No despertar da manhã, a estrela azul surgiu indicando o caminho. Levantaram com boas perspectivas. Mil e uma coisas rondavam suas cabeças. Mia despertou mais feliz que o habitual, talvez a estrela tivesse irradiado seu brilho para dentro dela e isso a encorajou. O sol nascia calmamente, e os primeiros raios dele iluminaram o rosto de Mia e seus olhos cor de mar, que respirou fundo o ar da atmosfera leve e calmo, suavemente e com a cabeça rente ao céu, até sentir um ardor por detrás dela e grandes braços a envolver.
– Bom dia – era Edmundo, que a abraçava pelas costas
– Bom dia – respondeu deslizando suas mãos sobre seus braços – A estrela parecia ser tão diferente em minha cabeça Ed, achava que fosse menor, é tão linda e surpreendente!
– Você lembra ela, bela e extraordinária – afirmou e acabou se levantando
– Acho melhor irmos ao Peregrino, quanto antes seguirmos a estrela mas perto estaremos de Ramandu – ordenou Caspian – Rince, pegue nossas provisões restantes e as caças de Eustáquio, serão utéis em uma viagem tão longa quanto essa
– Sem sombra de dúvidas majestade
Içaram os botes, os remos e a comida, seguiram para o navio. A medida que se aproximavam, ele parecia maior do que na ilha, era quase um pequeno inseto flutuante. O sol surgia mais forte e o clima ficava mais quente e acolhedor. No navio, para passar o tempo que restava, Mia foi convencida por Edmundo (que quase soltou foguetões) a jogar xadrez. Sem a mínima noção, teve de observar ele e Ripchip jogarem, ria mentalmente do animal, que tentava mexer as peças com grande dificuldade e andava de um lado para o outro do tabuleiro para empurrar o rei ou os cavalos. Quando chegou a sua vez, respirou fundo e prometeu a si mesma que venceria Edmundo. Resultado: depois de algumas partidas, deu o xeque-mate e conseguiu vencê-lo.
– Para quem começou agora senhorita, me parece ter talento – disse Ripchip, surpreso
– Obrigada Rip
– OS VENTOS FORAM EMBORA, TODOS PARA O LEME! – ouviram gritos de ordem do lado de fora
– Vamos demorar ainda mais se continuarmos nesse ritmo – desabafou Mia – Acham que tem algo nos impedindo? – não obteve resposta
– Melhor subirmos para o convés, ver o que está havendo – falou Edmundo e subiu as escadas ainda com a cabeça pesada de sono
– O vento foi embora – contou Drinian assim que surgiram no convés Edmundo, Mia e Caspian
– E como vamos chegar até a ilha Ramandu? – Edmundo perguntou
– Eu digo que alguma coisa não quer que a gente chegue lá
– Se eu não me alimentar, eu juro que como aquele dragão – vociferou um dos tripulantes enquanto Drinian inspecionava
Eustáquio bateu as asas rapidamente em sinal de raiva, Ripchip (que agora ficava a maior parte do tempo com ele) o assegurou dizendo para não se preocupar. Então todos sentiram o navio colidir em algo desconhecido e caíram no chão áspero, Mia deu de costas no assoalho e bateu a cabeça fortemente, o que lhe deu uma dor de cabeça insuportável. O que havia acontecido? Eustáquio segurava com a enorme cauda o dragão esculpido no peregrino, empurrando o navio de forma rápida, uma opção muito melhor que girarem os remos, de fato. Todos comemoraram felizardos e completamente transtornados.
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O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OC
FanfictionMia Ketheleen, uma garota nem tão simples assim e que desejava acima de tudo ter uma vida comum em Finchley, é obrigada por seus pais a estudar no Colégio Experimental - rígido, igual as regras que as tradições familiares ditavam - onde acaba se tor...