Justin.
Só havia eu treinando no ginásio hoje, eu havia acabado de fazer uma série de socos no saco de areia. Me sentei no banco ali e tomei água, tentando controlar a respiração. Escutei a porta da frente fazer aquele característico som de enferrujado quando é aberto. Olhei em direção a mesma e vi a pequena figura de Julie me olhando, imediatamente sorri ao vê-la ali, mas meu sorriso morreu quando olhei em seus olhos azuis que eu tanto amava e reparei que estavam vermelhos, assim como o seu nariz, o que indicava que ela havia chorado, mas mesmo assim ela sorriu fraco.
- Oi. - sua voz saiu falha e meio chorosa.
Me levantei e fui em passos largos e rápidos em sua direção e a abracei, não demorou dois minutos para que seu corpo começasse a balançar pelo choro, acarinhei seu cabelo e a apertava contra meu corpo.
Deixei que ela chorasse até que ela foi se acalmando e a levei para o banco, me sentando e a colocando no meu colo.
- O que aconteceu, Ju? - quando ela levantou o rosto, vi a lateral de seu rosto branquinho com uma marca vermelha. Meu sangue ferveu no mesmo minuto. - Quem fez isso? - ela ficou em silêncio - O que aconteceu, Julie? - ela se encolheu, mas não respondeu. - Julie, quem fez isso?
- Minha mãe. - ela sussurrou enquanto uma lágrima caía, tenho certeza que meu queixo encontrou o chão neste momento.
- Por que? Ela voltou mais cedo? O que aconteceu lá?
- Ela descobriu que eu não faço o ballet clássico, e sim o Street Dance, e também falou mal de você, e eu cansei de guardar tudo e discutimos, então ela me deu um tapa no rosto e eu sai de lá.
- Vocês brigaram por minha causa? - confesso que me senti culpado com isso. - E você vai para onde?
- Eu... queria saber... teria algum problema se eu ficasse no apartamento por um tempo?
- Até parece que eu deixaria você ir para outro lugar. - soltei um riso debochado e a abracei. - Vai ficar tudo bem, você vai ver. - sussurrei em seu ouvido.
- Ela deve estar feliz que se livrou de mim, isso sim. - sussurrou de volta. Nos separei do abraço e a olhei, afastando seu cabelo do rosto.
- Ela é a sua mãe, ela pode ter ficado brava ou chateada, mas ela te ama, ela vai voltar atrás. - a assegurei, mas eu precisava a distrair de alguma forma. - Vamos almoçar na minha mãe hoje?
- Mas, hoje? Sem avisar?
- Ela já tinha me chamado, sem falar que preciso mostrar o AP para ela. - deu de ombros.
- Mas e se ela não gostar? - ela perguntou insegura mordendo o lábio inferior.
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Life hurts too.
Fiksi PenggemarEla é boa, mas isso não parece ser o suficiente. Se condenando sempre por seu passado e tentando chegar a perfeição para conseguir a aprovação de sua mãe e começar uma nova vida, esta tímida e quebrada dançarina vive. Ele se tornou o que é hoje depo...