CAPÍTULO LI

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Depois de duas horas de viagem de carro, Carlos e Cristina finalmente chegam ao hotel-fazenda. Foram duas horas agradáveis na companhia um do outro. Era muito boa a conversa que sempre acontecia entre os dois. Nunca faltava assunto. Tiveram oportunidade de falar sobre diversos assuntos. Eles estacionam o carro e seguem para a recepção.

- Reserva para Carlos Daniel Gonzáles, por favor. - diz Carlos ao atendente no balcão.

- Pois não. Um quarto de casal. Suíte máster. – diz o rapaz.

- Isso mesmo - confirma Carlos, trocando alguns olhares com Cristina.

- Josué irá acompanhá-los até o quarto. - informa o atendente.

- Obrigado - Agradece Carlos.

O rapaz guia Carlos e Cristina até o quarto, recebe uma gorjeta e se vai.

- Nossa... Que bonita... - admira-se Cristina.

- Nós merecemos... - diz Carlos.

Eles exploram a suíte. Cama king size. TV enorme. Sofá. Mesa para refeições.  Banheiro enorme. Banheira de hidromassagem. Ainda estão um pouco inibidos na presença um do outro. Carlos ajuda Cristina a acomodar as malas. 

Você quer ir lá fora, conhecer o hotel fazenda? – ele convida, meio sem graça.

- Quero sim, mas depois de um bom banho. Saímos depois do trabalho, dirigimos por horas. É melhor descansarmos um pouco.

- Tem razão. Então... Pode ir na frente, eu vou depois. Vou ver o que tem de bom na tv.

- Tudo bem. - diz Cristina.

Ela liga o chuveiro. A água quente cai sobre seu corpo, ela se sente revigorada. Ela demora um pouco mais do que costuma. Olha-se despida no espelho. Como sugerira Débora, Cristina fora a um salão de beleza,  unhas feitas, depilação, arrumou o corte do cabelo.  Normalmente não se preocupava muito com a própria aparência, mas Débora estava certa, Cristina precisava se amar mais, ter mais cuidado consigo mesma. Não somente por causa de Carlos, mas porque ela própria merecia esse auto cuidado. Envolveu-se então no roupão e saiu.

Carlos estava vendo tv. Ouviu Cristina abrir a porta do banheiro. Ao vê-la sair de roupão, cabelos molhados, sabendo que estava nua por baixo, sentiu-lhe subir um desejo incontrolável por aquela mulher.

- Sei que já te disse isso, mas vou repetir. Você fica linda de branco.

Ela agradece, meio sem jeito, sentindo o rosto corar. Ele se aproxima dela, acaricia seus cabelos molhados. Os dois se beijam. Ele acaricia o corpo de Cristina por cima do roupão. Ela fecha os olhos e permite que ele lhe explore o corpo, soltando um pequeno gemido. Ele a beija novamente, ela corresponde. Suas línguas se acariciam delicadamente. Eles não tem pressa, não há horário para cumprir, aquele momento era somente deles. Carlos então reúne forças para afastar-se da namorada:

- Bem, também eu preciso de um banho. Não vou demorar. Prometo. - diz ele.

- Os próximos dias serão nossos, não precisa se apressar. Lembre que a ideia é desacelerar. - diz Cristina.

- Não consigo. Você assim tão bela... Não faz ideia de como acelerou minha pressão sanguínea e meus batimentos cardíacos. - brinca Carlos - Vou precisar de cuidados médicos.

- Não se preocupe, vou cuidar bem de você. - responde ela.

Ele a beija mais uma vez e entra no banheiro. Ela fica desfazendo as malas, ainda de roupão.

Como prometera, Carlos fora rápido no banho. Saiu enrolado na toalha. Ela pôde contemplar o corpo do namorado. Era um homem alto, seu corpo era naturalmente forte, mas não era um corpo construído em academias. Tinha pernas grossas. Cristina achava lindo homens de pernas grossas.

Carlos, ao sair do banheiro, viu Cristina ainda naquele roupão branco. Estava linda. Ele gostava da simplicidade dela. Ela não era uma mulher vaidosa, é fato, mas vestia-se bem, roupas simples e bonitas,  seu cabelo estava sempre bonito e estava sempre bem perfumada. Ele adorava sentir o cheiro que vinha dela quando ele se aproximava.

Haviam feito amor algumas vezes, geralmente com tempo limitado para ficarem juntos. Normalmente Cristina preferia a penumbra. Ele não se importava, se ela se sentia mais confortável daquele jeito, estava tudo bem. Por isso mesmo atiçava-lhe a curiosidade contemplar o corpo de Cristina à luz clara. Ele estava relutante em se aproximar dela. Sabia que ela ainda se sentia insegura, não queria deixá-la desconfortável. Foi tentar chegar até sua mala, mas bateu o joelho na cama. Cristina veio acudir.

- Nossa! Que pancada feia! Vai criar um hematoma – disse Cristina, pousando a mão sobre o joelho de Carlos – talvez seja bom colocar gelo.

- Não se preocupe, não foi nada – respondeu ele – mas, de qualquer forma, adoro quando você cuida de mim... Como nos velhos tempos... – brincou.

Cristina então ficou em pé e se aproximou de Carlos, que ainda estava sentado. Acariciou-lhe o rosto e os cabelos.

- Vou cuidar muito bem de você... – disse ela no ouvido de Carlos.

Os dois beijaram-se. Carlos, ainda sentado, desamarrou o roupão de Cristina, acariciou-lhe o corpo, mas não o tirou. Também ela acariciou-lhe o corpo, as costas, o peito do namorado. Ele toca-lhe os seios e os beija. Acaricia-lhe os mamilos. Ela sente o corpo arrepiar e solta um outro gemido.

- Você quer que eu diminua a luz? – perguntou ele.

- Não... Não precisa, Carlos... Deixe a luz acesa... - respondeu ela.

Ele fica de pé. A toalha que o envolvia cai no chão. Os dois se beijam. As mãos de Cristina exploram o corpo nu de Carlos de cima a baixo, passando por suas partes íntimas. Ele solta um gemido. Ela então acaricia-lhe os mamilos. Ele tira o roupão de Cristina, que cai no chão.

O passeio pelo hotel fazenda definitivamente iria ficar para depois.

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