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Cada passo dado parecia uma peça de teatro de tão bem posicionados, parecia que tinhamos ensaiado uma coreografia.

Vasculhamos um pouco a grande casa, reviramos alguns móveis até dar de cara com uma porta trancada.

Kio afastou todos nós e arrombou a porta com um chute, demos de cara com Andrew que tirou seu fone assutado e levantou da mesa do escritório rapidamente, sacando uma Glock.

— Ei, ei. Baixa a bola que nós estamos em 4, e você em 1. — O loiro disse.

— Acabar com seus seguranças foi mole, você então nem pense. — Completei.

O homem tinha algumas tatuagens espalhadas pelo corpo todo, até no rosto. Ele era alto e sua pele era escura, seus olhos eram verdes e seu cabelo era raspado.

O homem se rendeu lentamente, largando a arma no chão e deixando as mãos à mostra.

Nai foi em sua direção e em seguida tirou o cinto de Andrew e usou para prender os pulso do mesmo.

— Anda porra. — Kio disse dando um empurrão nas costas do homem que deu uma tropeçada.

— Onde está o seu cofre? — Eu questionei.

— Andar de cima. — Andrew respondeu sem hesitar.

Provavelmente ele estava pensando que isso tudo era um assalto qualquer, mas ia muito além disso.

Vinnie se separou de nós, subimos um lance de escadas luxuosas até dar de cara com uma enorme porta de aço, que acompanhava uma tranca com reconhecimento de íris.

— Queremos o código de segurança. — Kio ordenou, todos nós estávamos relativamente tranquilos.

— DB SB 32 72. — O homem de pele negra disse de cabeça baixa.

Até me impressionava como o homem estava nos respeitando... De qualquer jeito o mesmo abriu o cofre sob nossas ordens com sei olho. Passando pela porta demos de cara com literalmente montanhas de dinheiro.

— Isso aqui vai ser muito mais interessante do que eu pensei... — A morena disse.

Em seguida Hacker chegou arrastando uma cadeira e uma corda, que foram jogados no meio daquele dinheiro todo.

Peguei os dois objetos e Kio posicionou o homem na cadeira, fiz um nó forte nas mãos e nos pés do homem.

— Vamos gente. — Vinnie disse me levando pelo braço para fora da sala, todos os outros foram seguindo atrás.

Trancamos a porta, nós já tinhamos o código. Se entreolhamos e demos uma risada alta, descendo as escadas.

— Vai ser interessante ficar aqui por um tempo... — O loiro afirmou se jogando em um sofá qualquer.

— A gente já podia planejar umas torturas interessantes pra quando os meninos chegarem... — Nai completou fazendo todos rirem novamente.

Vinnie deu dois tapinhas no sofá me olhando, querendo dizer para eu sentar ao seu lado. Obedeci.

— Eu achei um negócio nessa casa que você vai gostar... Na real, nós dois iremos gostar muito.

— O que é? — Fiquei confusa com a frase do loiro.

— Você vai ver.

— Cara não vai rolar vocês dois de mimimi. — Kio disse fazendo todos rirem.

— Eu odeio esse garoto. — Respondi rindo.

Ficamos lá na sala acendendo alguns baseados e se conhecendo, fingindo que não existia nada de errado naquela casa.

Um tempo depois Michael e Payton chegaram na casa, continuamos fazendo a mesma merda de sempre, mas aquilo estava muito legal.

Tinham bitucas de baseados espalhadas pela mesa de centro, meu raciocínio começava a ficar meio lento.

Tomamos um susto com um telefone tocando alto, era o meu. Tirei do bolso.

— Mestre... — Murmurei baixo, assustada.

— Atende e deixa no viva voz, prometemos que não faremos nada. — Kio disse.

— Acho bom mesmo, senão todo mundo aqui sai morto. — Tomei coragem e atendi o telefone.

Joguei o aparelho na mesa de centro no volume máximo, fazendo todos se aproximarem devagar.

— Quanto tempo! Eu estava esperando uma ligação sua... — Iniciei a conversa, quase tremendo de nervosismo.

— Onde você está agora? — Foi a única coisa que o homem disse, gelei tentando pensar em uma resposta.

— No hotel de Vinnie. Ele está no banheiro, fala logo o que você quer.

— Eu quero que você vá pra puta que pariu sua merdinha. Quem ta no hotel do Vinnie sou eu. — A ligação foi encerrada pelo homem em seguida.

Eu travei. Todos nós do cômodo travamos. Eu não tinha nenhuma reação além de começar a roer minhas unhas.

— A gente tem que acabar com essa porra logo. — Foi o que saiu da minha boca.

— S/n... — Vinnie disse se aproximando.

— Cala a boca porra, não diga um A. Meus dias estão contados, eu não me toquei que minha vida estava completamente em risco nessas de tentar salvar a sua. Maldito dia que me fizeram te conhecer.

— Calma S/n. Ninguém aqui te forçou a nada também. Você podia ter caído fora a muito tempo, ou dedurado todos nós. — Nai infelizmente tinha razão, a maior culpa era minha.

Limpei algumas lágrimas que escorriam do meu rosto, se meu cérebro fosse uma fiação elétrica ele estaria nesse momento em curto circuito, prestes a explodir.

Peguei um revólver que estava jogado no chão e fui em direção a Andrew, eu preciso sair daqui agora.


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Gente voltei de viagem KKKKKKk, vou tentar postar bastante

Até a próxima, G.M

Killers to lovers - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora