Alguém precisa de ajuda

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Capítulo 11 - Alguém precisa de ajuda

As duas semanas passaram rápido e Harry ainda não dirigia a palavra a Snape que igualmente o ignorava. Até mesmo os outros alunos achavam aquilo estranho, principalmente os sonserinos que se divertiam quando o professor pegava no pé de Harry, mas a única coisa demais que aconteceu em sala de aula foi Snape falar para o menino pegar outro caldeirão no armário quando o mesmo quebrou o que estava usando. Em suas mentes cada aluno imaginava uma coisa. Alguns diziam que os dois estavam em uma trégua, um acordo de paz, outros diziam que estavam ponto de se matarem e por isso evitavam se falar e outros apenas ficavam tentando imaginar alguma coisa.

- Hoje voltam minhas aulas de Oclumência. – Comentou Harry no almoço.

Hermione colocou a mão no ombro do menino mostrando solidariedade, mostrando que estava ali para qualquer coisa e que entendia que aquilo era difícil para ele. Já Rony estava em seus momentos insensíveis onde poderia cair o mundo que ele não estaria percebendo

- Eu acho que você abalou o coração do morcego Harry. Sério, ele nem tira mais ponto de você. Podia prolongar um pouquinho, o que acha?

- Eu acho que você só abre a boca para comer ou falar besteira Ronald Weasley. – Disse Hermione furiosa.

- Quer saber de uma coisa, eu vou pra sala comunal, de repente perdi o meu apetite. Se vocês querem ficar falando do seboso então falem, mas eu estou fora.

- Deixa ele pra lá, de manhã ele vai querer saber o que houve na aula de Oclumência. – Comentou Hermione seguindo Rony pelo canto dos olhos até o menino sumir de vista.

- É, eu sei.

- Mas e aí está pronto? Quer dizer, será a primeira vez que você ficará sozinho com Snape depois dessas semanas, como se sente?

- Não sei ainda, a raiva passou, eu pensei muito em tudo o que aconteceu e acho que ele pode merecer uma segunda chance.

- Ah, Harry! Fico tão feliz por você pensar assim, sua mãe ficaria orgulhosa. – Hermione deu um beijo na bochecha de Harry que corou quando ouviu os alunos da sonserinas tirarem sarro.

- Não liga pra eles, pelo menos você tem amigos e sabe disso. Não sabe?

- Claro que sei. – Disse pensando que há algumas semanas atrás ele não pensava dessa forma. Será que tudo estava mudando mesmo? – Sabe, foi pensando na minha mãe que eu resolvi dar uma segunda chance para ele.

- Fico feliz que ela possa te ajudar em um momento como esse.

- É, eu também, mas uma coisa está me deixando nervoso.

- O que?

- Onde ele está?

- Não sei, talvez esteja na sala corrigindo nossos trabalhos, eu queria ter escrito mais

- Hermione você fez dois metros a mais do que foi pedido.

- Eu sei, mas tem muito mais coisas para falar sobre a poção Polissuco, eu escrevi sobre as sensações que as pessoas sentem ao tomar a poção.

- Mas assim ele pode descobrir que nós a tomamos no segundo ano.

- Relaxa, eu tomei cuidado.

- Que bom, eu não estou de detenção de verdade, mas se alguém descobrir, estaremos os três cumprindo detenções com três anos de atraso.

- Verdade.

Os dois riram ante a imagem do trio de ouro de Dumbledore pagando uma detenção com atraso de três anos. Filch faria a festa. O resto do dia passou tranquilamente, os dois conversaram muito, sempre sobre o diário de Snape, comentando fatos. Estudaram um pouco a mando de Hermione e fizeram os deveres atrasados. Somente a noite quando o relógio marcou nove horas que Harry, com o estômago embrulhado de nervoso, foi tomar seu banho e seu arrumar. Como o nervosismo o deixou pronto antes do previsto resolveu deitar um pouco para descansar.

As Coincidências de Nossas Vidas (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora