10; | A estrela Coriakin |

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O livro continuava aberto e as páginas voavam desesperadamente até Lúcia fazer com que parassem

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O livro continuava aberto e as páginas voavam desesperadamente até Lúcia fazer com que parassem. Mia ainda estava petrificada, e as lágrimas que permaneciam imóveis finalmente despencaram de seus olhos como uma correnteza. O coração apertou e procurou com afinco alguma página em que pudesse refazer aquela memória e quem sabe encontrar uma magia capaz de trazer alguém de volta à vida. Mas nada encontrou, e assim como Lúcia decidiram recitar o FEITIÇO PARA TORNAR O OCULTO VISÍVEL logo adiante. Lúcia leu com máxima atenção cada palavra para ter certeza de que era essenciais e em seguida leu-as em voz alta. Viu que logo venho o resultado: a medida que dizia gravuras e letras condecoradas iam aparecendo na página, que antes não tinha nenhuma figura. A princípio eram borrões, mas logo tomaram forma e cores. E como o mágico havia ficado invisível quando os tontópodes assim fizeram, logo apareceu na frente delas, mas ele não foi o único.

Nesse mesmo instante ouviram atrás de si passos suaves, mas firmes, caminhando ao longo do corredor. É preferível a gente se virar quando sente alguma coisa caminhando atrás de nós: foi o que as meninas fizeram, talvez estivessem com medo mas assim que olharam seus rostos ficaram iluminados, especialmente o de Lúcia, quase tão bonita com a figura de sua irmã e como desejava. Então correram com um gritinhos de alegria e os braços abertos. 

> À porta estava o próprio Aslam, o Leão, o Supremo Rei de todos os Grandes Reis. Concreto, real e quente, deixando que o beijassem e se escondessem na sua juba fulgurante. Pelo som cavo e trovejante que ele emitia, ousaram pensar que rosnava. 

– Que bom ter vindo, Aslam! 

– Estive sempre aqui. Mas você acabou me tornando visível 

– Aslam!  – exclamou Lúcia, quase com reprovação – Não brinque comigo! Como se eu fosse capaz de fazê-lo visível! 

– Pois fez. Acha que eu não obedeço às minhas próprias leis? <

– Aslam, aquela lembrança... ela... – Mia tomou coragem para falar

– Não pode ser mudada, nem mesmo pelo maior feitiço de toda história. – Depois de uma pequena pausa falou de novo: – Minha criança, não chore

E algo curioso aconteceu: as lágrimas que Mia chorava foram secando suavemente de acordo com o sopro do leão, e uma lembrança boa veio a mente da garota. Em um inverno na cidade de Londres, onde caminhava sob o gelo com sua avó e fazia uma mini guerra de neve com ela. Seus pais, sentados em um dos bancos apenas as olhavam sem entusiasmo, mais preocupados um com o outro. Era um dia feliz, e Mia sorriu. Aslam lhe lançou um olhar terno e sereno, antes de dizer:

– O vazio de sua alma não pode ser preenchido, a não ser que queira. Mas é preciso coragem e determinação, algo que tem de sobra é claro. Lembre-se: Eu examino os pensamentos e ponho à prova os corações

E ele já desaparecia, quando Lúcia suplicou para que não fosse:

– Oh! Aslam, por favor, fique, não precisa ir

O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora