Capítulo 23

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Ali estava depositando todo o seu coração naquele momento, fez o pedido que a dias não conseguia nem pronunciar frente ao espelho. A forma que abordou, não apenas a chocou, mas explodiu Yaman. O homem que estava escondido, cravou suas unhas no caule da árvore. Naquele momento ele seria capaz de arrançar o que estava cravado na terra, perdendo o juízo preparava-se para atacar quem insistia tirar seu motivo de viver.

― Maldito! ― entre dentes ― Você não vai levar a minha Seher ― bufando como um cão com raiva, era visível ver como seus olhos estavam vermelhos pelas lavas do ódio.

Suas mãos fecharam instantaneamente para aquela luta, ele atacaria seu rival com tantos golpes que tornaria um assassino. Seher congelada no que ouviu, ao raciocinar avistou Yaman aproximar-se. Aquele olhar 43, seu jeito furioso comprovou que havia ouvido além do que precisava.

Temendo o pior, Seher precisava encontrar uma solução rápida. Sem saber como se sair da situação, fechou os olhos e amolecou o corpo. Caindo num falso desmaio, Ali agoniado segurou-a em desalento. Sua perca de consciência acordou Yaman, procurando evadir antes que causa-se algo maior, assistiu o desespero do comissário.

Seher fingindo estar desmaiada, não atendeu nenhum chamado por mais tentador. Sentindo quando foi envolvida naqueles braços, provou uma experiência que não fingiria demência. Em outros momentos havia sido carregada, mas dessa vez, estava totalmente consciente para sentir os músculos calorosos de seu amigo. Lutando para segurar o riso, ao ser colocada do no sofá a conversa de todos a sua volta declarava que em breve anularia seu plano.

Dentro de sua casa, encontrava-se em um ambiente seguro. Longe dos olhos de águia de seu professor, aos poucos acordou daquele desmaio fingindo. Para quem estava a sua volta, tudo foi tão desesperador que quase a levaram para o hospital.

Obrigando-se a assistir como sua família tratava Ali com carinho, teria que encontrar uma forma de não ser vítima de um casamento sem amor. Todos o adoravam, ele era um cara bom, mas para dividir uma vida tinha que existir um sentimento além de amizade. Firat fazia força para aquele relacionamento, repassava todas as informações necessárias para que sua irmã fosse agradada por seu amigo.

― Ah! Seher! Você está perdida com sua família ― com os olhos arregalados ao naufragar em seus pensamentos desajeitados.

Mesmo com a notícia do mestrado, sua mãe faria questão de entregar sua mão como segurança. Desenxabida suspirou ao alegar que encontrava-se bem, estava ficando expert em mentir que mais um pouco, entraria na política. Fingindo não lembrar de nada momentaneamente, Ali não saia do seu lado. Ele era tão atencioso, dedicado e especial.

Talvez se não ama-se tanto um certo professor, tudo seria fácil. Com ele teria uma vida simples, mas não teria inúmeras barreiras e muito menos ameaças. Suspirando por pensar, reconheceu que no coração não se manda. Rezando para que não abrisse a boca e a joga-se no fogo, quando sua mãe e seu irmão se afastaram, desejou cantar de alegria pelo livramento.

Ali era um cara esperto, reconhecia o quanto ela sonhava com o mestrado. Não cortaria suas asas, porém sua família daria um jeito de fazê-la voltar depois desses dois anos. E um jeito melhor, seria um casamento sustentado por um noivado antes da viagem.

― Seher! Por favor, me diga que está bem ― segurando sua mão ― Você tem se alimentado bem? ― esse questionamento para um falso desmaio gerava vontade de rir ― Eu me preocupo demais com você, agora mais por estar indo para longe ― ela adorava ser cuidada por quem julgava como um irmão, porém ele não queria esse posto ― Eu sei que foi repentino esse pedido, mas eu não consigo controlar meus sentimentos ― com um sorriso meia lua ― Você vai conhecer um novo mundo, não quero perder quem julgo especial ― mal sabia que havia perdido a tempos.

O Professor MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora