Seher mentiu assim como quem dividia seu prazer, de uma certa forma estavam quites quando o assunto era esconder a verdade. Yaman não perderia a oportunidade de levá-la para longe, abandonaria o império que herdou da família para começar uma nova vida com a mulher que amava. Não era apenas sexo que os unia, o amor era dilacerante ao ponto de desejar a morte do que ficarem afastados.
Era sexta-feira cedo quando ouviu Ali chegar na biblioteca da universidade, ele segurava uma caixa de bombons. Seus olhos estavam à procura dela, nada mais tinha significado que não fosse a moça de olhos verdes. Seher terminava de provar a beca para a colação, estava animada para o que estava por vir.
Ao olhar pelo espelho o viu, estava com uma camisa preta e o sorriso de sempre. Ela sabia o motivo da visita, aceitando conversar tinha que deixar claro seu ponto de vista. Sentando-se em um banco no corredor, nunca desejou que uma conversa acaba-se logo. Seus ouvidos sangraram ao ter que escutar que a pediria em namoro após a formatura.
― Eu não posso namorar agora ― negou-se friamente ― Eu não estou pronta ― irritada demais para ver o quanto estava sendo rude.
― Eu lembro que você disse que namoraria assim que termina-se a universidade ― a seguindo ― Toda a família faz um esforço para o nosso relacionamento ― a sufocando sem perceber.
― Você é uma pessoa incrível, mas eu não posso alimentar um sentimento em você que não posso corresponder ― massacrou sem piedade.
Talvez não fosse a forma que disse que o magoou, mas como o seu olhar demonstrava o seu desamor. Ali sentiu em sua pele a dor de não ser correspondido, não conseguindo encará-la saiu apressado. Seher tentou detê-lo para amenizar sua fala, mas ele tornou-se irredutível. Sozinha sentou-se no banco, o mundo caiu sobre seus ombros e com um suspiro viu Nur aproximar-se.
Com os olhos cheios de lágrimas, correu para abraçar a amiga. Nur a acolheu e depois a empurrou. Queria olhar dentro de seus olhos enquanto ouvia aquela ladainha, analisando em silêncio acertou-a com um tapa. A face de Seher ardia pela bofetada que havia recebido de sua melhor amiga, mantendo sua mão no local, questionou-a com um olhar.
― Eu deveria te dar parabéns ― batendo palmas ― Você prefere ser um caso de um professor do que ter uma vida digna com alguém que te ama ― pegando no queixo de sua amiga e empurrando para trás ― A santa e imaculada Seher, não passa de uma qualquer que tem um caso com o professor Kirimli ― demonstrando saber do caso de sua amiga.
― Eu não sei do que você está dizendo! Isso é loucura! Eu nunca faria isso! ― tentando mentir com a melhor face.
Nur gargalhou diante de seus olhos, a fofoqueira da universidade andava em círculos numa ação de julgá-la. Sobre um salto 15, parecia que estava preparando-a para a guilhotina ao retirar seu celular da bolsa. Falando várias vezes de como sabia de tudo, com um clique exposto a foto de ambos se beijando no banheiro do campus. Seher perdeu a razão, como ela havia conseguido aquilo e parar piorar, existia mais registros.
A garota que julgava ser sua amiga, conseguiu esfregar em sua cara as fotos de quando estava em Marmara. Era nítido que eram ambos, professor e aluna de mãos dadas na praia enquanto mentiam estarem num congresso de economia em Ankara. Contra fatos, não existem argumentos. Calando-se teria que aguentar a humilhação, Nur não estava para brincadeira. Seus olhos tinham marcas de raiva, apertando o braço de sua amiga, mostrou quem era de verdade.
― Por sua culpa o Kirimli negou-se a ter um relacionamento com a minha prima ― cerrando os dentes ― A fez chorar por dizer que amava outra, sendo que ela esperou anos para ter espaço em sua vida ― cravando suas unhas na pele de Seher ― Trocou quem tem sangue azul, por uma criatura como você ― a empurrou ― Ah! Seher! Você ganhou uma inimiga ― ameaçou.
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O Professor Misterioso
Fiksi PenggemarSeher é uma garota simples que tem o sonho de se formar em economia, mas por culpa de um atraso vê sua vida mudar. Seu novo professor é Yaman Kirimli, um homem difícil de decifrar, mas que ao vê-la é dominado por um sentimento de posse. A primeira i...