Justin.
Fiquei surpreso ao ver que era Fred que nos seguia.
- O que você está fazendo em L.A? - perguntei confuso e o soltei, voltando para o lado de Julie e agarrando sua mão, que tremia.
- Precisava falar com você, e soube que você estava aqui. - olhou para Julie, que o olhava com curiosidade e desconfiança. - Olá, Eu sou o Fred. - esticou a mão para ela o cumprimentar, assim ela fez.
- Eu sou a Julie. - disse tímida.
- Vamos para o meu apartamento, conversamos lá. - disse indo até onde parei minha moto e ele entrou no seu carro.
(...)
- Como assim eu "tenho que voltar"? - perguntei confuso enquanto levantava do sofá, Fred estava sentado me olhando. Julie estava la pra dentro, mas eu sabia que ela estava escutando.
- É sério, você liderava tudo muito bem, tudo era muito bem pensado, você e os moleques mandavam muito bem e precisamos destruir um inimigo! - o olhei como quem já esperava essa ajuda. - Mas ele sabe de você e anda te investigando, você, os meninos e sua namorada. - No mesmo instante me interessei mais e meus punhos se fecharam. - Disse que faria você se sentir um nada e ter vergonha de ter estado no mundo da máfia. - respirou fundo - e ele mexeu com a gente também, perdi o meu filho por causa dele. - me olhou no fundo dos olhos e pude sentir sua dor e ira. - Eu preciso acabar com ele e não quero que nada aconteça contigo também, o que me diz? Está nessa?
Suspirei absorvendo tudo o que ouvi. Pensei em Julie, pensei na minha família, pensei nos moleques, tudo o que eu estava deixando para trás, o que eu estava conquistando... Eu finalmente estava seguindo a minha vida, me encaixando, vivendo como uma pessoa normal, conhecendo novas experiências, novos sentimentos, me conhecendo, mas meu pai se livrou da cadeia e foi fácil demais, ele com certeza tem alguém infiltrado lá dentro e eu sei que a gangue que ele tinha nunca se separou, mesmo quando ele esteve preso ou quando eu sai desse mundo, o que significa que ele não está sozinho e... Caralho, por que isso tinha que acontecer agora?
- Eu não sei, isso esta envolvendo muita coisa, muita gente! Mas eu não posso esperar que ele venha e faça algo com a minha familia e com a Julie. Caralho! - Isso era muito complicado, eu não posso levá-la, mas não posso deixá-la, ambas as opções são perigosas para ela.
- Pensa bem e me fala, vou ficar até o final dessa semana, decida e se voltar para esse mundo, você vai comigo. – assenti. – Mas não esqueça de tomar cuidado! Você pode estar afastado, mas sabe que não está fora... Nesse mundo você entra, mas não sai. – ele me lembrou. Fizemos um toque e ele foi embora.
Passei a mão entre meus cabelos pensando em tudo que estava em jogo, tudo que mudaria e como eu faria em relação a Julie.
- J? - ouvi sua doce voz vindo da porta da sala, ela vestia um shorts e minha camiseta, estava descalça e com os cabelos soltos, estiquei a mão em sua direção e ela veio e a tomou pra si grudando seu corpo ao meu, com sua mão livre fazia carinho no meu cabelo. - O que vai fazer?
- Eu não sei, eu preciso voltar e vou levar meus irmãos comigo, e... quero que você venha comigo. - a olhei seriamente nos olhos.
- Você sabe que eu vou sem nem pensar duas vezes, mas... - mordeu os lábios nervosa - para viajar eu precisaria do consentimento dos meus pais, que não estão falando comigo ou esperar os meus dezoito anos que é em um mês. - ela disse frustrada e eu beijei sua testa, como se quisesse a acalmar.
- Calma, vamos pensar no que vamos fazer.
- Vai você antes, você e sua família, os meninos e vão se instalando, resolvendo tudo que precisa resolver que eu sei que tem bastante coisa, e eu vou em um mês. - me olhou com seus olhinhos azuis tristonhos.
- Julls, eu não vou deixar você aqui sozinha, é muito perigoso, eles estão de olho em nós. - Disse mostrando o quão absurdo era sua ideia.
- J, deve haver um jeito de eu ficar aqui mais um mês para eu poder ir e não ter que depender dos meus pais! - ela disse insistindo nisso. - Posso ficar na casa de uma amiga ou parente, sei lá... - ela começou a falar ideias malucas.
- Eu falei que não, você não vai ficar aqui sozinha, porra! - acabei elevando a voz e a assustando. Respirei fundo e baguncei meus cabelos, voltei a olhar para ela e disse a ideia que eu tive. - Quando eu estava nesse ramo, eu andava muito com seguranças, posso pedir ajuda pro Fred e entrar em contato com eles para que fiquem cuidando da tua segurança. - ela assentiu, parecia com medo, ela estava amuada. Me aproximei segurando seu rosto fino e delicado entre minhas mãos e a olhei nos olhos. - Você tem certeza de que quer continuar ao meu lado mesmo com a vida que eu vou levar?
- Mas é claro que eu quero! Eu não vou deixar você, ainda mais agora! Eu amo você e eu aguento tudo se eu estiver do seu lado! Sei o que você vai ter que fazer, mas eu te conheço, sei que você é bom e que não vai fazer isso por ruindade.
- Eu amo você demais! - a beijei, porque palavras não iam descrever o quanto eu era grato por ter ela comigo. Um beijo lento e com vontade, que a fazia sentir o que se passava aqui dentro de mim. - Eu juro, que não vou deixar nada acontecer com você e que esse mês vai passar rápido, ok? - ela assentiu. - Vamos nos falar todos os dias e não é para você sair para lugar algum sem segurança, ouviu bem? - disse bem sério.
- Sim Justin! Assim que você for, eu vou até a casa dos meus pais e vou avisa-los. - ela disse nervosa.
- Tudo vai ficar bem, pequena! - Pelo menos era o que eu esperava.
(...)
Julie.
Justin me deixou no dia seguinte na escola, afinal eu precisava entregar os trabalhos finais e ver uma forma de pegar o diploma antes da formatura.
Conversei com a diretora e eu farei o provão em duas semanas, e se eu passar pego meu diploma e espero meu aniversário para ir para Atlanta com Justin. Peguei minhas coisas e fui para a aula de dança.
Mas naquele dia eu não conseguia me concentrar na dança, minha cabeça só pensava no mês que eu ficaria longe de Justin, mas eu ia ficar bem, não queria preocupa-lo mas eu ia ao medico durante a tarde, não me sentia bem fazia uns dias, uma dor na barriga semelhante a cólica, enjoos, dores de cabeça e muito cansaço. Estava começando a me preocupar, mas não deve ser nada demais.
Em dois dias Justin irá com a sua família para Atlanta, e em um mês eu irei, basta me preparar para o que está por vir.
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Life hurts too.
FanfictionEla é boa, mas isso não parece ser o suficiente. Se condenando sempre por seu passado e tentando chegar a perfeição para conseguir a aprovação de sua mãe e começar uma nova vida, esta tímida e quebrada dançarina vive. Ele se tornou o que é hoje depo...