S/n é filha do capô da máfia italiana, e para proteger sua família, ela se casa com a capô da máfia americana, Billie O'Connell.
Billie O'Connell... É assim que as pessoas a chamam, uma mulher fria e calculista, que não tem medo e nem paciência com...
ㅡ Billie, você precisa comer. ㅡ Coloco duas maçãs em cima de sua mesa, Billie nem ao menos olha para mim ou para a maçã, ela continua sentada em frente a mesa do escritório assinando uma pasta de documentos.
ㅡ Estou ocupada, S/n. ㅡ Ela solta a caneta, colocando em cima da mesa enquanto puxa o ar para depois soltar. A capô olha para mim, consigo ver o quanto está cansada. ㅡ Vai pintar, ler um livro ou sei lá, ir na cachoeira. Não precisa ficar aqui comigo. Não preciso de você o tempo todo.
Se passaram duas semanas, ainda estamos na casa do lago. Billie está muito ocupada, pois deixou muitas coisas acumuladas por não parar em casa, ela caça o aquele marmanjo o tempo todo e o dia todo, sem parar. Agora ela tem trabalho de mais, está sobrecarregada e não posso ajudá-la, infelizmente.
ㅡ Só estou querendo te ajudar, ignorante. ㅡ A capô da de ombros, pegando uma maçã e dando uma mordida. ㅡ Que bom que está comendo, pelo menos.
ㅡ Já estou comendo, está vendo? ㅡ Ela sorri de lado, mastigando a maçã normalmente. Bufo, dando as costas e saindo do escritório.
Ando até nosso quarto, me jogo na cama e pego meu celular na escrivaninha, comecei a jogar um jogo aleatório que tinha visto a um tempo. Comecei a ficar com sono, deixei meu celular embaixo do travesseiro e puxei o edredom, fechei meus olhos devagar, mas os abri ao sentir que estava em outro ambiente.
Senti algo fino nas minhas costas, abri meus olhos, olhei ao lado com o coração batendo mais rápido que antes. Eu estava em uma floresta, sentada no meio de folhas alaranjadas caídas da árvore ao meu lado. Me levantei, olhei para um lado e para o outro, pegando o galho que estava atrás de mim.
ㅡ Billie? ㅡ Chamei pela capô, dando um passo para frente. ㅡ Billie! ㅡ Gritei mais alto, olhando para o lado e para o outro, minhas mãos tremiam.
Escutei algo atrás de mim, me virei rápido, senti que alguém me observa, um vulto preto passou de uma árvore para a outra, me deixando atordoada por segundos. Engulo a seco, dou um passo para trás, o vulto vai para a árvore perto de mim, não esperei mais nada, apenas corri.
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Meus fios de cabelo iam para trás, enquanto outros batiam no meu rosto de vez enquanto pelo vento forte da floresta, podia escutar as folhas sendo amassadas atrás de mim, olhei para trás, vi o vulto ir de um lado para o outro desviando das árvores tentando me alcançar.
ㅡ Venha para mim, S/n. ㅡ A voz de Billie sussurrou no meu ouvido, segurei em um tronco de árvore, tentando respirar fundo. ㅡ Não pare agora, você está quase. ㅡ Respirei fundo, dei uma olhada para trás voltando a correr.
ㅡ BILLIE! ㅡ gritei por ela, correndo o mais rápido que conseguia. Vi uma fresta do sol, corri para lá vendo um espaço entre as árvores.
Parei no meio do espaço, andei até o sol, encarei o campo de tulipas roxas, vi Billie parada no meio do campo, encarando a floresta a frente. Andei até ela devagar, toquei em seu ombro, ela se virou para mim, o vento fez com que os cabelos de Billie fossem para frente do seu rosto, mas ainda sim, conseguia ver seu rosto angelical perfeitamente.
