Mia Ketheleen, uma garota nem tão simples assim e que desejava acima de tudo ter uma vida comum em Finchley, é obrigada por seus pais a estudar no Colégio Experimental - rígido, igual as regras que as tradições familiares ditavam - onde acaba se tor...
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– PREPAREM-SE! – ordenou Pedro aos arqueiros que tomaram suas posições
Milhares e milhares de telmarinos avançavam em peso sobre eles. Mia estava com o coração batendo fortemente e tentava não se assustar com a possível ideia das coisas darem errado, Edmundo foi até a ela e eles se olharam com receio do que estava por vir. E não era para menos, parecia que estava cada vez mais impossível de render o inimigo, eles não recuavam e continuavam a profundos galopes e passos largos. Era difícil respirar, e por mais que tentasse, Mia não conseguia, seu pulmão também não parecia se importar com essa pequena falta de oxigênio.
Dadas ás ordens, Caspian e mais nárnianos correram para dentro da tumba afim de alcançarem o subsolo e derrubarem as colunas de pedra, para um buraco ser aberto na grama e servir como uma espécie de armadilha aos telmarinos que vinham na linha de frente. Esses começaram a preparar as barricadas e lançaram as pedras em direção a tumba, uma delas quase atingiu Mia se Edmundo não tivesse a puxado antes.
– Tenha mais cuidado – disse preocupado com a menina quase sem entender o porquê
– Obrigada – foi a única coisa que conseguiu dizer antes de ouvir Pedro contar os segundos para atacar
– 1...2...3...4...5...6...7...8...9...PREPARAR! – gritou com ainda mais força
– MIREM OS ALVOS! – ordenou Susana do alto e todos os arqueiros posicionaram seus arcos, e em frações de segundos, eles foram lançados atingindo uma boa parte dos telmarinos
Então uma guerra começou, um combate frio e sangrento como era de se esperar, a fúria em ambos lados culminou para a destruição em massa no bosque. Mia fechou os olhos e respirou o mais profundo que conseguiu, não tinha ainda coragem de lutar abertamente, mesmo já tendo ajudado na invasão ao castelo, se bem que eram coisas totalmente diferentes. Olhou para o lado e viu Pedro correr apontando sua espada ao lado inimigo, olhou para o outro lado e observou Edmundo montar num cavalo e acabou por fazer o mesmo, quando um dos minotauros lhe entregou um com um grande sorriso de satisfação em seu rosto: eram ordens de Edmundo. Não era um cavalo falante, porque esses não se sentem honrados em serem montados por humanos como se fossem meros animais mudos, bom, alguns, já que em casos de extrema necessidade (como em guerras por exemplo), muitos deles não se importam de serem tratados de forma comum.
Não sabia andar a cavalo, a primeira vez que tentou, quebrou a perna num ato doloroso e decidiu que nunca mais faria isso. Não conseguia ao menos montar sozinha, mas, naquele momento, não pensou muito e pulou em cima do animal como alguém já habilidoso na cavalaria, não ficou surpresa e nem se tocou no que tinha acabado de fazer, a agonia era tanta que era impossível perceber esses pequenos detalhes. Apenas galopou e retirou sua espada pela bainha. O cabelo estava preso atado à uma fita que Lúcia havia lhe emprestado, o soltou e as madeixas de fios vermelhos escorreram pelos seus ombros. Ed acabou por olhá-la naquele momento, ficando paralisado até se tocar que não era muito adequado e retirou a balestra de sua armadura e atirou nos soldados ao seu redor.