Pecado

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Luxúria: substantivo feminino, desejo sexual intenso, lascívia. Comportamento desregrado em relação aos prazeres do sexo. Estado do que é luxuriante, viçoso, abundante. Segundo os católicos, um dos sete pecados capitais.

Outono de 2015, 13 de Junho, 01 hora e 12 minutos.

Ponto de Vista de Maria Marta:

- Você prometeu que cada cômodo seria uma surpresa, Dona Marta. - Diz Zé sem pudor.

- Então venha, comendador. Temos uma casa inteira só para nós dois. - Respondo sorrindo.

O levo até a cozinha, pego na adega uma champanhe, a favorita de meu marido, pego uma taça e o olho com o mais safado dos sorrisos.

- Nem precisa de taça, imperatriz. Quero fazer algo diferente. - Ele responde me olhando dos pés a cabeça.

- Diferente? - Questiono sedutora. Eu já entendi tudo. - Marselha? - Pergunto.

- Marselha. - Ele confirma com um sorriso no canto da boca.

Quando ainda estávamos em busca de nossa fortuna, fomos para Marselha, uma cidade portuária na França. Ficamos em um hotel com uma bela vista da praia, óbvio que aproveitamos muito bem aquele quarto e as belas garrafas de champanhe que ganhamos de presente. Aquela noite foi inesquecível, assim como o belo contrato que fechamos. Quando o poder e o prazer andam juntos é magnífico, é o maior dos pecados.

Ele me olha com desejo, me prende contra no balcão da cozinha, abre os botões da minha camisa deixando meu sutiã de renda branca a mostra, pega a garrafa de champanhe e despeja o líquido sobre os meus seios, a champanhe gelada escorre pela minha pele.

- Você não pode beber, mas eu posso. – Ele diz com um sorriso tirano no rosto, me segura com força e passa os lábios em minha pele, tirando toda a bebida de meus seios. Ele pega a garrafa e bebe um pouco. Retira minha camisa, e me fitava com um olhar diferente, carregado de luxúria. – Você fica uma gostosa com essa calça apertada, eu sou doido por você, Maria Marta. Completamente doido. – Diz e me vira de costas, minhas mãos ficam sobre o balcão, sinto ele segurar os meus cabelos com uma das mãos, a outra ele coloca em meu seio ainda coberto pela peça de renda, ele pressiona o seu corpo contra o meu. – Posso fazer o que eu quiser? Seja minha essa noite, imperatriz. – Ele sussurra em meu ouvido e eu sinto meu rosto esquentar, sua voz rouca me deixa com ainda mais tesão.

- Faça o que quiser, comendador. Hoje eu prometo obedecer direitinho... – Respondo e ele me vira novamente, ficamos frente a frente, mordo os lábios ao ver o prazer no olhar de meu marido. Voltamos aos velhos tempos que outrora amamos como ninguém, nenhum casal tinha tanta paixão como nós dois, éramos e ainda somos um par perfeito em todos os aspectos, principalmente na cama. Ele sorri e começa a desabotoar minha calça, tento tirar sua camisa mas ele me para.

- Ainda não, imperatriz, não seja teimosa. – Ele diz me repreendendo. É tão complicado não estar no comando, mas eu faço tudo pelo prazer que sei que ele me proporcionará, esse maldito me leva ao ápice com facilidade. – Não me faça ficar bravo, será pior. – Ele diz sério, sem rodeios.

- Eu só acredito vendo, José Alfredo. – Digo e ele me pega com força, me fazendo deitar sobre a ilha da cozinha, o mármore gelado contrasta com o quente da minha pele, sinto meu corpo arrepiar, maldito!

Ele passa a mão sobre a renda da minha lingerie, pressiona minha intimidade me fazendo arfar, Zé adora me torturar, me instigar, mas eu não vou dar todo esse poder a ele, pelo menos não agora. Meu marido deposita beijos em minha coxa, sobe devagar, chega em meu abdómen, vai para os meus seios e brinca em meu pescoço.

Olhos de Apatita - Malfred [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora