9; | Os tontópodes e o livro de feitiços |

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No crepúsculo, atracaram o navio na ilha e desembarcaram

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No crepúsculo, atracaram o navio na ilha e desembarcaram. O lugar era muito diferente de todos os que já haviam visto, pois, ao atravessarem a praia arenosa, depararam com um silêncio e um vazio totais, como se fosse uma terra desabitada. Contudo, à frente estendiam-se campos com relva tão macia e aparada como a que se costuma encontrar nas grandes casas inglesas onde trabalham dez jardineiros. As árvores, em grande quantidade, estavam bem separadas umas das outras, e não havia no chão nem ramos partidos nem folhas caídas. Só se ouvia o arrulhar de pombos. Tomaram um caminho arenoso, extenso e reto, todo ladeado de árvores, onde não crescia uma só erva. 

Lúcia reparou que tinha uma pedra no sapato e parou no meio do caminho, porém, Mia percebeu a ação desajuizada da amiga, que não deve ter percebido que se ela parasse os outros iriam na frente e a deixariam para trás, por sorte isso não aconteceu. A garota mais velha apressou-a, e conseguiram acompanhar o ritmo dos outros que não perceberam nada em nenhum momento. Depois de muito andar aqui e ali, decidiram "acampar" na beira da margem, onde passariam a noite. Acenderam uma fogueira e se aqueceram naquele fim de tarde gélido. O jantar de qualquer modo, foi uma boa refeição, com sopa de cogumelos, galinha cozida, fiambre, groselhas, passas, requeijão, manteiga, leite e hidromel. Todos gostaram de hidromel, mas Eustáquio, mais tarde, arrependeu-se de ter bebido.

– O que significa isso aí em seu dedo Mia? – Lúcia fez a pergunta que estava na ponta de sua língua desde mais cedo, assim que se sentou ao lado dela, se referia ao anel

– Esqueci de te contar Lu... Ed me pediu em namoro hoje

– Finalmente! Quase que batia em Edmundo para criar coragem logo. Mas ele foi até mais rápido que Pedro, parece que está de namorico com uma menina norte-americana, soube através de uma carta que escreveu

– Do jeito que aquele ali é, a menina pede primeiro antes – Mia riu junto de Lúcia

– Então, oficialmente posso te chamar de cunhadinha?

– Acho que sim 

– Do que tanto riem? – Edmundo perguntou assim que se sentou entre elas segurando em uma das mãos algo que tinha acabado de ser assado na fogueira – Assei para você, pensei que deve estar faminta

– Não muito, mas obrigada – agradeceu Mia e Edmundo se virou para Lúcia que não esqueceu de dizer sobre o namoro dos dois, falou tanto que fez o irmão corar e se esquivar de olhar para Mia logo depois

Então mais uma vez a noite chegou, uma noite ainda mais silenciosa que o fim de tarde, e não se ouvia nada além do barulho das pequenas ondas do mar que batiam na areia da margem da ilha. Até o mínimo ruído seria escutado caso alguém se mexesse, e por isso, o único tumulto era a balburdia dos movimentos que muitos faziam na tentativa de achar a melhor posição para dormir, e a de Mia, que se levantava para ir até Lúcia afim de dormir com a garota e Gael. 

– Pra onde vai? – Edmundo sussurrou assim que percebeu que ela saía 

– Até Lúcia, iria dormir com el...

O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora