S/n é filha do capô da máfia italiana, e para proteger sua família, ela se casa com a capô da máfia americana, Billie O'Connell.
Billie O'Connell... É assim que as pessoas a chamam, uma mulher fria e calculista, que não tem medo e nem paciência com...
Acordo com a luz do sol batendo no meu rosto, Billie ainda está agarrada em mim, estamos na mesma posição de ontem de madrugada, acaricio seus cabelos e tiro alguns fios do rosto, vejo no meu relógio, acabei dormindo de mais.
Me levanto caminhando em direção ao banheiro, escovo meus dentes e penteio meio cabelo, coloco um vestido preto fresquinho, dou outra olhada na capô, que está com o rosto amassado ainda.
Desço as escadas, vou até a cozinha coçando meus olhos, levo um susto quando vejo Sally encostada na mesa, desenhando na mesa de vidro, cruzei meus braços com os olhos semicerrados, a pequena deu um sorriso fofo, tentando não levar uma bronca. Ela sabe que consegue fazer qualquer um perder a postura com esse típico sorrisinho.
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ㅡ Sally! Já disse que não pode desenhar na mesa. ㅡ A peguei no colo, a criança se deitou no meu peito. ㅡ Você tem tantos cadernos, amor. Por que não usa eles? ㅡ Caminhei até o fogão, ainda segurando a menina.
ㅡ Desculpa, mamãe. A graça guardou meus cadernos, não consegui achar eles em nenhum lugar. ㅡ Ela brincou com o meu cabelo, peguei uma panela limpa, colocando no fogão.
ㅡ Tudo bem, Sally. Só não faça outra vez, okay? É difícil de sair depois. ㅡ Fiz careta na última frase, minha filha riu, dei um beijo na sua bochecha, me abaixo, a deixando no chão.
ㅡ Posso brincar com os cavalos? Tio Jonas já acordou, e está com eles. ㅡ Olhei para a janela de vidro, Jonas era quem cuidava dos cavalos, o senhor estava penteando os cabelos de um. ㅡ Por favor, mamãe. O sol não está tão quente, acabou de amanhecer.
ㅡ Pode ir. Não sai de perto do tio Jonas, okay? ㅡ Coloquei as mãos na cintura, Sally assentiu, sorri a vendo correr até a porta de vidro.
Me sentei na bancada da cozinha, devorando um pote de creme de avelã enquanto esperava o hambúrguer fritar. Escutei passos vindo na direção da cozinha, Graça apareceu colocando o avental, a senhora parecia apavorada com algo.
ㅡ Desculpa pelo atraso, S/n. Meu celular não despertou. ㅡ Deu um sorriso sem graça, eu ri pelo nariz, pegando outra colher limpa.
ㅡ Não tem problema, Graça. Toma. ㅡ Estendi a colher cheia de creme de avelã, Graça riu, pegando a colher.
ㅡ Obrigada. ㅡ Piscou para mim, pisquei de volta. ㅡ Graça, aonde colocou os cadernos da Sally? Ela estava procurando hoje de manhã e...
ㅡ Mãe, sabe aonde tem uma caneta preta? ㅡ Andrew foi o próximo a entrar na cozinha, estava com a voz rouca e a cara amassada, tinha acabado de acordar. ㅡ É meu primeiro dia no turno de manhã, preciso muito de uma caneta.
Andrew era o filho mais velho, de 14 anos, Sally fez quatro no fim do ano passado. São tão lindos, acho que nunca fui tão feliz. Meus planos não eram esses, tudo mudou quando fui forçada e me casar com uma mafiosa, que se tornou o amor da minha vida e a pessoa mais importante pra mim em pouquíssimo tempo.
