Capítulo 32 - Uma conversa com Eillen
- Harry, Harry, acorda!
Harry abriu os olhos e viu Hermione assustada e Spook com os olhos arregalados. Seu corpo estava molhado de tanto suor.
- Harry você teve um pesadelo, mas agora está tudo bem. – Disse Hermione enxugando a testa de Harry.
- Não, não está tudo bem, não está nada bem.
Harry pulou de sua cama e foi até o banheiro, trocou-se em tempo recorde e voltou ao quarto.
- Preciso falar com Dumbledore.
- Mas Harry, foi só um pesadelo.
- Não foi um pesadelo, a princípio eu até achei que fosse. Eu vi Severus em uma cela escura e úmida, ele estava maltratado e torturado. Eu pensei que fosse um pesadelo somente, mas aí Voldemort lançou um cruciatus e eu senti a dor. Ele precisava de ajuda Hermione.
Harry não esperou Hermione protestar, rapidamente desceu as escadas da mansão e foi em direção à biblioteca onde sabia que tinha a única lareira que se conectava com o escritório do diretor, jogou pó de flú e entrou, rodopiando e parando no escritório de Dumbledore que ao contrário do que pensava não estava dormindo e sim em sua escrivaninha. Harry sabia que poderia ir para lá, pois Snape já dissera que a sua lareira era a única que poderia ser conectada com a do diretor a qualquer hora.
- Harry? O que faz aqui a esta hora?
- Diretor, preciso saber onde está Severus.
- Sinto muito meu jovem, mas não posso dar essa informação. Eu não sei onde Severus está.
- É claro que sabe, ele me escreveu uma carta dizendo que saiu a mando do senhor e depois eu tenho um pesadelo onde Voldemort o maltratava. – Harry contornou a mesa do diretor e olhou fundo em seus olhos. – Por favor senhor, não minta para mim.
Dumbledore olhou fundo nos verdes olhos de Harry e viu o desespero que ele exalava.
- Eu não estou mentindo para você Harry, não sei onde Severus está, mas sim, ele saiu a meu mando. Ele estava sendo chamado em um lugar e eu o convenci a ir.
- O quê? Como pode senhor? Como pode permitir que Severus atendesse o chamado de Voldemort. Ele está sendo torturado agora porque o senhor permitiu.
- Como você sabe que foi Voldemort?
- Porque eu vi em minha mente, eu senti o poder dele. – A voz de Harry foi mudando e se tornou uma voz cheia de decepção. – E o senhor o mandou para lá. Ele confia no senhor, é a única pessoa que importa a ele. Para ele a vida que tem não é importante, a única coisa que o prende aqui é a lealdade ao senhor. Será que não percebe? Ele não se nega a fazer isso, pois não liga para a própria vida, e pede à Mérlin para que um dia algo venha a acontecer e ele possa morrer. É só olhar em seus olhos e ver que a solidão que ele sente é tão negra quanto as roupas que ele usa. Ele confia no senhor e o senhor o torturou.
Dumbledore sentia cada palavra que Harry dizia, sentia a dor que elas lhe causavam e pensou em Severus, em como muitas vezes o aconselhara a continuar com o disfarce, pensava que assim estava fazendo bem, mas será que Harry não estava realmente certo? Será que na verdade, esse tempo todo, a única coisa que fez foi mandá-lo se sacrificar?
- Harry, eu nunca senti orgulho do que fiz e muito menos agora que você me deixou bem claro que eu sacrifico as pessoas para que essas façam o que acho que deve ser feito. – Disse Dumbledore tirando os oclinhos de meia lua. – Só posso lhe pedir desculpas Harry.
- Não é a mim que o senhor deve pedir desculpas diretor e infelizmente elas não irão trazê-lo de volta. Com licença.
Harry entrou na lareira e foi para a mansão.
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As Coincidências de Nossas Vidas (Severitus)
RomanceSeria Harry Potter capaz de amolecer o coração do Temível Severus Snape após descobrir que suas vidas não são tão diferentes assim? E seria Severus Snape capaz de proteger Harry Potter dos males que o cercam? Tudo se inicia com a troca de um diário...