15; | É rei Edmundo na verdade |

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Tempos depois, decidiram que os outros iriam ao nascer do sol até o acampamento do usurpador Miraz, agora coroado rei de Telmar

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Tempos depois, decidiram que os outros iriam ao nascer do sol até o acampamento do usurpador Miraz, agora coroado rei de Telmar. Mia e Edmundo após a escolha dos ramos, recostaram-se entre as pedras e não diziam uma só palavra um ao outro. Edmundo talvez estivesse preocupado com a menina, mesmo que não fizesse anos que a conhecesse mas ela não saberia dos perigos que podia correr e muito menos do que viria pela frente. A garota estava confiante, mas ainda assim, sentia seu peito soluçar e reprimir calafrios constantes que surgiam no estômago, e se tivessem razão? 

Resolveu esquecer esses questionamentos, e virou-se em direção contrária a Edmundo, que ao perceber esse gesto decidiu interrogá-la sobre o que ela queria lhe dizer, não era de se esperar que estivesse curioso

– Mia, o que queria me dizer? – ele perguntou esperançoso na tentativa de fazê-la falar

Então a garota o olhou e ao virar, se assustou com a proximidade repentina do menino que estava quase lhe dando um abraço de tão perto, o que a fez ficar um tanto constrangida e num gesto rápido se afastou bruscamente, sentindo seu rosto queimar.

– Sobre algo que vi mais cedo – começou fazendo o máximo de esforço que conseguia para não gaguejar – Bem, na verdade, não foi o que eu vi e se senti... Ou será que foi os dois?...

– Por favor! Conte logo sem delongas – ele pediu impaciente

– Não sabia que era tão curioso assim Edmundo – disse ela tentando debochar dele, mas percebeu sua impaciência e decidiu começar a falar – Bom, assim que acordei decidi caminhar um pouco pela tumba, acho que estava com falta de ar ou algo assim, caminhei até chegar nas gravuras e meu dedo parar exatamente na menina no convés em plena tempestade. E foi aí, que algo curioso aconteceu – nesse hora Edmundo estava cada vez mais interessado na história, que não se importou muito em estar tão perto de Mia assim – Eu não sei te explicar de maneira que entenda, mas meus olhos se fecharam e aquela tempestade foi sentida por mim, ouvir gritos dos tripulantes, o barulho dos trovões, o brilho de uma caverna que ofuscou os meus olhos por razões que nem eu mesma sei, e até um rugido de um leão consegui escutar

– Aslam? – perguntou Edmundo 

– Só pode ter sido ele, afinal, que outro leão seria? – disse mais para si mesma do que para ele

– E se isso tiver alguma ligação com você e Nárnia?

– Eu não sei, pode significar tudo e ao mesmo tempo nada. Aliás, será que você sabe alguma coisa sobre porquê estou aqui?

– Não acha que se eu soubesse você também saberia? – ele respondeu obviamente

– Achei que pudesse me dizer alguma coisa. Ainda não entendo porquê Aslam me trouxe junto com vocês

– Talvez ele queira que você não entenda, pelo menos por enquanto

– Você acha que o veremos em breve?

O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora