2; | O quadro na parede |

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Anteriormente

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Anteriormente...

Desceu da locomotiva e apanhou sua mala, respirou fundo e olhou em volta: Estava em Cambridge, finalmente. Pegou o endereço que Edmundo lhe enviou em uma das cartas e tentou se mapear, caminhou em direção a primeira avenida principal e entrou a terceira rua a sua direita até a casa de número 3789. Se aproximou da porta e hesitou por um momento antes de bater, até ver que tinha uma campainha e a tocou.

DIN DIN DIN DIN 

Se fez soar a campainha e a porta foi aberta por Lúcia que quase não acreditou ao ver a amiga ali, na sua frente. Imediatamente a abraçou fazendo a mala de Mia escorregar de suas mãos e cair na calçada. Mas a mala agora não importava.

– É você mesmo? Tipo, de verdade? – disse felizarda ainda sem acreditar

– Sou eu Lúcia ao vivo e a cores – respondeu sorrindo

– Lúcia quem estar na port... Mia? – perguntou Edmundo e correu ao encontro da garota abraçando-a também

– Ed! Quanto tempo! Finalmente é você! – exclamava enquanto ria e passava seus dedos delicadamente nos cabelos morenos do garoto, que logo em seguida depositou um pequeno beijo em seus lábios e a abraçou novamente

– Não acredito que seja você mesmo! Agora, achava que viria com seus pais...

– Disse para não confiar muito nisso, meus pais não largariam o trabalho para me trazerem até aqui por nada. Ah! Trouxe os biscoitos, mas acabei esquecendo uma carta em que eu respondia a sua última, queria lhe entregar pessoalmente – disse recolhendo sua mala 

– Tudo bem, você é melhor que milhares de cartas. Acho melhor entrar, a ventania está esfriando

A porta foi fechada, e Mia retirou seu casaco aveludado o pendurando no cabideiro. Edmundo sorria tanto que até sua gengiva podia ser vista, a revolta que sentia minutos atrás havia se extinguido e até a raiva que sentia das provocações de Eustáquio também havia passado. Mia vez por outra olhava para ele reparando no quanto ele tinha mudado fisicamente: parecia mais forte e com um aspecto mais velho, e estava cada vez mais bonito. Também olhou o seu nariz, afilado como sempre, e em seguida seus cabelos, onde percebeu estarem arrumadinhos e penteados.

– Você fica bem com o cabelo arrumadinho ao gel – disse sorrindo para ele que a encarou com certa vergonha

– Você acha? – perguntou e ela assentiu – Eu não concordo muito, prefiro a moda de Nárnia: uma cabeleira desgrenhada

– Acho que dos dois jeitos lhe cai bem Edmundo

– Então você é a famosa Mariana Ketheleen? – tio Arnaldo disse algo pela primeira vez retirando o jornal que lia defronte de si, a qual estava cobrindo-lhe o rosto

– Pelo visto, falaram muito de mim por aqui – disse olhando para Edmundo – Sim, sou eu. Muito prazer

– É verdade que seu pai é dono de uma das maiores empresas de toda a Europa? – indagou com os olhos esbugalhados e certa ânsia de curiosidade

O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora