Capítulo 31

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Seher simplesmente acordou na enfermaria, sua amiga estava do seu lado e Noah em pé na porta. Sua cabeça girava, deveria ser o efeito da pancada no chão duro. Embriagada com as vozes em sua mente, fuzilou sua amiga que mascava um chiclete pacificamente. Recobrando aos poucos sua consciência, lembrou-se da última imagem que atravessaram suas íris antes de desmaiar. Não estava louca, e sua amiga confirmou antes de perguntar abertamente.

Yaman seria o professor do projeto de extensão. Seria 5 nos sábados junto aquele homem, isso seria o seu terror pessoal. Procurando uma ponta de mentira em tudo isso, se fosse verdade e era. Estaria novamente na mira de um lobo sedento. Agora, diferente do passado. Ele conhecia cada ponto fraco, cada parte sensível de seu corpo e como arrancava sua razão.

― Na próxima vez avisa que vai desmaiar ― seu sorriso amarelo bateu o martelo que era verdade.

― Quem consegue avisar que vai desmaiar, você vive em que planeta ― Noah revirou os olhos ― Foi o choque em ver o Yaman como nosso professor ― ajudando-a sentar-se na cama, ordenando que trouxesse um balde por demonstrar sinais de ânsia ― Eu senti que aquele iogurt estava com um gosto ruim, você cega de raiva comeu aquilo ― Megan segurava o cabelo da amiga durante o vômito ― Culpa sua Noah! Nunca presta atenção na data de validade das coisas que compra ― irada enquanto era obrigada a inalar o aroma desagradável. 

― O que vai ser de mim? ― Seher deitou após lembrar-se dele, aquela tentação era novamente o seu professor.

― Como não tem outro professor, nós não fazemos o projeto ― envolvendo ele e Megan.

― Não seria correto fazer isso com vocês ― agoniada com aquela situação.

― Somos amigos, e jamais vamos torturá-la psicologicamente para obter um certificado ― anunciou segurando a mão da amiga e de Noah ― Vocês em tão pouco tempo, tornaram-se minha família ― com sinais de choro ― amolecendo frente a todos.

Megan lembrando-se o quanto sua amiga estava abalada pela foto do site de fofoca. Mesmo ela tentando se livrar da loira, ela continuava. Dessa vez deveria pensar em um plano melhor para tirá-la do caminho de Seher, caso ela decidisse lutar por Yaman.

Seher abraçou seus amigos, antes de sair da enfermaria dominada por um mix de sentimentos. Esbarrou em nada mais e nada menos, em ele. O choque dos corpos, a eletricidade da paixão e o tesão vazante nos olhares, apagaram o mundo real. Yaman aprecio-a, seus cabelos caídos e seus lábios entre abertos eram um vocativo.

Fazia dias que haviam feito amor, não conseguia esquecer como aquele pequeno corpo o dava prazer. Desde aquela madrugada no hospital, culpava-se por não ter alto controle. Seu amor, seu desejo e a forma desesperada de demonstrá-lo ruiu-se ao penetrá-la sem nenhuma prevenção. Estava claro como o dia, ela fugiria de um cara que falsificou um exame de gravidez.

O peso da culpa o fulminava, de todas as vezes que a procurou ou mandou mensagem foi ignorado. Identificava seu erro, seu juramento de deixá-la fazer suas escolhas desmoronou ao possuí-la. Fitando-a com ternura, viajou em como a amava. Estava fazendo sua vida nos Estados Unidos por ela, começaria do zero para estar perto fisicamente e ao mesmo tempo longe mentalmente.

Desejando-a como um louco, sentia sua ereção ser barrada pela calça. Aquele encontro, meio a um corredor lotado, o excitou. Ao ponto de ter um orgasmo visual, sim havia expelido uma quantidade de sêmen pequena mais que o queimava como brasa.

― Como você está? ― preocupado por vê-la chocar-se contra o chão rígido ― Eu ― tentou falar.

― Eu estou bem ― friamente ao memorar a foto abraçado a loira. Bom não era bem abraçado, mas era uma aproximação suficiente para os jornalistas criarem teorias e ela, morrer de ciúmes ― Eu preciso falar com você ― esquecendo o sentimento que a deixava molhada.

O Professor MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora