14; | Ramos verdes para uma aliança parlamentar |

2.3K 195 54
                                    

Ao abrir os olhos percebeu estar sozinha no lugar e agora, se sentia um pouco melhor do que a algumas horas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ao abrir os olhos percebeu estar sozinha no lugar e agora, se sentia um pouco melhor do que a algumas horas. Levou a mão até atrás da nuca para ver se o sangue havia estancado, e para a sua surpresa, não parecia ter quaisquer sinal de ferimento na região. Num pulo se levantou, ao recordar do que houve mais cedo, ainda posso dizer que estava assustada ao lembrar das três figuras completamente estranhas e diferentes. De qualquer forma, era melhor está de pé novamente, queria poder participar da próxima decisão. 

Caminhou colocando suas mãos sobre as paredes ríspidas e escorregadias da tumba, quase se perdendo em algumas vezes, mas não havia nenhum sinal de Edmundo, Lúcia, Susana ou alguém. Continuou andando até suas mãos ticarem naquela gravura da princesa desconhecida e parou freneticamente, algo tinha chamado a sua atenção, algo que até agora não havia visto: do lado do convés onde a jovem se encontrava, uma enorme caverna estava a quilômetros da navio, e algo reluzia, uma espécie de ouro ofuscante ou alguma coisa assim. Seus olhos pararam naquela luz e ela congelou seu olhar direcionando-o aquela gravura.

Sabe quando você olha para uma pintura de uma praia por exemplo, e de tanto tempo que não vai ao mar, você acaba por sentir a brisa da maresia, o guinchar das gaivotas, o balançar dos coqueiros, o deslizar da areia entre seus dedos, os gritos das crianças brincando com os baldinhos de praia e as falas dos comerciantes tentando vender seus picolés?... Mas, o ponto aqui não é esse e sim o que Mia sentiu ao olhar fixamente para a caverna que reluzia como ouro: Ela ouviu de repente o barulho dos trovões, o desespero dos navegadores e da misteriosa princesa em plena tempestade, jurou ter visto aquela caverna e alguém andando com muita dificuldade para dentro dela e escutado um rugido alto e penetrante, depois não vivenciou mais nada.

Abriu os olhos (sem ter se tocado que os tinha fechado) e sentiu sua cabeça um pouco zonza. Afinal, o que tinha acabado de acontecer? Seria Aslam o dono do rugido? Que ligação ela teria com a tal princesa? Explicaria o porquê de estar a Nárnia? Resolveu parar com tantos questionamentos e verificou a nuca mais uma vez: o sangue realmente havia parado, retirou os panos que a cobria e os jogou nas pedras de forma nem um pouco cordial. Decidiu voltar a caminhada, ainda com o acontecimento anterior preso à sua cabeça. Até, sem perceber, dar de cara uma luz chamativa, que acreditou ser a saída da tumba. Subiu alguns degraus e se deparou com todos ali: olhavam para um mutirão de soldados telmarinos que se aproximavam com tamanha rapidez de onde estavam. 

Ficou um pouco atrás de Edmundo até o garoto virar o rosto e seus narizes ficarem quase colados de tão próximos que estavam. Mia se afastou dele com cuidado e sentiu o seu rosto queimar e pequenos calafrios no estômago com aquela aproximação, Edmundo desviou dela com certo receio, até fazer uma pergunta: 

– O que faz aqui? Deveria estar dormindo pelo menos – indagou sussurrando 

– O sangue já estancou papai – disse ironicamente – Não tente bancar o super protetor, eu estou bem

– Tem certeza? Porque eu acho que essa batida te deixou ainda mais irritante que o normal – ele resmungou

– Me sinto ótima e inclusive tenho algo para te contar. Mas não acho que devo agora

O BATER DE ASAS DAS BORBOLETAS | Edmundo Pevensie x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora