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↳˳👗⸙;; ❝𝐒𝐧 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰❞

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↳˳👗⸙;; ❝𝐒𝐧 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰❞. ᵕ̈ ೫˚∗

-Ele estava com os olhos cheios de lágrimas,ou eu tô louca?-Olho para Jay,que estava tão confuso quanto eu.

-Vai. Vai atrás dele.-Jay me incentiva a ir atrás do seu irmão problemático e eu fico em êxtase

-Mas-Ele me interrompe.

-Deixa de ser lesada e vai logo Sn, Antes que seja tarde.-Os olhos dele estão marejados e meu coração se parte.

-Toda essa confusão está te machucando,eu vou ficar aqui com você.-Insisto e o garoto me olha com tédio.

-Eu não quero você aqui,vai logo Sn.-Ele me empurrou para fora do seu quarto, trancando a porta.

-Porra Jay,abre essa merda!-Bati fortemente em sua porta,na intenção que ele voltasse atrás e abrisse a mesma.

-Vai se ferrar Sn, não quero você aqui. Só vai logo!-Lágrimas corriam pelo meu rosto e minha respiração estava ofegante.

Desço a escada e vejo meu pai e Joanne sentados no sofá,com feições confusas. Seria tanta coisa pra Explicar e tantas coisas para pôr no devido lugar. Sentimentos feridos, confusão que causou lágrimas e ações estúpidas que sempre estragaram o que nem havia começado.

-Onde está Payton?-É a única coisa que perguntei e eles apenas me direcionam à garagem. Ótimo,mal saiu de um acidente,correu para outro.

-Pai pode me emprestar o seu carro?-Acabo soluçando um pouco.

(...)

Eu estava em uma velocidade rápida, até demais eu diria. Eu não sabia ao certo aonde eu estava indo, apenas corria pelas estradas da cidade a procura de algum vestígio dele. O tempo escuro e fechado deixava tudo ainda mais deprimente,eu não sei o que eu diria quando o encontrasse ou como agiria perto dele. Mas eu precisava saber onde ele estava, mesmo que ele não se importe comigo,da mesma forma que eu me importo com ele.

Alguns pingos de água,caiam fortemente. Logo um temporal iria se iniciar,e minha preocupação só aumentava. Se ele já bateu o carro sem chuva e bêbado,imagina o quão maior seria o estrago se ele batesse o carro,agora com a estrada molhada. Eu não queria estar correndo atrás de uma pessoa que nunca teve o mínimo de consideração por mim,mas lá estava eu. Em uma estrada molhada,em uma velocidade alta, passando meu olhar por cada centímetro daquela cidade. Só para que eu o encontrasse.

Acabei entrando em uma rua,o temporal continuava a cair. Cada vez aumentando mais,e mais. Estacionei o carro e disquei o número de Avani, talvez ela saberia onde ele poderia ter ido. Olho para a rua, enquanto estou com o telefone perto do ouvido,acabo vendo uma cena que me confirmou o que eu sempre soube.
O carro dele estava estacionado um pouco a frente do meu,ele estava debaixo da chuva,agarrado com uma garota. Ele beijava ela como se não existisse amanhã,ambos os corpos colados,quase se tornado um só. Arrisco dizer que senti os sentimentos dele, passando por mim.

Sem perceber meu rosto se molha,com lágrimas frenéticas que insistem em não parar de cair. Meu peito recebe um aperto e meu coração está despedaçado por completo,eu achava que era ele, sendo que estava nítido que nunca seria ele.
A tristeza de ver ele beijando outra pessoa, enquanto eu estava a uma pilha,por causa da preocupação,era tão humilhante. No final,eu era a garota ingênua que ele me disse,que eu era.

Eu respirava decepcionada, machucada e totalmente dolorida,com toda aquela situação. Eu teria que explicar tudo o que aconteceu entre nós,se é que de fato aconteceu algo,entre nós.
Me senti burra e insignificante,e talvez meus pensamentos estavam certos. No fim dois corações se partiram naquele fim de tarde,Eu parti um. Mas também partiram o meu. E aquilo me deixou desolada. Eu só conseguia chorar e chorar, soluçando algumas vezes.

Eu podia ter ido atrás dele naquele momento, mas valia a pena? Eu tenho certeza que não valeria.
Eu tomaria uma bela humilhação na cara,e aquilo só fortaleceria o ego dele.
Liguei meu carro e ainda com a visão embaçada,segui de volta para casa.
Agora eu não tinha mais ninguém,nem Jay,nem Faith ou qualquer outro.
Era apenas eu e minha dor e culpa,que eu estava carregando juntamente a mim.

Eu ainda não tinha certeza de nada,nem do meu futuro ou dos meus singelos sentimentos por alguém. Mas acabou que essa foi uma daquelas vezes,que nos apaixonamos pela pessoa errada. Ele era a pessoa errada,que acabou lá fazendo transparecer um novo sentimento,errado para várias. Eu já não podia fazer nada,o que restava era apenas aceitar que essa era a moral da história,que eu ficaria triste e machucada, também. Mesmo eu falando que nada giraria em torno do Payton,acabou que agora está tudo girando em torno do garoto.

O céu começava a ficar escuro,alguns raios o iluminava, às vezes.  Liguei o ar,pois já estava ficando com um pouco de frio, já que nem reparei as roupas que estava. Antes de sair de casa. Uma das minhas mãos comandava o volante e a outra enxugava as lágrimas. Liguei o rádio,para ver o que passava no momento,e por ironia da porra do destino tocava Bruno Mars. Desliguei assim que percebi que tocava "Talking to the moon", não estava afim de inundar o carro com os litros de água,que escapavam de meus olhos.

Estacionei o carro na garagem,e acabei percebendo o estado crítico que o mesmo estava. Sujo de lama e tinha alguns vestígios de plantas nas portas, totalmente sujo. Suspirei frustrada e apenas segui até o interior da casa,e lá estava Joanne que ainda possuía sua feição preocupada. E também tinha meu pai,que mesmo estando preocupado, não demonstrava muito.

-Querida onde estava? Já são quase meia noite.-Joanne pergunta e eu me espanto. Caralho,já passou tanto tempo assim?

-E-eu-Pauso por alguns milésimos e respiro fundo antes de continuar.-Quando finalmente o encontrei,ele beijava outra pessoa.-Tento não demonstrar sentimentos,mas minha voz embargada e lágrimas me entregam.

-Oh querida. Eu sinto muito.-Joanne abre seus braços e eu corro até ela,me encolhendo entre suas "asas" a fim de proteção.

-Ele não voltará para casa?-Finalmente meu pai diz algo,e eu apenas neguei com a cabeça.

-Eu nem falei com ele,só voltei para casa.-Soluço um pouco e tento me acalmar.

-Vai acabar pegando um resfriado! Está com poucas roupas. Tome um banho e eu prepararei um chá.-Assinto com a cabeça e ela segue até a cozinha. Tento voltar ao meu normal,mas meu pai abre os braços e me chama. Corro até seus braços e continuo a chorar em seu peito.

Os Gêmeos Moormeier. - 𝐏.𝐌 ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora