7; | Vagalumes |

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Como disse anteriormente, os seis estavam acampados sob as estrelas do anoitecer, ouvindo e fazendo perguntas constantes ao anão que lhes contava tudo pacientemente, ou não

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Como disse anteriormente, os seis estavam acampados sob as estrelas do anoitecer, ouvindo e fazendo perguntas constantes ao anão que lhes contava tudo pacientemente, ou não. Até que decidiram que a hora do boa noite havia chegado e se deitaram. Mas, quem disse que conseguiam dormir? Mia por exemplo, se sentia incapaz de pregar os olhos naquele momento, suspirando levemente e ainda tentando processar o que estava acontecendo. Lúcia continuava pensando em Aslam e na sua misteriosa aparição. Susana passava a acreditar nas palavras da irmã sobre o que ela viu. Pedro, ah! esse dormia, Trumpkin igualmente, já Edmundo, permanecia calado olhando para o céu sem um pingo de sono, mas extremamente cansado, tentou virar para o lado diversas vezes, mas aquele chão duro e gramado não era confortável como a sua cama e suas poltronas que outrora jaziam em Cair Paravel. Depois de um tempo, Mia levantou estressada por não conseguir adormecer e resolveu caminhar um pouco para ver se o sono chegava, Edmundo, ao perceber o que ela havia feito, logo a seguiu, já que dormir não estava nos planos agora

A garota se sentou em cima da relva na beira do lago, e acreditando estar sozinha, cantarolava The Call e relembrava os momentos felizes que tinha passado com a sua avó Tina, e o quanto ela fazia bem para si mesma. A saudade de alguém que você tanto ama, dói muito mais que uma flechada no coração, e como já dizia Lemony Snicket: A morte de um ente querido é uma coisa estranha. É como subir a escada para o seu quarto no escuro, e achar que tem mais um degrau... quando não tem. O seu pé afunda no ar, e acontece um grande momento de grande susto. As lembranças afundavam em seus pensamentos, e sentiu saudade de tudo o que sua vó lhe dizia, dos conselhos que ela dava, dos bolos que ela fazia...

***

Era um belo dia de verão, e uma senhora de meia idade e uma garotinha que tinha em média 12 anos, estavam sentadas na praia em pleno piquenique a luz do sol. As duas conversavam sobre a vida, a maldade e a bondade humana, sobre o mar, sobre os animais, sobre a comida que estava perfeitamente extraordinária, sobre as gaivotas que sobrevoavam o céu e sobre Deus.

– Sabe, é tão maravilhosa a sensação de sentir a brisa do mar não é vovó? – dizia a garota com os olhos fechados

– Com certeza Mia, com certeza. Não existe nada melhor que o cheiro de maresia e o bater calmo das ondas

– E pensar que foi Deus que criou isso tudo me deixa ainda mais feliz

– Nosso Deus é perfeito, e as obras de suas mãos também

– Algumas criações dele eram para serem divinas, como nós. Mas o mundo se corrompeu muito cedo infelizmente

– E nós somos os culpados, é triste dizer isso. Mas mesmo assim, eu sei que a bondade ainda existe no coração humano, esperando o momento certo para desabrochar minha pequena

– É tão bom saber que disso vó

– Eu sei meu amor. Lembre-se querida: O mundo as vezes pode parecer um lugar hostil e sinistro, mas acredite: existe muito mais bondade no mundo do que maldade, só precisa procurar com vontade. E o que podem parecer desventuras em série na verdade pode ser o primeiro passo de uma jornada

O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora