Soulmates |G!P| ✔️

> 14

Eu esqueci que a casa do pai da S/n é na Itália e escrevi o capítulo como se ele morasse em uma esquina e a S/n eu outra. Eu estava com muito sono quando escrevi aquela parte, vale um desconto. Finge que a S/n e a Billie pegaram um avião e voltaram para Los Angeles com a ajuda do meu amigo X-Men🧘

. .
.
. .
.
. .
.
. .
.
. .
.

Abro meus olhos de vagar, respiro fundo e me sento na cama, olho para o relógio na parede, marca 07:02 da manhã. Billie não estava na cama, e sim, encostada na sacada da varanda, usando a mesma roupa de ontem... Uma calça moletom preta e uma camiseta azul escuro.

Me levanto e calço o meu chinelo. Caminho até ela, passo minhas mãos sobre meus braços quando chego perto da loira. Está bem frio aqui fora.

Billie estava com um cigarro na boca, franzi meu cenho. Eu não sabia que ela fuma. A capô encarava a vista, mas resolveu me olhar quando percebeu que eu a encarava, ela tirou o cigarro da boca e brincou com um pouco da fumaça que saía, tomei o cigarro de sua mão, mas ela tomou na minha mão de volta, segurando o mesmo uma outra vez.

ㅡ O que pensa que tá fazendo? Não vou te viciar nesse caralho de cigarro. ㅡ Ela disse. Bocejei, meus ombros tremeram.

ㅡ Eu não iria colocar esse negócio na boca. Desde quando você fuma? ㅡ Meu queixo tremeu pelo frio que está aqui fora. Billie jogou o cigarro no chão e pisou em cima, fazendo com que o fogo apagasse.

ㅡ Volta pra dentro, se não vai levar um choque térmico. Não sei cuidar de ninguém. ㅡ Ela se virou para mim. Pensei na possibilidade de ficar doente então preferi entrar.

Me sentei na cama, Billie guardou algo dentro da mesinha de cabeceira e se sentou ao meu lado. Limpei minha garganta e fechei meus olhos sentindo a ardência. Eu não fiquei nem cinco minutos lá fora, e aquele vento gelado me causou dor de garganta.

ㅡ Eu não costumo fumar, mas preferi, para poder refletir melhor. ㅡ Concordei com a cabeça, juntei minhas pernas em perna de índio. ㅡ O que você tem? ㅡ Ela tocou na minha coxa, sua mão estava gelada.

ㅡ Nada. ㅡ Respondi baixo, para não forçar muito a voz.

ㅡ Sei que está chateada. Eu não te dei aqueles remédios por acaso, foi por um motivo específico que não queria que você soubesse. Eu estava possessa. Possessa de raiva de quem está me provocando.

ㅡ Então... Foi por qual motivo? ㅡ Virei minha cabeça para olhar a mulher ao meu lado. Billie se ajeitou na cama se encostando na cabeceira.

ㅡ Eu pensei que estavam querendo me matar, sempre quiseram. Eu faço muitas coisas nas qual não me arrependo. Mas eu estava enganada, estão querendo te pegar, S/n. ㅡ Me encostei na cabeceira, abracei meus joelhos e me cobri. Mordi minha bochecha, tentando controlar o nervosismo. ㅡ Estão querendo te tirar de mim, pois sabem que mexendo com você, mexe comigo também.

Billie parou de me olhar e encarou um ponto fixo no quarto, sem dizer mais nada. Reparei em seus mãos se juntando.

ㅡ Te dei aqueles remédios para que você não saísse da casa, permanece na minha visão. Eu não queria te assustar, então, resolvi pensar de cabeça quente e te dei aquilo. Usava a desculpa do seu sonho para que você não desconfiasse. Quando você foi embora, eu percebi o como essa decisão tinha sido idiota, porque você teria que saber a qualquer momento.

Reparei em suas feições, Billie parece estar com uma mistura de medo, tristeza e arrependimento. Ela ainda não me olhava.

ㅡ Sua irmã me contou da sua ansiedade. Percebi que aquele dia, quando você me desobedeceu entrando no quarto, não foi por um querer seu, então, a possibilidade da sua ansiedade atacar e você sair para fora fez com que eu tomasse aquela decisão. As coisas já estão no controle. Durante aqueles três dias, nós precisavamos deixar com que eles pensassem que estavam no controle. Aqueles filhos da puta seguiram o carro quente levava até o final da estrada, consegui impedir de te pegarem, e depois, houve uma chacina linda bem aqui na frente. ㅡ Billie apontou para fora, indicando um lado da floresta.