18; | Borboletas no céu |

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Ao ver Aslam, os soldados telmarinos tremeram da cabeça aos pés

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Ao ver Aslam, os soldados telmarinos tremeram da cabeça aos pés. Nunca tinham acreditado nas histórias sobre Nárnia ou até mesmo do próprio leão, não era de se esperar que estivessem apavorados. Entregaram as armas e se renderam. Mia, Edmundo, Susana, Pedro e Caspian cruzaram o rio (a pé, porque a ponte havia sido destruída minutos antes) e se ajoelharam diante dele, a cabeça rente ao chão e os corações agitados dentro do peito. 

– Levantem-se, reis e rainhas de Nárnia – ordenou, e apenas os reis e a rainhas se ergueram, Mia e Caspian permaneceram abaixados – Todos – disse e Caspian se levantou, Mia ainda não conseguia direcionar seus olhos ao leão.

– Acho que não estou pronto – disse Caspian

– É por essa razão que eu sei que está

– Senhor, eu não sou rainha e nem ao menos serei coroada. Não acho que eu deva me levantar, quer dizer... – disse Mia desconcertada 

– Tem razão minha querida, pode até não ser rainha mas possui um coração tão nobre quanto o de uma e tenha certeza de que suas origens não são apenas de seu mundo e sim também desse que seus pés pisam – respondeu Aslam e sua voz soou quase como um rugido – Agora levante-se, Mia Ketheleen guerreira de Nárnia.

A menina prontamente obedeceu e se levantou querendo sorrir e abraçar o leão fortemente. Aquela juba lhe dava esperança de ter a vida que sempre quis na Inglaterra, ou até mesmo em Nárnia. No momento em que soube de suas origens, não entendeu muito bem a princípio, e nem sentia a necessidade de compreender. Há razões que nunca saberemos e se quer saber, pouco importava o motivo de estar em Nárnia, Aslam ali, na sua frente, já valia por tudo. Edmundo sorriu para ela que sorriu de volta, Aslam olhou os dois e soprou uma brisa leve com seu hálito suave, balançando seus cabelos e enchendo seus corações de paz.

– Sei que está pronta para o seu destino minha filha. Eu ouvi o que me disse naquele dia, Edmundo tinha razão, eu sempre ouço – disse sussurrando, sussurro esse que parecia tão alto e calmo ao mesmo tempo

– Não acho que sim. Não tenho coragem suficiente para enfrentar o meu pai e...

– Por que se preocupa tanto com isso? – perguntou o leão calmamente

– Porque tenho medo de nunca poder ser eu mesma para ele – respondeu

– Não há o que temer! O que passou passou, acho que deveria fazer o que seu coração manda, o que eu desejo. Agora, que acha de um abraço?

Perguntou já sabendo da resposta, Mia, surpresa, não deixou escapar um sorriso e andou vagarosamente até o leão tocando sua juba com certo receio, esse assegurou que não tivesse medo e aparentemente isso a encorajou, se aproximou mais e o abraçou não evitando que lágrimas rolassem de seu rosto. Porém, essas lágrimas foram enxugadas por Aslam, que repetiu que nada tinha de temer. Nesse momento, um pequeno cortejo se aproximava: onze ratos transportando alguma coisa em uma liteira feita ramos. Tinham uma feição triste e desconsolada, um deles tocavam uma flauta com som melancólico e ainda mais triste do que eles. Ripchip jazia na maca: era o que restava dele. Ainda vivia, mas não por muito tempo. No lugar que antes exibia-se uma bela e comprida cauda, agora era só o coto de um pequeno rabinho. Lúcia correu até o pequeno animalzinho de duas patas e despejou uma gota de seu precioso elixir, imediatamente o rato acordou cambaleando: parecia estar bem novamente. 

O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora