Débora e Laura estavam no parque naquela manhã de sábado. Estavam sentadas em uma toalha de piquenique à espera de Eduardo. Débora e ele estavam de folga do hospital, haviam combinado de se encontrarem no parque para que Eduardo pudesse finalmente conhecer Laura.
Eduardo chega ao parque e vê Débora e Laura de longe. Ele sente um frio na barriga. É apenas uma menininha, pensou ele. Não tem porque estar inseguro. Disse ele a si mesmo. O fato é que ele não tinha muito contato com crianças. Nem sabia dizer se tinha jeito com elas ou não. Estava prestes a descobrir. Caminhou até as duas e cumprimentou-as.
- Olá meninas, bom dia! Será que posso me juntar a vocês?
- Eduardo! Claro! Estávamos esperando por você! Senta aqui! - chama Débora.
Eduardo aproxima-se e senta. Ele está vestindo roupas mais despojadas do que as que ele normalmente usa no hospital. Estava muito bonito. Usava um jeans mais antigo e uma camisa de botão que mostrava bem os músculos. Débora usava uma blusa regata que desenhava-lhe o busto e um short bastante curto que mostrava boa parte de suas pernas e lhe valorizava o bumbum, o que agradava muito a ele. Estava também muito bonita.
- Laura, esse é o Eduardo, aquele amigo que lhe falei. Será que ele pode sentar aqui com a gente?
- Pode sim - diz a menina - Você gosta de contar histórias? Minha mãe está contando histórias.
- Bom, eu não tenho muito costume de contar histórias. Mas gosto muito de ouvi-las - responde ele - Posso me sentar aqui para ouvir histórias com você?
- Pode sim, vem, senta aqui - chama Laura.
Ele faz o que a menina pede.
- Cuidado, hein, Eduardo, ela é tagarela, não vai largar do seu pé... Puxou a mim... Quer dizer, em ser tagarela... - diz Débora.
- Mas você pode "ficar no meu pé", se quiser... Não vou achar ruim... - brinca ele.
- Nossa... Você é bem forte... - diz Laura.
- Você acha? - pergunta ele.
- Sim, é forte como um super-herói.
Ele acha graça.
- Você é um super herói? - pergunta ela.
- Não... Infelizmente não sou... Mas a sua mãe é uma super heroína - diz Eduardo.
- Minha mãe? - pergunta a menina.
- Sim... Ela é a Mulher Maravilha - responde Eduardo.
- Imagina... Bem que eu queria mesmo... - diz Débora.
- Eu acho que é sim... - diz Laura.
- Viu, Laura concorda comigo - diz Eduardo.
- Minha mãe falou que vocês trabalham juntos no hospital.
- Sim, trabalhamos juntos - responde ele.
- Você também é médico, que nem ela?
- Isso mesmo, também sou médico, que nem ela.
- Ela disse que é difícil ser médico, mas ela gosta.
- Tem razão... O lugar onde trabalhamos exige muito de nós... Mas gostamos do que fazemos.
- Meu pai ficava bravo porque sempre dizia que médicos trabalham demais e não tem tempo pra família.
Eduardo e Débora se entreolham. Sabem que é bem verdade. Por isso mesmo alguns médicos acabam se relacionando entre si, pois é difícil lidar com os horários.
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Recomeço
RomanceUm terrível acidente une os destinos de Cristina - uma médica dedicada, que ama o que faz - e Carlos - um homem impulsivo e cativante. Sua vida está agora nas mãos competentes de Cristina. Depois desse encontro de destinos suas vidas jamais serão as...