Capítulo 7

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Após um longo período num dormindo, recuperar a consciência tornou-se difícil. Remexendo-se sobre uma superfície macia não encontrava forças para abrir seus olhos, ouvindo sons que remetia a natureza, devagar foi voltando para o mundo real. Com a visão embasada demorou alguns segundos, passando suas mãos em seu rosto comprovou não estar no banheiro da balada.

Assustando-se por ver um ambiente estranho a sua volta, pulou da cama de lençóis negros. Desesperada por estar em um quarto, levantou obtendo a imagem de seu corpo, não encontrava-se com o vestido prata. Estava com uma camisola de seda preta, perdida em como veio parar ali. Furtou-se a retornar ao passado, a última lembrança que teve era que tinha ido ao banheiro.

Coçando sua cabeça durante os pensamentos que foi sequestrada, questionou-se onde estava por ouvir ruídos do mar. Puxando a cortina que a mantinha na penumbra, teve o choque com a claridade. Tampando seus olhos, assim que se adaptou à luz teve a visão perfeita do horizonte. O enorme mar azul a sua frente a hipnotizou, nunca teve uma imagem perfeita do nascer do sol. Pousando suas mãos no vidro, sentia a caloria da temperatura, aquilo deveria ser o céu.

Yaman que saia do banho secando seus cabelos em uma toalha branca, sorriu em ver como ela estava perfeita sobre a luz do amanhecer. Os cabelos castanhos eram beijados pelo sol, sua pele tornava-se tão aveludada que o convidava tocá-la.

― Bom dia! ― a acordando num ato de assustá-la ― Você demorou para acordar ― aproximando-se apenas com uma calça de moletom preta, nu demonstrava sua barriga definida e o peitoral largo ― Fiquei preocupado durante a viagem ― a dois passos dela.

Agora as perguntas que estavam vagando em sua mente, tinham respostas concretas. Num estado de choque, devagar encaixou as falas e os gestos do homem que estava à sua frente. Fechando sua feição, arqueou uma sobrancelha durante a ação de afrontá-lo.

― O que você tem na cabeça? ― atônita em como foi tratada ― Você não tem limites? ― com passos para afastar-se.

― Não existe limites para Yaman Kirimli ― andando como um tigre para acurrala-la ― Eu crio minhas próprias regras ― referindo-se a ela.

― Eu não sou um objeto que pode ser carregado para qualquer lugar ― irritada pegando o seu celular que estava sobre a cômoda ― Você me sequestrou ― andando de um lado ao outro.

― Eu avisei a você que iriamos fugir, mas não me deu ouvidos― sentando-se na cama ― Não me deixou outra solução que não fosse trazê-la assim ― numa naturalidade.

― Sequestro é crime! Você tem noção do que fez! ― com as mãos na cintura enquanto ele parecia estar tranquilo ― Professor sequestra aluna, vai sair em todas as manchetes de Istambul ― pensando em como seu nome seria jogado na lama ― Onde estamos? Yaman? ― aproximando-se com tapas leves nos braços musculosos.

― Em Mármara! ― nem sentindo os tapas ― Relaxa! Eu cuidei para que ninguém soubesse de sua ausência ― tudo parecia tão fácil ― Agora somos só nos dois ― com um sorriso leve por saber que ela estaria ali, mesmo que contrariada.

― Eu quero ir embora! Agora! ― anunciou o seu desejo ― Eu não vou ficar aqui, com um tarado ― saindo do quarto enquanto percorria um longo corredor sendo seguida ― Não sei onde estava com a minha cabeça por me envolver com um homem emocionado ― o tratando como um adolescente que descobria a vida.

― Você não pode me deixar! Eu não vivo sem você ― Seher parou de andar ― Eu preciso de você comigo, mesmo com ódio eu não suporto um fim ― a segurando enquanto tocava naquele rosto de pele macia ― Eu faço qualquer coisa por você ― a puxando para dentro do seu abraço.

O Professor MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora