< Nailea >
Foram quase 24 horas sentada na cadeira de um hospital junto de Kio. Eu e o menino conversamos bastante, acabei abrindo o jogo pra ele sobre um assunto que rodeava minha cabeça a tempos... O moreno me aconselhou a "fazer o que deve ser feito"... O que isso quer dizer?
— Acompanhantes da paciente S/n? — Um médico surgiu na porta da sala de espera, eu e Kio levantamos em um movimento rapido. — Venham. — Seguimos o homem até o quarto em que S/n estava.
— Como ela está? — Kio perguntou enquanto passava a mão por seus cabelos... Eu parecia uma estátua em choque.
— A perda de sangue foi o grande prejudicial... De resto está tudo bem, o corte não chegou a ser fatal. Com a transfusão feita acredito que assim que ela acordar ela já pode voltar para casa.
Meu deus, que alívio.
Agradecemos o doutor, que nos deixou a sós com a menina. Foi automático, eu pulei para um abraço com Kio, que retribuiu.
— Nem acredito que tudo ficou bem, você não sabe o quão nervoso fiquei, S/n já foi parceira minha a anos atrás... Precisamos ligar para o Vinnie. — Kio disse separando o abraço um tempo depois.
— Então não foi tudo um sonho...? — Uma voz rouca surgiu no cômodo.
— S/N!!! — Fui em direção a menina, pegando na mão da mesma.
— Por favor nunca mais faça isso. Você não imagina o quanto ficamos preocupados por você. — Kio segurou a mão dela junto comigo, olhou nos meus olhos e fez um pequeno sinal com a cabeça. — Vou buscar uma água para a S/n, ja volto Nai.
< S/n >
— Onde está Vinnie? — Perguntei.
— Vinnie foi por um ponto final nessa história toda, o estado de choque dele era tão grande que ele não teria condições de te acompanhar.
—Obrigada Nai pela preocupação, e por tudo... Eu realmente tive um surto, achei que a melhor maneira de acabar com tudo seria me...
— Nem termine de falar essa idiotice. — Nai me interrompeu. — Estamos todos juntos agora, vamos ficar bem.
Acabei por derramar algumas lágrimas, a menina passou a mão pelas minhas bochechas secando as mesmas. Ela me olhava com compaixão nos olhos.
— Eu... Eu acho que eu gosto de você.
— Ah Nai, eu também gosto de você! Foi bom ter te conhecido, poderiamos ser uma dupla foda de amigas. — Soltei uma risadinha que não foi correspondida... Pelo contrário, o silêncio reinou.
Sem falar nada, Nai juntou nossos lábios com delicadeza, ela fazia um leve carinho nos meus cabelos. Foi um dos beijos mais delicados que eu já recebi, não tinha malícia... Nem língua teve, foi apenas um selinho, um selinho bem longo.
Eu parei o beijo, confusa. Ainda deitada na cama do hospital com a menina levemente curvada na minha direção, eu encarava ela.
— Você entendeu agora o que eu quis dizer? — A menina disse se afastando de mim, sem jeito.
— Nai...
— Não! Não diga nada... Eu agi por impulso, desculpa.
Antes que eu pudesse responder algo Kio havia voltado, dando uma garrafa de água em minha mão.
— Vamos embora daqui logo, pelo amor de deus. — O menino disse cortando um pouco aquele clima tenso.
Levantei da cama um pouco rápido, acabei ficando meio tonta mas nada que não passasse em 10 segundos. Juntei minhas coisas e fomos embora do hospital.
Eu andava pelo ambiente com a roupa inteira ensanguentada pelo que aconteceu... Acabava nem me importando muito. Nai e Kio também não estavam tão limpos...
Entramos no carro, que tinha sangue pra todo lado.
— Caralho... — Sussurei.
— O negócio foi feio. — Disse Kio, me fazendo estremecer um pouco.
Sentei no banco de trás e Kio dirigiu até a casa de Andrew. E mais uma vez minha cabeça estava lotada... E se eu tivesse morrido? Eu realmente surtei. E Nai? Nai gosta de mim? Mas eu estou namorando com Vinnie? Eu realmente gosto dele? Mestre... Mestre deve estar tendo sonhos me torturando de diferentes jeitos. Mas foi ele que me traiu, os Skeletons também trairam Vinnie... Assim como trairam seus pais.
"Que porra esta acontecendo?" Era o que eu sabia pensar enquanto olhava pela janela do carro a paisagem nublada.
Chegamos no destino. Saimos do carro e fomos em direção a porta da casa, por algum motivo eu estava nervosa para ver Vinnie.
Passando pela porta de entrada, em um dos sofás daquela imensa sala estava Andrew sentado, a sua frente uma pilha de papeis jogados e ao seu lado Vinnie, que cravou seus olhos em mim como nunca antes.
— Meu deus, Meu deus. — Vinnie disse largando tudo que segurava, correndo até mim e me dando aquele abraço. Aquele único, que eu sentia que era verdadeiro, que eu recebi dele 3 vezes no máximo. Que me fazia sentir a pessoa mais segura do mundo, eu poderia ficar lá pra sempre.
O menino afudou a cabeca no meu ombro, senti suas lágrimas escorrendo, acabei por fazer o mesmo.
— Eu achei... Que tava tudo perdido. — Vinnie sussurou, nos separando e olhando no fundo dos meus olhos. — Eu te amo. — Ele disse pela primeira vez.
— Eu te amo. — Eu disse também, em seguida o beijei. De longe aquele foi o nosso melhor beijo. Na frente de todo mundo, fodace eles. Aquele beijo tinha verdade, saudade... Medo.
O que era pra ser apenas mais uma missão nossa, na verdade era muito mais que isso, um contrato. Que envolvia centenas de pessoas. Separei o beijo e dei um leve sorriso, mas pude olhar de relance Nai, que parecia um pouco desconfortável.
A algumas horas atrás o desespero tomou conta de mim. Porra... Que decisão burra. Como eu nao parei para raciocinar?
Pude perceber que eu estava era na verdade, amando tudo aquilo. A sensação de amar o proibido, correr pela verdade, era do caralho.
Depois disso tudo que eu fiz, nunca pude me sentir tao viva.
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Agora que a ficha caiu que a fic ta com quase 90k de leituras, me motivou bastante, to tendo varias ideias.Até a Próxima, G.M
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Killers to lovers - Vinnie Hacker
Fanfiction⚠️ Não recomendada para menores de 18 anos! Contém drogas ilícitas, linguagem imprópria, conteúdo sexual, violência ⚠️ S/n era uma das mais bem sucedidas serial killers de Las Vegas, enquanto Vinnie Hacker era um serial killer poderoso de Los Angele...