Capítulo 10

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Yaman andava de um lado ao outro da sala, faria dezenas de telefonemas para descobrir como havia saído da ilha. Seu estresse o fez torna-se uma fera, sem ela era como se todas as suas coisas ruins voltassem à tona. Respirar era um desafio, quebrando as garrafas de bebidas agia como um selvagem.

― Maldição! Você não pode ter me abandonado ― alterado andando em círculos como se estivesse ferido.

A sensação de perdê-la o deixou cego, como um animal preso somente parou de destruir a casa, quando ouviu uma voz. Não podia ser verdade, deveria ser alucinação de sua mente perturbada pelo abandono. Virando-se rumo a porta a visualizou, ela estava linda com um vestido floral longo, a imagem perfeita de um anjo. Procurando se recuperar, teve de volta o ar que precisava em seus pulmões. Como um louco partiu a seu encontro, com um abraço a apertava tanto que não percebia que todo seu amor poderia machucá-la.

― Eu fiquei com medo de você ter me abandonado ― ofegante enquanto a esmagava perto do seu coração que saltava ― Por favor! Não faça mais isso! ― permitindo que ela alcança-se a destruição que estava na sala ― Onde você estava? Me diga? ― investigando.

― Aproveitei que o dia havia amanhecido ensolarado e fui dar uma volta na praia ― com calma enquanto ele mantinha suas mãos em volta de seu rosto.

― Você não sabe como foi horrível imaginar que você me abandonou ― a fazendo lembrar da proposta do mestrado e como reagiria quando descobrisse ― Eu já perdi muitas pessoas, não posso te perder ― a beijando com um certo desespero ― Nada do mundo me dá paz como é estar com você ― a cheirando e distribuindo beijos por seu pescoço.

Seher naquele momento não sabia o que falar, ela estava dividindo o teto com o seu professor que a sequestrou. Sinceramente, quanto mais conhecia Yaman mais se envolvia em uma teia de sentimentos. Aquele homem que cozinhava sem camisa, não parecia o mesmo apavorado que havia encontrado. Ele a agradava, pensando em como foi ruim sentir aquela sensação de perde-la.

Tudo que precisava estava ali, assim que terminaram o café da manhã passaram o dia fora. A levou explorar o mundo que a esperava se fica-se do seu lado, repleto de compras e passeios. Seher não gostava de nada daquilo, mesmo falando incansáveis vezes adorava ver a êxtase daqueles olhos negros.

Alguns momentos Yaman a tratava como se fosse quebrar e em outros, temia que o abandona-se e com fervor a dopava com seu fogo. Ele sabia que não apenas seu corpo a pertencia, sua alma estava ligada a ela e por mais distante que fosse, iria atrás. Tudo que necessitava estava sentada do outro lado da mesa, envolvida em um vestido vermelho. Reconhecia que tinha que retornar para Istambul, não deveria esmagar os sonhos de quem amava.

Yaman encontrava nela o que destruía seu vazio, fazia coisas que antes considerava idiotas. Hoje jantava apreciando o barulho das ondas do mar, estar com ela desabrochava um lado sentimental morto. A noite estava linda, assim como a mulher que sorria durante o pousar da taça de vinho. Levantando-se ficou do seu lado, estendeu sua mão numa ação de convidá-la para dançar.

― Eu não sei dançar ― envergonhada durante um sorriso.

― Você não precisa saber, apenas viva o nosso momento ― insistindo.

Aceitando descobriu que não era tão ruim, durante a dança não pisou nos pés alheios. Yaman tinha a paz necessária, ela estava com a cabeça depositada no seu peito. Conseguia sentir o quanto estava aconchegada, seus olhos verdes estavam dilatados pela felicidade de ter aquele cheiro tão próximo. Um completava o outro.

Ao retornar a casa, Seher teve uma surpresa ao entrar pela porta principal. Havia um caminho feito com rosas, sorrindo confirmou que ele havia lido sua mente. Ela amava aquele tipo de romantismo, mas nunca teve coragem de dizer por ser orgulhosa. Seguindo o caminho com ele segurando sua mão, parou na porta do quarto o beijando.

O Professor MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora