Mordo um pedaço do sanduíche de queijo e salada, enquanto vejo Billie conversando com os amigos, mais que aliviados por saberem que a amiga está bem.
Eu não dormi direito, para ser sincera, não consegui. Acordamos com batidas frenéticas na porta, os amigos da capô estavam eufóricos por saberem que ele foi encontrada, estão conversando até agora na sala, Billie se diverte com eles.
Meu celular vibra, vejo que é uma mensagem de um número desconhecido e estranho, abaixo a barra para ler a notificação.
“Hey, S/n! Sou eu, seu médico preferido. Como você está? Espero que não esteja fazendo nenhum esforço.”
Eu ri pelo nariz, um pouco mais aliviada por ser Matheus e não mais uma desgraça na minha vida. Tenho vontade de sumir de tudo e todo mundo, ficar apenas eu e Billie em um lugar deserto. Teria menos dor de cabeça.
"Não se preocupe comigo, tenho uma ótima cuidadora que não me deixa ao menos andar até o banheiro desacompanhada.”
Me arrependo dois segundos depois de mandar a mensagem, tento apagar, mas Matheus já tinha visualizado. Espero que ele não ache que estou dando um fora na amizade dele ou algo assim, ficaria com um peso enorme nas costas.
“Haha, eu entendo a Billie, faria o mesmo. S/n, você pode ir na Sweet Ball? É uma sorveteria daqui do centro de Los Angeles, sua esposa deve conhecer, é bem famosa. Eu preciso te entregar algo, é urgente.”
Franzi o cenho, pensando no que ele tinha para me entregar. O presente da minha mãe veio em mente, balancei meus dedos do pé pela ansiedade de saber o que é e se é o presente que Melissa tinha me dado, não consegui salvá-lo no dia que a casa foi invadida.
“Tudo bem, já estou indo. Você pode me dizer o que é?”
Encarei a tela do celular por minutos, e nada do rapaz me responder, ele não tinha ao menos visto a mensagem.
ㅡ Oi. ㅡ Me assusto com a Billie atrás de mim, escuto sua risadinha. ㅡ O que há de tão interessante nesse celular, que você nem ao menos terminou de comer seu sanduíche? ㅡ Ela pegou o celular das minhas mãos devagar, deixei que pegasse.
ㅡ Você pode me levar nessa sorveteria? ㅡ Peguei meu sanduíche, dei uma mordida grande, Billie ainda lia a conversa no meu celular.
Ela foi para o meu lado, a capô voltou a ficar séria. Ela deixou o celular em cima da ilha e suspirou, jogando a cabeça para trás com as mãos no bolso da calça preta de couro. Ela tem várias dessas.
ㅡ Tá. ㅡ Billie olhou para um canto aleatório da sala, com a face raivosa. Isso provavelmente é ciúme, tenho quase certeza.
Eu uso as roupas da Billie, no caso, uma calça moletom branca e uma blusa também branca, de frio um pouco apertada, que ela disse que poderia pegar pra mim já que não usa.
Visto o meu tênis que havia deixado aqui no dia que vim nessa casa pela primeira vez. Billie avisou que iria sair, os amigos ficaram na sala conversando. Agarrei o braço da capô quando passamos pelo caminho até a garagem, evitei olhar para baixo.
Durante o caminho, percebi que a Billie estava estranha, definitivamente com ciúmes. Passamos por outra direção, ela entrou na pequena cidade que não visito e entrou em um túnel um pouco escuro. Olhei para ela, a capô mexe na marcha e depois coloca o braço para fora da janela, dirigindo com uma só mão.
ㅡ Não sabia que existia esse túnel. ㅡ Digo um pouco baixo, olhando para ela tentando quebrar o clima ruim. Billie da de ombros.
ㅡ Isso vai direto até a cidade, não precisamos passar pela montanha. ㅡ Levantei minhas sobrancelhas, surpresa com a resposta. Ela não olha para mim.
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Soulmates |G!P| ✔️
FanfictionS/n é filha do capô da máfia italiana, e para proteger sua família, ela se casa com a capô da máfia americana, Billie O'Connell. Billie O'Connell... É assim que as pessoas a chamam, uma mulher fria e calculista, que não tem medo e nem paciência com...