia Harry também? O que restaria para si?

Nada.

E se ele morresse? E se ele se fosse de repente? O que aconteceria? O que sentiria? Sofreria com isso? Sim, Snape já sabia disso há muito tempo, gostava do menino, não tinha dúvidas disso, sentia carinho, afeto, amor. Aquela pobre criatura parecia tão corajosa, mas era tão frágil, precisava protegê-lo, o menino não tinha pai, mãe, não tinha ninguém para fazer isso, somente ele.

A risada alta de Voldemort fez Snape olhar diretamente para o Lord que apontava sua varinha também, porém com muito mais firmeza do que Harry. Ele iria matá-lo sem hesitar em seu ato. Era o simples e puro ódio que sairia daquela varinha e atingiria o peito do grifinório antes mesmo que ele pudesse pensar em algo. Se isso acontecesse seria como se tudo pelo qual todos lutaram e rezaram sumisse de uma hora para outra. Seria o fim, não somente do mundo bruxo, não somente dos trouxas e mestiços, mas de Snape também, tudo acabaria para ele, seria o fim de sua vazia existência.

Pelo canto dos olhos Snape viu Harry dizer algo, mas não era capaz de escutar, estava tudo praticamente parado, tudo em câmera lenta, ele só conseguia ver Harry ao seu lado e o Lord na sua frente. Voldemort levantou mais ainda a varinha e recitou o feitiço que faria Harry sumir de sua vida, fechar os olhos verdes para sempre. Em um ato não pensado Snape se jogou na frente do menino recitando o feitiço que ele sabia que jamais poderia salvá-lo, mas ele precisava fazer.

- Protego!

Os olhos vermelhos de Voldemort se arregalaram e seus dentes rangeram quando uma luz azul envolveu Harry e Snape protegendo-os, salvando-os. A varinha de Snape ainda estava em riste e esse olhava sem entender o que estava saindo da ponta dela, jamais fizera um protego daquele, nem ao menos conhecia antecedentes desse feitiço. Harry, ao seu lado, conhecia os objetivos do feitiço protego, era basicamente proteger da pessoa ser atingida pelos feitiços lançados pelo oponente a sua frente, mas o que acontecia era completamente diferente. Eles estavam cercados, como dentro de um globo de proteção, havia feitiços sendo lançados pelas varinhas de todos os comensais, mas nenhum conseguia atingi-los.

As Coincidências de Nossas Vidas (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora