Life hurts too.

Prólogo

Julie Becker.

Basta um único erro para ser condenado para sempre. Minha vida começou a piorar aos doze anos;

Eu tinha doze anos, era inocente, bonita, inteligente e fazia parte daquelas pré-adolescentes que ganham corpo antes da maioria das meninas. Um dia, eu e uns amigos fizemos um trabalho na minha casa e quando acabamos, fomos para um site na internet que se conversava com outras pessoas pela webcam. Continuei conversando com um menino mesmo depois que meus amigos foram embora.

Até que esse menino começou a me dizer que eu era linda, maravilhosa e perfeita, e para provar que eu também gostava dele, ele me pediu para mostrar meus seios, e eu lhe mostrei.

Um ano depois, às 4 A.M bateram na minha porta, era a polícia, dizendo que meus seios estavam expostos na internet. Meu mundo desabou naquele momento, senti vergonha e nojo de mim mesma, no dia seguinte na escola meus amigos viraram as costas para mim e todos me julgavam e me xingavam. Todos faziam mal para mim, eu comecei a desenvolver síndrome do pânico, depressão e ansiedade. Era muito difícil, comecei a me cortar e chorava todas as noites. Até que mudei de escola.

A nova escola era boa e tudo estava se estabilizando, exceto pelo fato de eu continuar sozinha no lanche e não ter mais amigo algum, porque ninguém gostava de mim. Eu estava me acostumando com a solidão. Até que eu voltei a conversar com um antigo amigo meu no Facebook, conversávamos sempre por SMS, ele namorava mas mesmo assim eu gostava muito dele e ele disse que gostava de mim. Um mês depois que estávamos conversando ele me chamou para ir na casa dele, porque sua namorada estava viajando.

Grande erro.

Ele queria de qualquer jeito ficar comigo, mas eu não queria e não podia, afinal ele namorava.

Uma semana depois, ele aparece na minha escola com sua namorada e mais 13 pessoas me xingando e me rebaixando na frente de todos, porque ele havia mentido. Ele disse à eles que eu o seduzi e o forcei a ficar comigo, mesmo eu não fazendo isso. Após sua namorada me humilhar e dize coisas feias ao meu respeito, escutei alguém gritar "Soque ela logo, ninguém gosta dela mesmo.", dito e feito, me jogaram no chão e começaram a me espancar. Eu não desmenti o que ele disse porque não queria que ele se machucasse, eu pensei que ele realmente gostasse de mim. Mas depois do que eu fiz, eu percebi que ninguém poderia realmente gostar de mim.

Mudei de cidade, mas o passado não me deixou seguir em frente. Chorando todas as noites e sorrindo falso todos os dias. Tive que excluir meu facebook por conta das mensagens ofensivas e horríveis que eu recebia.

Muitas vezes pensei :"Por que eu continuo aqui?" mas toda vez que eu tentava me livrar disso tudo, me impediam quando eu estava bem próxima de conseguir.

Hoje com dezessete anos, em outro estado estou estudando em uma academia de artes, porque a dança é a minha liberdade. Eu só queria poder ser boa de verdade! Orgulhar minha mãe que não faz questão de me ter por perto, ter mais amigos, sair mais... Mas eu não consigo.

Espero um dia deixar isso tudo para trás e poder ser feliz. 

Justin Drew Bieber

A vida bem que podia ser como nos filmes, que aparece uma solução na hora do problema e tudo vira felicidade.

Para falar a verdade, pouco me importa a 'vida' que todos dizem ser bela, afinal ela não é. Principalmente a minha, e desde sempre foi assim.

Minha mãe engravidou de mim na adolescência, e foi ai que sua relação com meu pai começou a piorar, até porque passamos muitas dificuldades em relação a dinheiro e meu pai estava na cadeia até meu 1° aniversário. Afinal, não éramos ricos e os empregos que meus pais tinham não eram dos melhores e considerando que eles demoraram para conseguir um.E foi assim por um bom tempo.

Quando eu tinha três anos, tudo estava finalmente se ajeitando. Até que meu pai perdeu o emprego e tudo começou a piorar, minha mãe trabalhando o dobro para conseguir sustentar a casa e meu pai se perdeu; entrou no mundo das drogas, ficou frio com a família e aquele brilho nos olhos que ele tinha quando nos via, desapareceu. Todas as noites ele voltava completamente fora de si e nos machucava muito. Até que ele sumiu, simplesmente não apareceu mais em casa ou na cidade. Isso nos aliviou e nos preocupou ao mesmo tempo, pois as coisas melhoraram financeiramente.

Quando eu tinha seis anos, ele apareceu de novo, igual antes. Minha mãe com seu enorme coração o aceitou de volta, mas ele voltou mais violento e parecia estar escondendo alguma coisa. E então, foi naquela noite que tudo desabou. Ele havia se drogado duas vezes mais e abusou da minha mãe, e antes de ir embora ele me espancou e me destruiu verbal e psicologicamente, e me espancou até que eu ficasse inconsciente. Minha mãe acabou descobrindo que estava grávida de gêmeos após o estupro.

Tive que começar a trabalhar com seis anos de idade para ajudar minha mãe, na escola eu sofria bullying por ser pobre, estar quase sempre com a mesma roupa, nunca poder ir aos passeios por serem caros e ter um pai preso. Sim, ele foi preso. Todos naquela escola me odiavam, quando eu tinha treze anos comecei a apanhar na escola por garotos que eu não conhecia e que eram maiores do que eu. Até que um cara me encontrou e me ensinou tudo sobre luta e tive treinamento pesado, e me tornei o melhor. A luta é minha liberdade, é onde eu desconto a raiva porque segundo o meu psicólogo "eu tenho problemas de raiva." , mas uma coisa eu digo : Todos eles se arrependeram de ter mexido comigo. Quando eu finalmente me formei, nunca mais encontrei ninguém daquele inferno, eu vou para buscar meus irmãos que estudam lá e vou embora.

Eu queria uma vez na vida saber o que é felicidade.

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Oi pessoal, eu sou a mila e tenho essa história guardada há muito tempo e parei de postá-la no spirit, então com ela mais amadurecida decidi postar aqui! espero que gostem e deixem opiniões quando se sentirem a vontade!!!

xoxo mila