Como disse, Lúcia continuava acordada pensando em Aslam, Susana também não dormia, já os outros sim. A garotinha, estava inconformada com o fato de seus irmãos estarem agindo como adultos e sabia muito bem que tinha razão, como em outras vezes. Talvez estivesse com raiva se a visão de Aslam, tão calma e serena, não retirasse esse sentimento de seu coração.
– Porque será que eu não vi o Aslam? – indagou Susana a irmã
– Você acredita em mim? – disse a pequena
– É! Atravessemos o desfiladeiro
– Eu não sei – Lúcia afirmou um tanto triste – Talvez você não quisesse ver
– Você sempre soube que voltaríamos né?
– Eu desejava isso
– Eu tinha acabado de acostumar com a ideia de estar na Inglaterra – Susana disse após deitar a cabeça na relva novamente
– Mas está feliz de estar aqui, não está?
– Só enquanto durar
Voltaram a dormir, depois de muitas tentativas de se acostumar com aquele chão ríspido e pinicante. Algumas horas se passaram, e o sonho de Lúcia passou a acontecer. Vou lhe contar o que ela sonhou:
O dia parecia estar amanhecendo e Lúcia, ao acordar, observou que todos ainda dormiam. Se levantou num pulo como se tivesse algo além das árvores que a instigava e acabou percorrendo um caminho não muito logo. As árvores tinham um ar tão diferente, como se estivessem voltando a vida novamente. Continuou andando até perceber que algo se movia: era as dríades, espíritos da natureza que brincavam em volta da menina com suas pétalas mágicas. Então, as árvores deram espaço para que Lúcia passasse, fazendo a garota sorrir e esbanjar felicidade. Lúcia caminhou entre elas, e segundos depois, avistou Aslam, correndo para um caloroso abraço
– Você cresceu! – exclamou a Pevensie mais nova
– A cada ano que você crescer, maior eu parecerei – disse Aslam sacudindo a juba
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O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OC
FanfictionMia Ketheleen, uma garota nem tão simples assim e que desejava acima de tudo ter uma vida comum em Finchley, é obrigada por seus pais a estudar no Colégio Experimental - rígido, igual as regras que as tradições familiares ditavam - onde acaba se tor...