Julie.
Estava sentindo um desconforto, eu me sentia dolorida da cabeça aos pés, como se tivesse sido pisoteada, me sentia leve também. Até demais. Foi quando me toquei.
Eu precisava acordar, me sentia numa paralisia do sono, onde eu estava presa e tentava falar, mas não conseguia. Meu bebê, eu preciso dele, onde ele está? Ele está bem?
Até que acordei e vi que estava em uma cama de hospital, eu entrei em trabalho de parto ontem... Ontem? Olhava em volta até que vi o pequeno berço de Jason e ele deitado com uma enfermeira o pegando no colo, acredito que para trazer até mim.
- Ei, traga-o aqui, por favor. – Eu disse a ela com a voz um pouco rouca pela falta de uso, que tinha seus cabelos castanhos compridos e quando ela se virou, vi que não era uma enfermeira.
Era Rachel.
Meu corpo inteiro congelou.
Ela estava ali com meu filho no colo. Onde estava Justin? E os meninos?
Tentei me levantar mas notei que estava com os braços amarrados na cama. Meu desespero aumentou, olhei para a porta e vi sangue e os corpos dos meninos no chão e no canto da parede a enfermeira morta.
Eu estava sozinha com ela e ela tinha meu filho no colo, senti a raiva me dominar.
- Solta o meu filho. Agora. – ela não se intimidou com meu tom e eu não conseguia mais conter o medo que eu estava sentindo.
- Vem me obrigar. – Ela olhou em meus olhos e sorriu com malícia e maldade. – Esse bebê era para ser meu. Meu e dele. – ela me disse com desgosto. – O filho eu já consegui, logo volto para buscar o resto das minhas coisas.
E com isso ela saiu com meu filho andando lentamente entre os corpos ensanguentados e eu gritava mas ninguém vinha.
- ME SOLTA! EU QUERO O MEU FILHO, ALGUÉM ME AJUDA. – Eu gritava e chorava.
- Julie, o que foi? - comecei a ouvir a voz distante de Justin. – Julie, acorda!
Levantei ofegante e abri os olhos puxando minhas mãos e passando as mesmas nos pulsos e vendo que eu não estava amarrada, foi apenas um pesadelo. Eu olhava em volta e vi Justin ao meu lado com a mesma roupa de ontem, ele me olhava confuso e preocupado e estava próximo, eu estava sem ar e com a boca seca.
- Água. – sussurrei e ele me entregou um copo de água. Bebi rapidamente e respirei fundo.
- Julls, o que foi? – ele sentou na cama e segurava meu rosto o acarinhando e eu ainda estava assustada, porque o pesadelo foi muito real e me deixou com muito medo.
- O Jason. Onde ele está? Ele está sozinho? Traga-o aqui, preciso dele aqui. – eu praticamente implorava para Justin que estava mais confuso ainda.
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Life hurts too.
FanfictionEla é boa, mas isso não parece ser o suficiente. Se condenando sempre por seu passado e tentando chegar a perfeição para conseguir a aprovação de sua mãe e começar uma nova vida, esta tímida e quebrada dançarina vive. Ele se tornou o que é hoje depo...