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Acordei no dia seguinte antes de Vinnie, fui até o banheiro fazer minhas higienes matinais e soltei algumas risadas sem sentido por lembrar dos gritos de susto do loiro do filme de terror.

— Bom dia. — O mesmo grunhiu na hora que eu sai do banheiro.

Retribui a frase para o menino, indo até a mesa de cabiceira e tomando um breve gole de água, me sentando na cama novamente.

Eu me sentia meio desconfortável de andar por aqui sem o Vinnie, então esperei o mesmo fazer suas necessidades e saímos juntos do nosso quarto, indo até a cozinha.

— Apareceu os dois pombinhos. — Kio cuspiu, fazendo eu e o loiro trocar olhares.

— "Vai Hacker, porra, mais forte." — Michael imitou meus gemidos.

— Cala boca bando de virgem. — Hacker retrucou.

Minha única reação foi abaixar a cabeça e rir, fazendo todos rirem junto com o comentário do loiro.

— Gente abrindo o jogo e cortando o clima... Eu vim pensando essa noite e precisamos dar um jeito em Ricky. Não da mais para mantê-lo preso aqui. Ele vive falando de S/n, era amigo do pai de Vinnie e está quase apodrecendo aqui dentro, obrigando todos nós a ficarmos de babá, sem poder sair daqui. Vinnie quase saiu sem braço e Payton quase morto. — Nai disse, com total razão.

— Pelo visto o braço de Vinnie ta muito bem curado... — Payton disse.

— Pay agora não é hora de piada. — A morena retrucou. — Precisamos de um plano. — Completou.

— Porquê só não matamos ele? — Eu questionei.

— É complicado S/n, a gente não pode dar passos em falso, temos gente atrás de nós. Ricky é perigoso. — Kio disse.

— Além de que S/n, todos aqui sabemos do seu plano e de Vinnie, então não podemos correr risco com nada. — Michael me cutucou.

— Eu sei, eu sei. Mas essa história toda não vem sendo meu foco no momento... É até estranho meus superiores e de Hacker não nos pedirem atualizações, meu maior medo é eles saberem que eu e Vinnie sabemos um do outro e não fizemos nada a respeito. — Eu falei firmemente e fui completamente sincera, fazendo todos no cômodo ficarem pensativos e acabando por concordar comigo.

— Acho que o melhor a se fazer é cuidar de Ricky e tentar propor um acordo. Ele nos conta tudo que queremos e no fim nada de contrato, apenas matamos ele. — Vinnie sugeriu.

Todos concordaram com a ideia, fomos todos ao "serviço". Payton, Michael e Nai ficaram responsáveis por começar a dar um jeito em Ricky. Eu, Kio e Vinnie fomos até a cidade ir buscar remédios e suprimentos.

O loiro foi dirigindo o carro, eu estava no banco de passageiro e Kio no banco traseiro. Uma música não muito conhecida tocava baixinho.

— Vocês dois são o que? — Kio perguntou sem nenhum contexto.

— Não somos nada. — Vinnie disse me fazendo soltar uma risada.

— Realmente. Conhecidos talvez? — Eu disse e nós 3 demos risada.

— Conhecidos que transam então. — Kio sugeriu.

— Tipo isso. — Eu e o loiro falamos ao mesmo tempo.

O resto do caminho foi tranquilo, eu fiquei um pouco pensariva sobre o que Kio disse, mas nada que tirasse meu foco. Vinnie nunca seria minha distração.

Paramos em uma farmácia qualquer, comprando todos os tipos de remédios que davam. Depois fomos no mercado e compramos comidas.

Foi um serviço bem tranquilo, entramos no carro denovo e dessa vez quem ia dirigindo era eu.

Tomei um susto com o celular de Vinnie que estava conectado no bluetooth do carro receber uma ligação.

— Meu chefe. — O loiro falou aflito.

— Atende. — Respondi, fazendo o menino atender a ligação.

— Ei Vinnie, como andam as coisas? — O homem que ligava perguntou, ele tinha uma voz grossa.

— Tudo certo Jack, a menina não desconfia de nada. — Vinnie respondeu, me fazendo soltar um sorriso sínico.

— Ah... — Jack suspirou em seguida. — Bom eu te liguei apenas pra confirmar se você não está se envolvendo em merda... Ricky está desaparecido. — Todos dentro do carro estremeceram com a fala do homem.

— Porra... Que merda. — Vinnie respondeu.

— É... Tem pelo menos 30 capangas dele pelas ruas à procura, mas fica tranquilo, eu sei que ele é quase um pai para você, nada vai acontecer. — Jack completou.

— Caralho... Tomara que dê tudo certo. — O loiro disse, eu trocava olhares com Kio que me olhava assustado.

— Boa sorte ai, não esquece que eu to de olho em cada passo seu Vinnie Hacker. — A ligação foi encerrada em seguida.

Minha única reação plausível foi pisar o pé no freio e correr até o nosso destino. A gente precisa avisar logo todos sobre essa ligação...

— Cara fudeu. — O moreno comentou.

— Calma caralho. Até parece que a gente não foi treinado por anos a matar e enganar, vai dar tudo certo. — Eu disse, de olho na estrada vazia.

— S/n você não tem noção, Ricky é muito perigoso. 30 capangas também foram treinados como nós. — Vinnie retrucou.

— 30 capangas usados pra matar e morrer não são como a gente. Porra nossos nomes são conhecidos na máfia inteira. Cala a porra da boca que a gente vai dar um jeito. — Disse firmemente.



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eita ui eita

gente desculpa ter ficado sem postar aaaaaa

Até a próxima, G.M

Killers to lovers - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora