Não é um adeus

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Capítulo 37 - Não é um adeus

- Severus. – Chamou Harry cutucando-o de leve.

Snape abriu os olhos devagar, sua cabeça ainda doía um pouco, sentou-se ajeitando os cabelos e esfregando os olhos.

- Como você veio parar aqui? – Perguntou Harry.

- Eu não sei. – Respondeu meio desnorteado olhando para a sala. - Não consegui dormir e comecei a andar pela mansão como sempre faço, de repente várias lembranças antigas começaram a aparecer em minha mente e eu me vi aqui dentro. Mas o que você está fazendo aqui dentro?

- Eu descobri essa sala na primeira semana que vim morar aqui, sempre fico aqui dentro, gosto desse lugar.

- Por um acaso, você tem noção de que sala é esta?

- Na verdade eu tenho sim, sei toda a história dessa sala, da sua família, da sua história.

Snape estreitou os olhos, como era possível ele saber de tudo isso? Não havia escrito tanta informação em seu diário e tão pouco Dumbledore contou.

- Eu sei que você deve estar se perguntando como eu sei de tudo isso. – Disse Harry vendo a cara de interrogação e surpresa de Snape. – Eu te explicarei tudo, mas precisa responder uma coisa. Você por um acaso brilhou na noite em que foi atrás de Mione?

Snape achou estranha essa pergunta, mas só no início, pois depois lembrou-se de que realmente havia brilhado junto com Hermione.

- Sim. Mas o que isso significa?

Harry lhe explicou tudo sobre o poder oculto que Snape possuía. Snape ouvia tudo em completo silêncio, pareceu até que havia trocado de lugar e ele era o aluno agora.

- Toda essa história é muito bonita, mas como posso acreditar nisso? Você está parecendo o Dumbledore.

- Eu posso te mostrar, mas preciso que se mantenha calmo, sei que isso pode ser bem intenso. – Dise Harry o olhando com muita atenção e então respirando fundo. - Eillen apareça, por favor.

A fantasma apareceu logo que Harry a chamou. Ela estava como sempre, linda e exuberante. Flutuava no alto da sala e olhava insegura para Snape. Ao ver o fantasma de sua mãe, Snape petrificou onde estava, não acreditava no que via, tudo só podia ser brincadeira daquele moleque infernal.

- Olá filho. – Disse Eillen olhando carinhosamente para o rosto mais que surpreso de Snape.

- Depois de tudo que fiz por você, quer brincar comigo dessa forma desrespeitosa? – Questionou Snape olhando para Harry com profunda tristeza em seus olhos.

- Eu não estou fazendo nada, Severus. Esse é o fantasma de sua mãe, ela vive aqui, mas muitas vezes está ao seu lado. Você nunca pôde vê-la, pois nunca se deixou sentir mais do que culpa e ressentimento. Por isso te perguntei se você brilhou, porque aquela luz quer dizer que você se deixou amar de novo e somente isso poderia fazer com que você visse sua mãe.

- Eu não consigo acreditar. – Sussurrou Snape.

- Severus eu esperei tanto por esse momento. – Disse a fantasma receosa em se aproximar.

Snape sentou-se novamente. Não era incomum existirem fantasma e ele convivia com um monte em Hogwarts, mas saber que sua mãe era um fantasma, que morava na sala onde morreu que é dentro da sua casa e que só pode vê-la por causa do tal poder oculto, era demais até para ele.

- Eu acho que vou deixá-los aqui para conversar.

Harry saiu da sala deixando mãe e filho sozinhos. Foi para a cozinha comer algo, pois seu estômago já estava roncando novamente. Preparou um belo sanduíche e já ia colocá-lo na boca quando uma coruja parou no parapeito da janela e pediu para entrar. Harry abriu a janela e deixou a belíssima coruja entrar. Ela era comum e não tinha nada de extraordinário, mas era linda assim mesmo. Trazia uma carta endereçada a Severus. Depois que a coruja bebeu um pouco de suco e foi embora, Harry sentou-se para terminar seu lanche. Deixou a carta na porta do quarto de Snape e foi dormir.

As Coincidências de Nossas Vidas (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora