Capítulo 14

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A palavra grávida foi como um murro em seu peito, num estado de espanto questionava-se silenciosamente se o remédio não fez efeito. Yaman que auxiliava já viajava nas possibilidades de como seria ter um filho, em como abordaria a família dela para o pedido formal de casamento. Ela por outro lado, tremia de medo, porém estava confiante que o anticoncepcional não a trairia. Tudo o que o homem do seu lado falava, apenas aumentava sua irritação.

― Chega! ― gritou enquanto o empurrava ― Eu não estou grávida! ― completamente alterada.

― Olha para mim! Eu sei que é um choque, mas transamos sem proteção ― ele estava adorando perturbá-la ― Esse era o nosso desejo ― a incluindo em um sonho que era mais dele.

― Nosso? Seu sonho ― com o dedo indicador contra a face dele ― Eu nunca quis ter um filho, eu falei que não estava preparada pelo fato de você ser meu professor ― queria sumir com essa possibilidade ― O que vão pensar de mim? ― andava de um lado a outro enquanto fazia as contas mentalmente.

― Que você transa como qualquer outra pessoa ― a segurando ― Eu estou aqui! Vamos passar por isso juntos, não vou te abandonar ― num ato de acalmar a fera ― Você sabe que tudo tem uma consequência! Fazer sexo é incrível, mas as vezes vem um brinde depois do prazer ― referindo a um bebê.

― Eu não posso estar grávida, deve ser a bebida ― lembrando de como ingeriu uma grande quantidade de álcool ― É isso! ― quase chorando ― Eu bebi demais ― tirando suas próprias conclusões ― Eu não posso ter um filho! ― querendo sair daquele banheiro.

― Como assim? Se você estiver grávida, vai ter esse filho ― segurando no braço.

― É meu corpo ― enlouquecida pela bebida e por tudo que estava surgindo em mente ― Eu não vou ser apontada por ter um caso com o meu professor ― retirando a barra de ferro da porta e fugindo de quem poderia ajudá-la.

Seher estava nervosa demais para pensar, puxando Ali pela mão deu um jeito de sair daquela balada o mais rápido possível. Yaman tentou segui-la, mas ela foi esperta em desaparecer diante de seus olhos. No caminho se manteve calada, assim como passou a noite em claro rolando na cama. Fazendo inúmeras pesquisas na internet, se consolou que os sintomas surgiriam depois de um mês e que suas regras, ainda estavam certas.

Não era possível, seria uma má sorte o anticoncepcional não dar certo. Lidando com a hipótese de negar o mestrado, segurava-se para não surtar diante as tantas coisas que aconteciam. Depois de ontem à noite, queria sumir do mundo por tudo que tinha feito na presença de Ali e como transou no banheiro. A vergonha esbofeteou sua face, como pode fazer tantas coisas erradas num noite.

Lendo para espairecer sua mente, ouviu duas batidas na porta. Olhando o relógio da mesa de centro, estava longe de ser Firat chegando do serviço. Envolvida num vestido longo, ao abrir a porta deparou-se com um entregador. Tinha certeza que não havia pedido nada, mas a encomenda estava em seu nome. Relutante pensou em negar, mas aceitou pela curiosidade que a consumia.

Sozinha e mordida pelo bicho da curiosidade, abriu rapidamente a caixa que veio lacrada. Cortando as fitas adesivas, ao abrir teve um choque. Com um pulo, caiu sentada no sofá. Seher pálida não acreditou no que viu, aquilo não tinha graça. Extremamente nervosa com Yaman, andava de um lado ao outro enquanto o telefone chamava. Tinha passado dos limites, como envia para sua casa uma caixa com uma roupinha de bebê. Se não tivesse em casa, se mãe Nadire ou outra pessoa abrisse a encomenda.

Exausta de tanto ligar, recebeu de volta o que tinha feito. Sentando no sofá, uma pancada na porta a assustou. Escondendo a baixa embaixo da mesa de centro, correu para abrir. A plenitude que Yaman exalava era de irritar, seu sorriso e o seu humor sádico estava escorrendo enquanto era puxado para dentro.

O Professor MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora