Os moradores de Felimate pareciam assustados e confusos, mas ao mesmo tempo desejavam que aquilo estivesse acontecendo. Mia fez um movimento muito brusco para se livrar das mãos do comprador e Lúcia copiou o gesto da amiga, as duas meninas – mesmo ainda presas – conseguiram correr e enfrentaram alguns no caminho, até Ripchip as soltar e deram um suspiro de alívio e satisfação, pegaram espadas e começaram a lutar, magnificamente.
E como descrever a perfeita batalha que agora acontecia? Bem, nem eu mesma sei, mas devo dizer, que quando se luta por um ideal justo a luta parece ficar ainda mais linda e emocionante, e foi isso que aconteceu, enquanto uns feriam e escapavam das correntes que lhe prendiam, outros com espada rente à mão faziam o máximo de esforço para exterminar aqueles que haviam tirado a paz dos moradores daquele lugar. Nárnianos por outros nárnianos. Também devo falar do quanto Mia se sobressaía, e mesmo que não tivesse dirigido o olhar para Edmundo ainda, esse via o quanto ela lutava por Nárnia e de vez em quando um sorriso aparecia no canto de seus lábios.
Agora, Eustáquio Clarêncio Mísero, além de não ajudar acabou por fugir para o Porto Estreito, e traçou rapidamente um plano em sua cabeça para escapar dali em direção ao Peregrino antes que precisasse ser atingido. Uma decisão egoísta por outro ponto de vista, mas no momento de desespero a única coisa que conseguiu pensar foi em fugir de fininho acovardado. E quem poderia julgá-lo? Nunca havia lutado numa guerra, e nem sequer manejado uma espada, o mínimo que podia fazer era zarpar o mais rápido que desse, mesmo que se arrependesse depois. Tremendo e suando frio, alcançou o bote e nem chegou a perceber que estava sendo seguido.
– Você é um barco numa terra mágica, não podia remar sozinho? – resmungou quando se deu por conta de que não sabia remar
Na tentativa de fazer o barco velejar, empurrava os remos na proa dele mas de nada adiantava, e sobre o homem que o perseguia acabou caindo na água assim que Eustáquio girou o remo num momento de deslize e o derrubou.
– Aí não! Será que era o Consul Britânico? – perguntou a si mesmo assim que viu o homem se afogando
Voltaremos até o centro de Felimate, onde a guerra já havia acabado e os moradores agora festejavam a vitória concedida pelos seus reis. Gritos se eram ouvidos enquanto, numa espécie de cortejo improvisado, Caspian, Edmundo, Mia, Lúcia e todos os outros andavam.
– Majestade! – alguém gritava, um homem, que chamava por Caspian desesperadamente, assim que se aproximou mais deles – Minha mulher foi levada essa manhã. Eu imploro que me leve por favor! Gael fique com sua tia – dizia para sua filha que gritava para ir com ele também, a garotinha parecia ainda mais triste do que seu próprio pai
– Pobre homem – sussurrou Mia para Edmundo que apertou a mão dela como se quisesse dizer o mesmo
– Sou um bom marinheiro, passei a minha vida inteira no mar – continuou
– É claro, venha! – disse Caspian
– Mas papai...
– Eu já deixei de voltar pra você? – perguntou a garotinha e em seguida lhe deu um abraço – Seja boazinha
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O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OC
FanfictionMia Ketheleen, uma garota nem tão simples assim e que desejava acima de tudo ter uma vida comum em Finchley, é obrigada por seus pais a estudar no Colégio Experimental - rígido, igual as regras que as tradições familiares ditavam - onde acaba se tor...