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Abri meus olhos devagar, pisquei algumas vezes tentando recompor a consciência, um gemido de dor da capô foi o suficiente para isso.

Me desencostei da parede, olhei para o lado, Billie está encostada em uma poltrona, estamos no chão, suas pernas estão por cimas das minhas, minha visão está embaçada, não consigo enxergar direito. Passei meus dedos por cima dos meus olhos fechados, conseguindo ver com clareza. Arregalo meus olhos quando vejo que Billie está machucada, parece que um metal que era de uma das poltronas foi direto para a perna dela.

ㅡ Billie! ㅡ Me sentei ao seu lado, a capô está acordada, ela tentava tirar o objeto de ferro da sua perna, mas não conseguia. ㅡ Calma, não tire isso!

ㅡ Você está bem? ㅡ Ela tem sua voz tremida, entregando que está sentindo muita dor.

ㅡ E-eu vou procurar ajuda. ㅡ Me levanto, olho em volta percebendo que caímos em uma mata, uma árvore está caída no meio do avião, a nave foi partida no meio. Os corpos jogados me causou uma dor no coração. ㅡ Meu Deus.

ㅡ S/n, eu preciso de você. ㅡ Corri até Billie outra vez, mesmo que o meu corpo esteja doendo muito. Faria de tudo para que ela ficasse bem. ㅡ Você tem que tirar isso da minha perna, você precisa.

A capô estava suando frio, o peito dela sobe desce de acordo com a respiração pesada, alguns fios de cabelo caíram por cima do seu rosto avermelhado.

Peguei na ponta do objeto, olhei para Billie, ela mexeu a cabeça para cima a para abaixo, dizendo em silêncio para que fizesse isso. Puxei o objeto de metal de uma só vez, a capô gemeu alto, jogando a cabeça para trás, encarei a ferida não muito funda que se firmou.

Fui para frente, toquei no rosto de Billie, tirei seus fios de cabelo do rosto lhe dando um beijo na testa, minhas mãos tremiam, tremiam de frio e de medo.

Quando iria me levantar para achar algo para que parasse o sangramento, senti alguém tocar no meu ombro, olhei para trás rápido. Um homem alto, de pele escura e com desenhos no rosto me encara, ele usa uma espécie de coroa de folhas, está usando uma calça rasgada e não usa nenhuma camisa.

O homem desconhecido mexe a mão para baixo, indicando que eu deveria ficar calma, outras pessoas aparecem atrás dele, pessoas que usam quase a mesma vestimenta e também tem seus rostos pintados. Eles estão procurando por sobreviventes.

Fiquei ao lado da Billie, ela encarava as pessoas da mesma forma em que eu encarava, totalmente confusa.

ㅡ Não tenham medo. ㅡ Me assustei quando uma mulher alta apareceu atrás do homem, ela também usa uma coroa, mas menor, uma calça marrom e uma blusa da mesma cor. ㅡ Vamos ajudar vocês, por favor, fiquem calmos e não tentem nada.

Franzi o cenho, afinal, não estendia nada que ela dizia. A mesma mulher veio até a Billie, ela derramou mel envolta da ferida, depois cobrindo com uma faixa. Olhei para a capô, não sabendo o que fazer, ou o que pegar.

ㅡ Confie nela, são índios. ㅡ Ergui uma sobrancelha, tremi de susto quando o homem passou a mão na minha perna, pensei em puxar, mas percebi que ele só estava verificando se não tinha me machucado.

Billie estava com o braço na minha frente, tentando me proteger caso algo acontecesse.

Dois homem vieram até nós, uma mulher veio em minha direção, ela me estendeu a mão, respirei fundo e peguei na mão da mulher desconhecida. Os dois homens ajudaram a capô a levantar, circularam os braços dela nos ombros dele, as pessoas estão usando velas e lanternas para clarearem o local.

ㅡ Tome isso. ㅡ A mesma mulher cobriu meus ombros com uma manta, ela colocou as mãos nas minhas costas me guiando para frente.

Eu estava toda ralada, tinha que caminhar devagar para não abri mais as feridas, consegui ver a Billie logo a frente, os dois homens estavam a ajudando a andar.

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