Os Gêmeos Moormeier. - 𝐏.𝐌 ✅

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↳˳👗⸙;; ❝𝐒𝐧 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰❞. ᵕ̈ ೫˚∗

Meu coração estava em pedaços,meu rosto encharcado e minha mão doía.
As palavras dele me machucaram,coisas que nunca estaria preparada para ouvir,o que mais me machucou foi o seu jeito frio e duro de cuspir aquelas palavras na minha cara. Como se eu não tivesse sentimentos,foi pior que uma facada.
Além do fato de ter tido plateia,que provavelmente gravaram.

Após perceber o estado que ele estava, depois de quase toda aquela adrenalina ter passado. Vi que o canto de sua boca sangrava e seus olhos estavam levemente avermelhados e suas bochechas estavam molhadas,ele me olhava como se estivesse buscando ver a minha alma ou saber o que minha cabeça estava pensando agora.
Saí correndo daquela cozinha e fui para a parte da frente da casa, liguei para um Uber e me afastei da casa de Bryce.
Já não estava tão bêbada, igual antes. Fui beber alguns shots para me dar coragem de fazer bobagens,mas acabei me empolgando.

Não demorou muito para o Uber chegar e certifiquei-me de agradecer a Deus por ser uma mulher, já era tarde e se o motorista ainda fosse homem me deixaria ainda mais desconfortável.
Enquanto a mulher seguia o percurso da minha casa,eu apenas chorava baixinho
olhando para a paisagem lá fora.
Cada palavra que ele jogou na minha cara, rodeava a minha mente. Meu subconsciente fazia questão de repetir tudo,para que eu me afundasse ainda mais.

Paguei a moça e entrei em casa,tudo estava escuro,adentrei mais um pouco e pude ver Jay na cozinha e assim que ele me viu veio até mim.
Eu estava com meus saltos nas mãos,um vestido sujo de bebida,uma maquiagem borrada, cabelos bagunçados e um coração partido.
Corri para encurtar o tempo e o abracei com toda a minhas forças, chorando alto em seu peito. Talvez não fosse dele o que eu precisava no momento,mas era ele que o universo me preparou. Ele me abraçou fortemente também, fazendo com que eu afundasse ainda mais minha cabeça em seu peito.

Eu estava com frio e seus braços me fizeram abrigo, quando eu estava desmoronando.

Depois de um tempo,mas calma Jay me trás um copo de água com açúcar. Pediu gentilmente que eu bebesse,disse-me que eu estava nervosa demais e que precisava me acalmar um pouco.
Assenti com a cabeça e apenas bebi minha água,ele me olhava com o coração em dor, provavelmente por ver naquele estado. Amo este garoto,e preciso cuidá-lo para que ele não se machuque. Sei que não será possível evitar que ele se machuque,mas tentarei fazer o máximo para que talvez isso não ocorra.

Subimos juntos para o andar de cima,ele me desejou boa noite e me beijou na testa, assegurou-me que se eu precisasse eu poderia bater em sua porta. Agradeci e coloquei um sorriso fraco nos lábios, não tinha muita cabeça para sorrir neste momento.
Tirei esse maldito vestido e me joguei na água quente do chuveiro, tentando relaxar os músculos e querendo afastar esse estúpidos pensamentos. Foi um banho demorado,contado pelo fato que chorei a maioria dele.

Vesti o primeiro vestígio de roupa que vi pela frente e deitei-me na cama,virei de lado e comecei a olhar para minha penteadeira,onde havia uma foto minha e da minha mãe. O que sem eu perceber, lágrimas começaram a escorrer nos cantos de meus olhos, aquela noite estava longe de se acabar.

(...)

12 dias desde a festa e eu continuo e permaneço no meu quarto, não sei o que é me alimentar direito a mais de uma semana, não faço contato social a um tempo também. Apenas continuo aqui,no quarto cheio,mas com o vazio dentro de mim.
Joanne está preocupada comigo, apenas de falar que não é nada demais,ela continua a me fazer a mesma e infernal pergunta:Tem certeza que está bem? Estou aqui e você sabe disso.
Para a minha sorte eles viajaram, não vão demorar,mas eles passando pelo menos uns três dias foram já me ajuda a não ter tanta dor de cabeça.

Não sei de notícias sobre ele,e nem faço questão. Se ele sumisse,eu agradeceria.
Teria paz e não haveria mais motivos para chorar,pois ele não estaria aqui para me falar que sou uma vadia iludida ou que minha está feliz por não estar mais ao meu lado.
Porra,por que isso tem que ser tão fodido? Ele não poderia simplesmente me ignorar ou fingir que eu não existo. Não sei,tem infinitas opções dele não ligar para a minha insignificante existência.

Jay implorou para que hoje eu saísse desse quarto,me assegurou também que ele não estaria em casa e que não voltaria nem tão cedo para nenhuma surpresa.
Hesitei um pouco, não achava uma boa idéia mas Jay implorou de joelhos e eu não pude negar.
Eu já tinha tomado banho, estava com uma roupa confortável e agora me encontrava descendo as escadas cautelosamente.

Jay me esperava no final dela,com um sorriso enorme no rosto,me deixa com o coração quentinho o jeito que ele cuida de mim. Assim que termino de descer a escadaria,sou recebida por um abraço do mesmo.
Seu perfume masculino invade minhas narinas e logo o cheiro de Payton corrói minha mente,afasto esses pensamentos e dou um beijo na bochecha de Jay que acaba ficando um pouco sem graça,me fazendo rir levemente.

Me acompanhou até a cozinha e tapou meus olhos,cambaleei um pouco mas não caí.
Assim que ele tirou suas mãos de meus olhos,pude ver uma mesa repleta de pães e bolos,doces de padaria e salgados, três tipos de suco e um potão de sorvete,tudo em cima da bancada de tomar café da manhã.

-Wow Jay! Isso tudo é pra mim?-Perguntei maravilhada.

-Sim. Eu vi o quão tristinha você estava, então resolvi fazer uma surpresinha.-Falou envergonhado,o deixando ainda mais fofo.

-Ownnn obrigada Jay,isso foi muito fofo da sua parte.-O abraço fortemente e ele retribui.

-Tá,agora por favor vamos comer porque é muita coisa e eu to com fome!-exclamou e eu assenti rindo.