O Professor Misterioso

Capítulo 16

Yaman estava crente que a troca de remédios deu certo, os sintomas gritantes de Seher deu abertura para confirmar o que sussurrava em sua mente. Sua doce e encantadora aluna poderia estar grávida, essa hipótese o levou ao céu assim como o amor que fizeram na cama do hospital. Ele não desejava ir embora, mas seu tempo no quarto estava acabando.

Procurando suas roupas pelo quarto, teve a surpresa de vê-la com sua camisa. Estava tão linda, seus olhos negros contemplavam quem estava próximo a vidraça. Com desejo, ajoelhou atrás e com uma mordida naquela nádega a instigou saltar. A marca de seus dentes ficaram na pele, sorrindo por desconcertá-la a puxou para cama.

― Preciso ir ― a beijando com ternura ― Mas logo vamos nos ver ― repassando um aviso ― Eu não suporto ficar longe de você ― passeando com sua mão numa ação de tirar a camisa que ela vestia.

Seher não sabia o quanto ele era ardiloso, ficando só no quarto após se recompor, recebeu a presença de sua família e do médico. Tudo indicava que estava bem de saúde, o único problema era uma anemia pela péssima alimentação. Fora isso, seus exames foram parcialmente entregados a ela de acordo com sua razão.

Regressando para casa, usou de sua esperteza para escapar das investidas de Ali. Sinceramente ele não desistiria com facilidade, estava a bem próximo de Firat tentando falar algo que tiraria o seu chão.

Tremendo e não sabendo como interferir, escutou quando perguntou a seu irmão de criação se havia algum pretende a Seher. Engolindo a seco por ouvir um não, esperava que uma bomba cai-se em sua casa para impedir aquele pedido. Ali estava perto o suficiente, sua face corada demonstrava a timidez em se revelar.

― Sei da amizade que temos, crescemos juntos e somos uma família ― quase levando a menina a ter um ataque cardíaco ― Eu gosto muito de todos vocês e tenho um carinho gigantesco pela Seher ― a olhando segurar uma bandeja com o chá ― Sei a pessoa incrível que é! E o quanto você e mãe Nadire a protegeram do mundo ― Firat parecia tão emocionado ― Eu queria ― começou a falar.

O seu nervosismo era tanto, que a gagueira tomou conta da voz do comissário. O homem que lutava contra os bandidos, não encontrava palavras para pedir a mão da garota que gostava a seu melhor amigo. A sua lentidão foi perfeita, Nadire que voltou ao saber que sua menina havia passado mal, cortou o assunto. Sendo a mais velha da sala, o calou ao informar que deveria comprar o vestido para as fotos.

Naquele momento nunca agradeceu tanto por uma intromissão, virando-se respirou aliviada por ver como o assunto foi enterrado. No momento estava salva, porém até quando não sabia. Aquela noite foi a mais longa, bem cedinho tinha que comprar o vestido para as fotos que seriam feitas à noite.

Rodando a cidade toda atrás de um modelito preto, ao parar frente uma vitrine se encantou com um vestido preto tubinho. Ele todo em renda, as mangas curvas e o decote assimétrico valorizava seu colo. O preço era razoável, o pegando foi encaminhada para o provador.

Ao terminar de fechar o zíper lateral, parou frente ao pequeno espelho. Sentia-se bem, mas a vendedora fez questão de levá-la a uma sala onde havia um espelho maior. Aceitando ao entrar, ficou encantada. O ambiente era claro, as paredes e as flores lilás combinava com a sofisticação do que vestia.

Depositando-se frente ao espelho, tirou uma foto para mandar a sua mãe. Segundos depois recebeu a mensagem, o elogiou bateu o martelo que era esse vestido. Girando para ver seu reflexo, o caimento do tecido colado em seu corpo deixava bem explícito o corpo que escondeu por anos atrás de roupas largas. Emocionada pelo momento tão desejado em sua vida, não percebeu a aproximação de alguém.

Yaman havia a seguido o tempo todo, aproveitou da situação para ter um momento a sós. Com a ajuda da vendedora, teria um encontro nada esperado. Enquanto terminava de trancar a porta, encantou-se com a mulher que parecia uma princesa frente ao espelho. Naquele instante seu coração pulsou forte, seus olhos brilharam e todos os músculos de seu corpo o levaram a ela.