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Eu e a menina passamos um bom tempo conversando, ela era muito legal. Por volta das 4 da manhã eu fui para o quarto tentar dormir um pouco, pude ver Vinnir acordado.

— Graças a Deus você apareceu, onde estava? — O loiro perguntou.

— Não te interessa Vinnie. — Respondi seca.

— Interessa sim. — Fui rebatida.

— Estava conversando com Nai, porra. — O menino deu de ombros e ficou me encarando, como se eu tivesse algo para falar. — Como está seu braço? — Perguntei.

— Doendo, mas em alguns dias ele já fica bem... Você realmente acha que seremos dedurados para os nossos superiores? — O loiro questionou.

— Eu não sei... Você viu Ricky falando que me conhecia? Eu juro que nunca vi o rosto dele na vida... Era para nós dois estarmos fingindo se amar em algum encontro romântico agora, enquanto eu achava que você era um advogado e você que seu plano ia super bem. — Soltamos uma risada com meu comentário.

— Será que nos cruzaram de propósito? — Vinnie perguntou.

— Eu não vejo motivos, nossos grupos são totalemente rivais... Mas nessa altura do campeonato eu não duvido de mais nada. — Falei enquanto ia em direção a minha mala, de onde tirei um blusão qualquer, me trocando ali mesmo. Ficando apenas com a peça de roupa e de calcinha.

Deitei na cama ao lado de Vinnie e adormeci rapidamente.

(...)

Acordei com o loiro me cutucando desesperadamente, abri os olhos devagar morrendo de sono.

— S/n rápido, Ricky ta completamente enlouquecido gritando seu nome.  — O garoto disse

Esfreguei os olhos e levantei da cama, indo até o banheiro e fazendo as minhas higienes básicas. Peguei na minha mala uma roupa qualquer e fui em direção ao cômodo que o homem estava preso.

— S/n! Finalmente! — Ricky soltou um suspiro — Por Favor S/n, você sabe quem eu sou, me ajude. — Ele completou.

— Porra eu já falei que eu não te conheco. Seja um bom refém e fique de boca fechada, você não tem como sair daqui. Ve se larga do meu pé. — Eu disse irritada pro mesmo.

— Ok, mas fica sabendo que depois da Clark vem você S/n. Sua família não tem um histórico de viver por muito tempo... — O grisalho rebateu me fazendo perder a cabeça.

— Oi? Como você tem a capacidade de meter a minha irmã morta no meio de uma discussão nada a ver? — Pude ver Vinnie me olhando assustado com esse comentário.

Não me controlei e parti pra cima de Ricky, dei uns bons socos e me impressionou ninguém ter me impedido.

— Talvez eu seja a próxima mesmo, mas antes de mim vem você... Olha pra isso! Seu rosto ta deformado. — Me virei e fui andando para o grande portão que dava para a rua, saudades de ver um pouco de luz do dia.

Acabei não resistindo e deixei algumas lágrimas escaparem do meu rosto, Clark era um assunto muito complicado pra mim. Foi muito difícil quando com 12 anos eu e minha mãe a encontramos morta no chão da sala.

Vi Hacker chegando e me abraçando por trás, sequei algumas lágrimas e me virei de frente pro mesmo, que me envolveu com um abraço pela primeira vez.

— Vem, vamos dar uma volta. — Vinnie disse me puxando pela mão para dentro de um dos carros estacionados na rua deserta.

— Vinnie seu braço está esfolado, eu não entro em um carro com você assim nem fudendo. — Eu disse soltando uma risada frouxa.

— Estava, a Nai faz milagre. Em mais 3 dias meu braço ta novo. — O menino respondeu e eu dei de ombros.

Vinnie deu partida no carro e eu tirei meu celular do bolso e botei uma playlist qualquer no volume máximo. Artic Monkeys e Chase Atlantic predominavam no carro.

Uma coisa que eu admirava muito no Vinnie era seu gosto musical. Nós cantavamos que nem loucos no carro, parecia que nós dois estávamos realmente dentro de um show.

Aproximadamente 40 minutos depois de rodarmos por estradas desertas, paramos o carro em um acostamento e pulamos pro banco de trás, acendendo um maço de cigarro que achamos no porta-luvas do carro.

— Porque você ta sendo fofo comigo? — Resolvi perguntar pra Vinnie.

— Porque você ta sendo fofa comigo? — O loiro respondeu, dando ênfase no "você".

— Eu não estou... Estou? — Vinnie deixou escapar uma risada, balançando a cabeça.

— Essa era a chance perfeita de você me matar, pegar o carro e fugir do país. — O menino disse dando um trago em seu cigarro.

— É, faz sentido. — Acabei ficando sem resposta, Vinnie estava certo.

— Admite logo que você está babando em cima de mim. — Acabei soltando uma risada com o que o menino falou.

— Nossa Vinnie você se acha muito. — Respondi rindo ainda mais.

Confesso que eu estava adorando conhecer aquele lado de Vinnie. Tudo era sempre sexo e desafios, mas foi bom conversar e conhecer mais ele.



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Cap curtinho eu seiiii, eu fiquei doente e eu não consegui escrever aaaaaaa

Até a próxima, G.M

Killers to lovers - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora