Justin.
Quando Julie me ligou, eu percebi no seu tom de voz que havia alguma coisa errada. Ela tentou disfarçar, mas eu a conheço bem demais para que desse certo. Eu sabia que ela tinha saído com aquele amigo ridículo dela, então me apressei para ir ao seu encontro, porque nunca consegui confiar nele.
E agora vejo que estava certo.
Quando ele encostou os lábios nos dela, eu já senti meu corpo ferver de ódio, eu mal piscava, ela tentou o empurrar mas eu cheguei e fiz isso por ela. Empurrei o filho da puta e lhe dei um soco no rosto com toda força que existia em mim, ele chegou a tropeçar para o lado e voltou me agarrando pela barriga, mas não me derrubou como queria. Ele era forte, não tinha como negar. Mas eu era mais. E minha ira tomou conta de mim.
Agachei e puxei sua perna o agarrando com a outra mão pela lateral de seu corpo, o erguendo do chão e o joguei no mesmo. Pude ouvir Julie me chamar, mas não parei. O filho da puta assediou minha mulher, isso eu não posso deixar passar.
Transferi socos em sua face e ele já não tinha tanta força para se defender de mim. Eu tive sorte de deixar a arma no carro, não sei o que eu teria feito. Quando o vi quase inconsciente cuspi ao lado de sua cabeça e levantei o olhando com ódio, desprezo me aproximei da sua cabeça e segurei seu rosto para que ele olhasse nos meus olhos.
- Me solta, filho da puta. - ele disse com a voz fraca e tentou me empurrar, tentativa falha.
- Fique longe da minha mulher ou vai ser pior. - o ameacei e levantei limpando as mãos na calça. Vi que haviam poucas pessoas ali na sorveteria, que olhavam tudo horrorizadas e foram tentar prestar socorro a ele.
Me virei de frente para o carro e vi Julie parada apoiada no mesmo, ela tinha uma mão na barriga e olhava para Tyler com os olhos arregalados e me olhou com um misto de emoções. Me aproximei dela sério como estava, teríamos uma conversa afinal de contas, eu precisava saber se o imbecil não havia a machucado.
Ela me olhou tão próximo dela e parecia ter medo, vergonha.
- Você está bem? - perguntei e ela abriu a boca para responder, mas logo a fechou e evitava me olhar nos olhos. - Eu não estou bravo com você, sabe disso não é? - ela me olhou surpresa e com lágrimas nos olhos. - Eu vi que ele te agarrou e você não queria, vamos conversar sobre tudo em casa com calma, vem. - a abracei pelos ombros e a coloquei no carro, entrei no meu lugar e fui rapidamente para casa.
(...)
Chegamos em casa, conversamos rapidamente com Candice e Chris que jogavam videogame na sala e seguimos para o nosso quarto. Chegando no mesmo, Julie retirou seus chinelos e eu a ajudei a sentar na cama apoiada na cabeceira com uma almofada, pois sei que ela anda com muitas dores nas costas.
Ela apoiou as mãos na barriga e respirou fundo, e por um momento quase me perdi na sua beleza natural bem ali na minha frente. Eu sou muito sortudo.
- Tive uma surpresa na faculdade e muitas felicitações e então Tyler disse que queria me levar em uma sorveteria nova que abriu, aquela mesma que você foi me buscar. - assenti e ela continuou: - Ele começou a ficar estranho e me olhando muito, você me conhece e sabe que fico envergonhada, e então ele começou a... - ela se interrompeu e ficou nervosa, mas continuou: Ele começou a se declarar para mim, disse que doía nele ver que era você quem estava comigo, que queria ficar comigo, criar nosso filho como se fosse dele, uns absurdos assim e eu já estava assustada e desconfortável, e foi quando ele surtou.
- Surtou como? Ele encostou em você? - perguntei sério e já preocupado.
- Não, ele começou a quebrar coisas lá dentro, eu nunca o vi daquele jeito e eu apenas me retirei, até porque os funcionários começaram a tentar o fazer parar. E depois que você chegou, já sabe o que aconteceu. - ela disse cabisbaixa e me olhou de novo com os olhos marejados e um característico beicinho que denunciava que ela ia desabar a qualquer momento. - E-eu juro que não aconteceu nada entre eu e ele, nunca. Eu não esperava que ele fosse me beijar ou qualquer coisa do tipo, ele nunca havia me desrespeitado. Me perdoa por essa situação, você sempre disse que não confiava nele e eu apenas achei que era ciúme.
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Life hurts too.
FanfictionEla é boa, mas isso não parece ser o suficiente. Se condenando sempre por seu passado e tentando chegar a perfeição para conseguir a aprovação de sua mãe e começar uma nova vida, esta tímida e quebrada dançarina vive. Ele se tornou o que é hoje depo...